05/06/2019 06:12

Conheça o comitê de seleção do Camp Serrapilheira 2019

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  • Divulgação científica

Clarice Cudischevitch

Dez representantes da comunidade científica, jornalismo, arte e educação vão compor o comitê de seleção do Camp Serrapilheira 2019, programa que vai selecionar divulgadores de ciência de todo o Brasil para um evento no Rio de Janeiro e para receber apoios de até R$ 100 mil. Diverso, o grupo retrata o aspecto multidisciplinar que o instituto procura para construir uma cultura científica mais ampla e integrada.

“Acreditamos que divulgação cientifica depende de um conjunto múltiplo de habilidades e instrumentos”, aponta a diretora de Divulgação Científica do Serrapilheira, Natasha Felizi. “O Camp busca refletir isso no comitê de seleção e nos projetos que apoiamos”, Nesse sentido, o comitê é composto, por exemplo, tanto por cientistas que praticam a ciência tradicional quanto por aqueles que migraram para outras carreiras que ainda têm um papel relevante na ciência.

Além disso, foram convidados jornalistas, fundamentais para popularizar e fomentar a discussão sobre o tema, bem como agentes culturais que mobilizam instituições, programas e inciativas que são importantes aliados para o debate mais amplo sobre como a ciência pode se relacionar com outras áreas do conhecimento. Outro perfil é o de ativistas que advogam pela causa de diversidade de gênero e racial na ciência.

Conheça os membros do comitê de seleção do Camp Serrapilheira 2019:

Alan Alves-Brito
Professor do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul desde 2014, atua nos programas de Pós-Graduação em Física e Ensino de Física, focado, respectivamente, na evolução química da Via Láctea e em questões referentes à interação da pesquisa básica em Astronomia com a educação básica e a sociedade. Coordena projetos de divulgação voltados aos estudos dos marcadores sociais da diferença (gênero, classe, etnia, raça, geração e acessibilidade) nas Ciências Exatas.

Bruno Mota
Graduado, mestre e doutor em Física e professor adjunto da UFRJ, atua na interface com a Neurociência para desenvolver modelos que expliquem a morfologia e desenvolvimento do cérebro. No blog Milliways Lounge, que mantém há 15 anos, apresenta de forma bem-humorada os bastidores da vida de pesquisador – e de ciclista nas horas vagas.

Camila Achutti
Referência na luta por mais mulheres na tecnologia, é CEO e fundadora da startup Mastertech. Foi listada como uma dos 30 jovens Under30 pela revista Forbes, participou do St Gallen Symposium como uma das 100 lideranças do futuro e até virou quadrinho do Maurício de Souza representando as meninas na tecnologia no projeto #DonaDaRua. Foi a primeira estudante latina a conquistar o prêmio Women of Vision. É cientista da computação, mestra em Ciências pelo IME – USP e doutoranda pela Escola Politécnica da USP, além de professora da Engenharia no INSPER. Fundou, em 2010, o blog Mulheres na Computação e viajou o Brasil ensinando mais de 15 mil jovens, da Amazônia a comunidades no Rio de Janeiro, a criar aplicativos.

Flora Thomson-DeVeaux
Pesquisadora e tradutora nascida em Charlottesville, Virginia. É formada em espanhol e português pela Princeton University, tem doutorado em estudos portugueses e brasileiros pela Brown University e é apaixonada por podcasts desde o Ensino Médio. É diretora de pesquisa da Rádio Novelo, produtora de podcasts baseada no Rio de Janeiro.

Jochen Volz
É diretor geral da Pinacoteca de São Paulo. Foi curador do Pavilhão do Brasil na 57ª Bienal de Veneza e curador da 32ª Bienal de São Paulo; diretor de Programação da Serpentine Galleries, Londres (2012 a 2015); diretor artístico do Instituto Inhotim, Minas Gerais (2005 a 2012); co-curador da 53ª Bienal de Veneza (2009) e curador do Portikus, em Frankfurt, Alemanha (2001 a 2004). Tem mestrado em História da Arte, Comunicação e Pedagogia pela Humboldt Universidade de Berlin.

Manoel Barral
É médico, pesquisador titular da Fiocruz-BA com doutorado em Patologia Humana. Pesquisa na área de imuno-regulação de doenças parasitárias. Como vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação da Fiocruz, estimulou diversas iniciativas de divulgação científica, como a realização de um hackaton, o lançamento de um edital de apoio a projetos, além de um curso EaD no tema. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências e Comendador Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico.

Maria Borba
Graduada em Física pela UFRJ e mestre em Cosmologia pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), desenvolveu, paralelamente, uma carreira artística, em que realiza trabalhos na interface de diversas áreas do conhecimento. Concebeu e dirigiu o espetáculo multimídia Astronautas (2011), que se apresentou no Rio de Janeiro, São Paulo, Portugal, Holanda e Alemanha. É membro do comitê editorial da revista eletrônica Cosmos e Contexto e doutoranda em Literatura pela PUC-Rio.

Maria Guimarães
É parte desde 2006 da equipe da revista Pesquisa FAPESP – primeiro como editora-assistente de ciência e, atualmente, como editora on-line. Lá, escreve reportagens que buscam ser acessíveis para um público amplo, edita textos de colegas e colaboradores, coordena a produção de vídeos e a publicação em redes sociais. Com formação inicial em Biologia pela USP e doutorado em Comportamento Animal pela Universidade da Califórnia em Berkeley, Maria se tornou jornalista por meio do curso de especialização oferecido pelo Labjor-Unicamp.

Paloma Sato
É bióloga e doutora em Bioquímica. Atualmente é produtora dos vídeos de ciência apresentados pelo seu companheiro Atila Iamarino no canal Nerdologia no Youtube. Em 2016, eles fundaram a Não Ficção, uma empresa especializada em comunicação científica para grandes públicos e empresas, que atualmente produz vídeos didáticos, cursos online e material técnico de comunicação científica. Paloma é estrategista de conteúdo que identifica tendências para internet. Atualmente, os vídeos de ciência do Nerdologia contam com mais de 4 milhões de visualizações por mês fazendo o que eles chamam de spam científico, uma mistura de cultura pop e temas quentes para atrair a atenção do público para ciência.

Virgilio Almeida
Professor Emérito de Ciência da Computação na UFMG e pesquisador 1A do CNPq, é graduado em Engenharia Elétrica pela mesma universidade, mestre em Ciência da Computação pela PUC-Rio e o doutor pela Universidade de Vanderbilt (EUA). Também é Professor Associado ao Berkman Center na Universidade de Harvard, além de membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC), da Academia de Ciências para o Mundo em Desenvolvimento (TWAS) e Academia Nacional de Engenharia (ANE).

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