Alessandro Samuel-Rosa

Ciências da Vida

Filho de agricultores gaúchos que tiveram de vender suas terras, Alessandro Samuel-Rosa tem uma trajetória acadêmica onde as instituições públicas e os recursos estatais foram fundamentais. Dedicado às ciências da terra, a preocupação principal do cientista é com o desmatamento e uma de suas principais consequências: os baixos níveis de carbono orgânico do solo (COS). 

Samuel-Rosa é agrônomo pela Universidade Federal de Santa Maria, onde também é mestre em ciência do solo. Seu doutorado em agronomia foi obtido na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Além do fascínio pelas ciências exatas e da Terra, o agrônomo é um cientista engajado. Desde 2013 é membro ativo da Sociedade Brasileira de Ciência do Solo e da International Union of Soil Sciences. Fervoroso defensor da ciência aberta, coordena, desde 2018, o maior repositório brasileiro de dados de solo, o SoilData.

Docente na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, o cientista está casado com uma professora da mesma instituição, mas de outro campus. Ele enfrenta semanalmente 230 km de estradas sinuosas e sem acostamento para estar junto de Taciara, sua esposa.

Chamadas

Chamada 7

Projetos

Quanto carbono os solos brasileiros perderam desde 1500?
Ciência / Ciências da Vida

Após mais de cinco séculos de exploração da terra, o Brasil perdeu mais de 1/3 de sua vegetação natural. As mudanças no uso e cobertura da terra (LULC) desestabilizam o carbono orgânico do solo (COS) e aumentam as emissões de gases de efeito estufa (GEE). Hoje, os estoques de COS no Brasil são estimados em 37 Pg nos primeiros 30 cm. No entanto, não se sabe quanto COS foi perdido desde 1500. Nossa hipótese é que perdemos pelo menos 1/3 do COS nesse período, especialmente na Mata Atlântica, onde as condições ambientais são ideais para a formação de solos orgânicos e que foi o bioma mais explorado. Para testar essa hipótese, utilizaremos dados atuais e históricos, inteligência artificial e conhecimentos de especialistas. Nossos resultados contarão a história do território brasileiro em termos de estoques de COS, com impacto potencial na contabilidade de GEE, nas políticas climáticas e no mercado de crédito de carbono.

Recursos investidos

Grant Serrapilheira: R$ 600.000,00 (R$450.000,00 + R$ 150.000,00 de bônus opcional destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência)

Instituições

  • Universidade Tecnológica Federal do Paraná
  • Temas
  • carbono
  • desmatamento
  • nível de carbono
  • solo