Livia Souza Freire Grion
Geociências
O fascínio de Lívia Souza Freire Grion pela ciência vem da infância, quando sentia um misto de admiração e medo fitando a imensidão do céu. Atualmente, a engenheira se dedica a entender uma área problemática da meteorologia: a faixa cinzenta, onde fenômenos com escala entre 1 e 10 km tornam a previsão muito difícil. Engenheira ambiental pela Universidade Federal do Paraná, onde também fez o mestrado em métodos numéricos, a cientista obteve o título de doutora em meteorologia pela Pennsylvania State University.
Como as tempestades e tormentas ocupam seu raciocínio quase o dia todo, em casa, a cientista busca serenidade e aconchego ao lado do companheiro. Para isso, basta adicionar algumas peças de quebra-cabeça, além de alguns quilômetros de corrida. Torcedora convicta do Brasil em qualquer modalidade esportiva, Grion também é uma ávida leitora de ficção.
Projetos
Simulações computacionais da atmosfera são a base para a previsão do tempo e do clima, funcionando bem para fenômenos que cobrem grandes áreas (como frentes frias e furacões) e para fenômenos de tamanhos bem pequenos (dispersão de poluentes num raio de 1 km, por exemplo), mas encontram uma barreira para fenômenos com uma escala de tamanho intermediária, entre 1 e 10 km, conhecida como “zona cinzenta”. Nessa faixa, os modelos falham devido ao comportamento caótico da atmosfera, conhecido como turbulência (aquela mesma sentida pelo avião em nuvens, mas que também está presente próximo ao chão). Este projeto investigará a fundo o comportamento da “zona cinzenta” da atmosfera, utilizando um conjunto de ferramentas matemáticas, estatísticas e computacionais. O objetivo principal é aumentar o grau de previsibilidade dos fenômenos que ocorrem na escala de 1 a 10 km.
Recursos investidos
Instituições
- Universidade de São Paulo
