Amanda Bendia

Ciências da Vida

Marcada por uma infância de cidade grande, a cientista Amanda Bendia não deixou que sua imaginação fosse limitada pelos muros e rotinas de uma metrópole. Mesmo criança, seu pensamento explorava as grandes questões e tentava reconstruir os mais exóticos cenários: densas florestas, uma caverna aquática, a superfície de outro planeta. Naturalmente atraída pela ciência na vida adulta, a bióloga persegue hoje aquelas mesmas inquietações. Formada em ciências biológicas pela Universidade do Vale do Itajaí, com mestrado em biofísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e doutorado em microbiologia pela Universidade de São Paulo, Bendia é docente no Instituto Oceanográfico da USP, onde coordena o Laboratório de Extremófilos Marinhos. Estes habitantes das profundezas são capazes de viver em condições extremas, e, por isso, são chamados de extremófilos. O trabalho da bióloga investiga arqueias extremófilas nas subsuperfícies do mar profundo e em cavernas do Brasil, utilizando técnicas de recuperação de DNA. 

Mas apesar de já ter participado de expedições científicas à Antártica e ao oceano profundo, além de explorações à cavernas remotas, foi só recentemente que ela viveu a maior aventura de todas: a maternidade. 

Chamadas

Chamada 7

Projetos

Podem as subsuperfícies marinhas e terrestres no Brasil abrigar arqueias que iluminem a origem da vida complexa e a habitabilidade de mundos oceânicos?
Ciência / Ciências da Vida

A vida em ambientes extremos há muito fascina os cientistas. Compreender como a vida persiste nos locais mais inóspitos nos fornece uma janela única para a história evolutiva da vida na Terra e sua possibilidade de existência além daqui. Uma das novas e últimas fronteiras para entender os limites da vida é explorar a subsuperfície – o mais vasto habitat, no entanto o mais desconhecido. A vida em subsuperfície tem se mostrado surpreendentemente difundida e diversificada, em particular as arqueias. O objetivo é estudar essas arqueias extremófilas em subsuperfícies de mar profundo e de cavernas do Brasil através da recuperação de seu DNA. Buscaremos entender como elas poderão contribuir para elucidar a origem dos eucariotos e novas estratégias de adaptação a extremos. Será que elas também podem nos ajudar na busca por vida nos mundos oceânicos do Sistema Solar?

Recursos investidos

Grant Serrapilheira: R$ 600.000,00 (R$450.000,00 + R$ 150.000,00 de bônus opcional destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência)
R$ 10.000,00 (bolsa-maternidade)

Instituições

  • Universidade de São Paulo
  • Temas
  • arqueias extremófilas
  • Extremófilos Marinhos
  • oceano