Arthur Domingos de Melo

Ciências da Vida

Para descrença dos amigos e familiares, Arthur Domingos de Melo é um botânico que se esforça para manter as plantas de casa felizes. A rotina de trabalho de campo na caatinga, somada às viagens periódicas para Garanhuns, não garante atenção suficiente para samambaias e suculentas. Por isso, o cientista prefere admirar plantas na natureza. 

Seu projeto é um importante estudo das flores da Caatinga. A ciência sabe bastante sobre as preferências de abelhas e beija-flores, mas um grupo noturno de polinizadores continua pouco compreendido: os morcegos. O botânico quer entender como esses mamíferos moldam a aparência das flores. 

Original do interior de Pernambuco, Melo foi para Vitória de Santo Antão graduar-se em ciências biológicas na Universidade Federal de Pernambuco, onde também alcançou o grau de mestre e doutor em biologia vegetal. A instituição recifense também sediou seu período de pós-doutorado. 

Atualmente professor e pesquisador na Universidade Federal de Sergipe, o cientista divide o tempo entre Itabaiana-SE e Garanhuns-PE, onde vive seu marido, docente da UPE. Juntos, compartilham uma família de três gatos e um amor que sobrevive bem à distância.

Chamadas

Chamada 8

Projetos

Como os morcegos polinizadores medeiam a evolução da sinalização floral?
Ciência / Ciências da Vida

Flores funcionam como outdoors, atraindo polinizadores com sinais como cores, odores e outros estímulos. Indivíduos com flores mais atrativas têm maior chance de polinização e reprodução, logo, as preferências dos polinizadores são o principal motor da evolução dos sinais florais, ainda que haja outros fatores ecológicos importantes. Já existe uma base teórica sólida sobre a pressão seletiva exercida por insetos e aves, mas o papel de um dos grupos de polinizadores mais notáveis segue incompreendido: os morcegos. Para preencher essa lacuna, realizaremos uma ampla amostragem na Caatinga (a maior floresta tropical seca do Neotrópico, com alta proporção de espécies quiropterófilas), mensurando a variação intraespecífica dos sinais florais em diversas espécies e populações. Associando esses dados ao sucesso reprodutivo, elaboraremos modelos de seleção fenotípica para estimar a força e a direção da evolução desses sinais; e, por meio de experimentos comportamentais com morcegos em tendas de voo, obteremos uma explicação mecanicista para os padrões observados.

Recursos investidos

Grant 2025: R$ 350.000,00 (R$ 250.000,00 + R$ 100.000,00 de bônus opcional destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência)

Instituições

  • Universidade Federal de Sergipe