Arthur Prudêncio

Ciências da Vida

Apaixonado por música, Arthur Prudêncio se aventura no violão e cavaquinho quando precisa de um repouso das reflexões sobre restauração ambiental e desmatamento. Engenheiro dedicado ao solo, o cientista se graduou em engenharia agronômica na Universidade Federal Rural de Pernambuco, e realizou mestrado e doutorado em solo e nutrição de plantas na Universidade de São Paulo, onde também tem um período de pós-doutorado. Seu estudo é uma tentativa de compreender melhor os grupos de micro-organismos que formam crostas biológicas em um solo desertificado. O objetivo é usar esse conhecimento como ferramenta de combate à desertificação.  

Na vida pessoal seu coração também pertence ao Palmeiras. Além da paixão pelo futebol, o cientista se mantém em forma praticando a corrida e buscando sempre uma nova praia para conhecer. 

Chamadas

Chamada 7

Projetos

As crostas biológicas do solo podem ser uma estratégia baseada na natureza para restaurar as terras secas brasileiras afetadas pela desertificação?
Ciência / Ciências da Vida

A desertificação é o processo de degradação do solo que ocorre pela junção de fenômenos naturais (como o clima) e atividades humanas não sustentáveis (como o desmatamento). O resultado desse processo é a redução da vegetação nativa e, consequentemente, o empobrecimento do solo. Quando a degradação remove toda a vegetação, as crostas biológicas funcionam como uma “pele” em solos de ambientes secos. Elas formam uma fina camada que cobre o solo, abrigando milhares de bactérias e fungos, além de favorecer o crescimento de plantas. Em condições de alta degradação do solo, essas crostas atuam como um verdadeiro oásis para a vida, prevenindo a erosão (pelo vento e pela água) e aumentando os nutrientes no solo. O objetivo do projeto é entender quais fatores governam a formação dessas crostas em áreas desertificadas da Caatinga, seus componentes e seu desenvolvimento. Mais especificamente, tentaremos identificar os principais grupos de micro-organismos associados, sua morfologia, genética e fisiologia. Estes passos serão realizados por meio de avaliações clássicas (cultivo in vitro, laboratório) e por meio de tecnologias modernas de sequenciamento genético. Nossa meta é que, durante o projeto, possamos induzir o crescimento artificial dessas crostas e usar esse conhecimento como uma ferramenta de combate à desertificação do solo na Caatinga.

Recursos investidos

Grant Serrapilheira: R$ 600.000,00 (R$450.000,00 + R$ 150.000,00 de bônus opcional destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência)

Instituições

  • Universidade Federal do Ceará
  • Temas
  • crostas biológicas
  • desertificação
  • desmatamento
  • micro-organismos
  • restauração ambiental