Filipe Vieira Santos de Abreu

Ciências da Vida

Na vida do biólogo parasitólogo Filipe Vieira a paixão pela natureza foi cultivada desde a infância, principalmente pelo escotismo. Aventureiro de coração, o cientista dedica sua vida a desvendar os mistérios da transmissão de doenças infecciosas, como a febre amarela e a malária. Graduado em ciências biológicas pela Universidade Federal de Minas Gerais, o biólogo também é mestre em parasitologia pela instituição mineira. O doutorado em biologia parasitária foi realizado na Fundação Oswaldo Cruz, incluindo um período sanduíche no prestigiado Instituto Pasteur, na França.  

Nascido em Belo Horizonte e atualmente professor no Instituto Federal do Norte de Minas Gerais, o cientista tenta entender como mosquitos e outras pragas se dispersam por grandes distâncias. Seu experimento é nada menos do que inovador: utilizar balões meteorológicos para coletar insetos em diferentes altitudes, simulando as correntes de vento que podem transportar esses vetores a grandes distâncias.

Morador da terra da cachaça, e sempre disposto a um dedo de prosa, ele divide a vida e as aventuras pela natureza com a esposa, parceira e também bióloga, Aline.  Fanático por música brasileira, o cientista ainda se revela um pandeirista em desenvolvimento. Em suas mãos, ritmo e ciência trabalham juntos na busca por um mundo mais seguro.

Chamadas

Chamada 7

Projetos

Como os mosquitos transmissores de doenças e pragas agrícolas se espalham tão rapidamente por todas as regiões do Brasil, causando problemas econômicos e de saúde?
Ciência / Ciências da Vida

Pragas agrícolas e doenças transmitidas por mosquitos tais como Febre Amarela, Malária e Mayaro são um grande problema econômico e sanitário uma vez que muitas delas se espalham rapidamente pelo território brasileiro.  Pouco se sabe sobre como esses insetos se deslocam para áreas tão distantes. Por isso, este projeto pretende verificar se os mosquitos vetores e as pragas são capazes de aproveitar correntes de ventos de até 200 metros de altura para se dispersar para novas áreas. Para isso, usaremos balões meteorológicos cheios de gás hélio para suspender painéis (3×1 metros) impregnados com cola para coletar insetos em correntes de vento a diferentes alturas (50, 100, 150 e 200m). O número e as espécies de insetos encontradas, associados a dados como velocidade e direção do vento serão usados para calcular o potencial de dispersão e o impacto desse comportamento na saúde pública e no agronegócio. Espera-se aumentar o poder de predição de risco e de implementação de medidas preventivas.

Recursos investidos

Grant Serrapilheira: R$ 550.000,00 (R$400.000,00 + R$ 150.000,00 de bônus opcional destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência)

Instituições

  • Instituto Federal do Norte de Minas Gerais
  • Temas
  • inseto
  • parasitas
  • parasitologia