Natural de São Caetano do Sul, Patrícia Christina Marques Castilho encontrou na física uma ancoragem para seu enorme apetite para o conhecimento. Sempre curiosa e motivada a explorar novas áreas, se destacou pelo interesse em ciências desde cedo, conhecendo os dinossauros e os planetas do sistema solar antes mesmo de aprender a escrever. Essa afinidade levou a cientista até a graduação em física pela Universidade Federal de São Carlos, onde também realizou um mestrado e doutorado pelo Instituto de Física de São Carlos. Sua formação conta ainda com um período sanduíche no Laboratório Europeu de Espectroscopia Não-linear (LENS), na Itália, e um pós-doutorado no Collège de France.

Mas o cultivo de múltiplos interesses sempre foi uma constante em sua vida. Apoiada pelos pais, tocou violino por 11 anos, fez aulas de pintura e jogou vôlei na adolescência, além de se aventurar na ginástica olímpica. Em paralelo ao mestrado e doutorado, a pesquisadora também fez graduação em Imagem e Som na UFSCar, para alimentar a paixão pelo cinema. A experiência rendeu curta-metragens e o sonho de participar de um longa-metragem. Entre uma filmagem e um dia no laboratório, Castilho descansa revendo clássicos como “Jules e Jim”, “Annie Hall” e “Antes do Pôr do Sol”.

Casada com um físico e mãe de duas meninas, os finais de semana da cientista são preciosos momentos em família, que incluem passeios ao zoológico e parques, teatro, e sessões de leitura e brincadeiras. Um dos rituais mais importantes entre mãe e filhas é a criação espontânea de músicas para alegrar diferentes momentos do dia.

Seu projeto investiga como mecanismos dissipativos afetam a superfluidez em sistemas quânticos. Desde 2019 é professora no IFSC, onde combina seu amor pela pesquisa com o ensino.