Patrícia Magalhães

Física

Nos últimos anos, a comunidade científica observou assimetrias entre partículas e antipartículas que não coincidem com as previsões do Modelo Padrão. Seria um sinal de uma nova física, ainda desconhecida? Patrícia Magalhães quer refinar os modelos para separar o que pode ser “nova física” do que é só uma parte ainda mal compreendida da ciência tradicional.

Graduada em física pela Universidade de São Paulo, onde também alcançou o grau de mestre e doutora em física, Magalhães se mudou para o Rio durante seu pós-doutorado no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Pela carreira (e por prazer), a cientista já viveu em: Munique, Bristol, Madri, Ubatuba e, atualmente, em Campinas. Em terras paulistas, confessa uma certa saudade do mar. Suas melhores ideias vêm com o movimento e o vento no rosto: pedalando, nadando, ou dançando ao som dos tambores da dança Afro-Brasileira.

A cientista é pesquisadora na Universidade de Campinas e membro da colaboração Large Hadron Collider (LHCb).

Chamadas

Chamada 8

Projetos

Como distinguir a nova física das interações fortes do modelo padrão na recente observação da assimetria matéria-antimatéria no experimento LHCb?
Ciência / Física

Toda a partícula possui a sua antipartícula, como a sua imagem no espelho: podemos identificar que é você, mas tem características trocadas. No atual entendimento da origem do Universo, partículas e suas antipartículas foram produzidas de maneira igual na grande explosão (Big Bang). Mas hoje, vivemos em um universo dominado por matéria ou partículas. Tal assimetria é uma das grandes questões em aberto na Física.  Hoje podemos produzir partículas e antipartículas no laboratório, o experimento LHCb no LHC (Grande colisor de Hádrons) do CERN foi desenvolvido para estudar essas assimetrias. Do ponto de vista da teoria, a transformação fundamental de uma partícula para sua antipartículas (e vice-versa) é dada por uma transformação de Carga e Paridade, cuja violação, prevista por um mecanismo de interferência, não é suficiente para explicar todas as assimetrias observadas no experimento LHCb.  Isso levanta o questionamento sobre a possibilidade de uma nova física ou, como hipótese, da necessidade de incluir efeitos das interações hadrônicas não muito bem descritas pela teoria. Como parte da colaboração LHCb, irei investigar processos que têm discordâncias, aprimorando os modelos de análises para incluir de forma consistente as interações hadrônicas e buscar distinguir efeitos de nova física das interações hadrônicas do modelo padrão.

Recursos investidos

Grant 2025: R$ 350.000,00 (R$ 250.000,00 + R$ 100.000,00 de bônus opcional destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência)

Instituições

  • Universidade Estadual de Campinas