Selecionados em meio a 260 candidatos, pesquisadores receberão os recursos pelos próximos três anos
O Instituto Serrapilheira anuncia nesta sexta-feira, 24, os 10 jovens pesquisadores selecionados na 5ª chamada pública de apoio à Ciência. Cada um receberá entre 389 mil e 700 mil reais a serem distribuídos ao longo de três anos. Eles também terão acesso a recursos extras e opcionais – de 10% a 30% do grant recebido – para investirem exclusivamente na integração e formação de pessoas de grupos sub-representados em suas equipes.
A seleção buscou projetos originais e ousados com grandes perguntas que contribuam para o conhecimento fundamental em ciências naturais, ciência da computação e matemática. Na primeira etapa, 260 pessoas enviaram uma pré-proposta. Dessas, 43 foram chamadas a enviar propostas completas e, em seguida, foram entrevistadas por revisores internacionais.
“Buscamos ampliar a visão sobre a ciência e seus processos seletivos para além da dominante norte-americana e europeia. Para tal, foi feito um esforço para mapear e incorporar revisores da África, América Latina, Ásia e Austrália. Ficou evidente que trabalhar com revisores de todos os continentes enriquece o processo seletivo”, comenta Cristina Caldas, diretora de Ciência do Serrapilheira. “Chegamos a uma lista de dez projetos com diferentes níveis de risco e que atacam questões fundamentais nas áreas que apoiamos.”
Outro destaque da seleção é a diversidade de pesquisadores apoiados. Foi alcançado um melhor equilíbrio de gênero e de raça/etnia autodeclarada, em comparação às chamadas anteriores. “Este resultado evidencia uma importante evolução do nosso processo seletivo”, defende Caldas. “Investir em jovens cientistas é investir no futuro do país. Tendo em vista a importância do ano de 2022, a construção de uma ciência forte será fundamental para uma agenda baseada na valorização de evidências e do pensamento científico”, conclui.
Conheça os cientistas selecionados e seus projetos:
Ana Catarina Conte Jakovac, Universidade Federal de Santa Catarina (SC)
Vai investigar se a pecuária, agricultura e extrativismo levam à regeneração de florestas com adaptações a ambientes mais secos, descaracterizando a Amazônia e a Mata Atlântica como florestas úmidas.
Edroaldo Lummertz da Rocha, Universidade Federal de Santa Catarina (SC)
Vai pesquisar como a presença de células tumorais do câncer de mama que se disseminaram para medula óssea é indicativa do desenvolvimento de metástases para múltiplos órgãos e resistência à quimioterapia.
Eugenio Hottz, Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)
Vai estudar a relação entre plaquetas e a regulação do sistema imune e da inflamação em situações onde há distúrbios de coagulação, como em casos de dengue e Covid-19.
Fabio Santos, Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)
Vai estudar a vantagem de computadores quânticos para simulações numéricas, desenvolvendo um algoritmo quântico capaz de resolver sistemas de grande escala em mecânica de fluidos.
Jaqueline Goes de Jesus, Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (BA)
Vai conduzir um monitoramento genômico combinado entre Angola e Brasil para entender como arbovírus transmitidos por mosquito – como os da dengue e zika – e patógenos ainda desconhecidos circulam entre países, resultando em pandemias.
Jose Edson Sampaio, Universidade Federal do Ceará (CE)
Propõe desenvolver uma nova teoria de topologia algébrica para contribuir no avanço de questões fundamentais da teoria das singularidades, como a conjectura de Zariski para a multiplicidade.
Juliane Ishida, Universidade Federal de Minas Gerais (MG)
Vai investigar RNAs “invasores” a partir do trânsito de moléculas de RNA entre plantas de diferentes espécies.
Maria Carolina Gonzalez, Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra (RN)
Busca entender a neurofisiologia da formação de memórias no cérebro, e como essas memórias novas dependem da integração com memórias de experiências prévias.
Rodrigo Ramos, Instituto D’OR de Ensino e Pesquisa (SP)
Vai estudar o papel dos macrófagos residentes nos processos iniciais da carcinogênese no câncer colorretal, utilizando técnicas modernas de transcriptômica e proteômica e amostras derivadas de pacientes em tratamento.
Vanessa Staggemeier, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN)
Vai investigar se causas da alta diversidade de espécies na Mata Atlântica podem ser explicadas por fatores ambientais ou interações com os animais que consomem frutos. O alvo do estudo envolve a família Myrtaceae, dentre as espécies mais conhecidas estão as pitangas, os araçás e as jabuticabas.
Confira a lista de revisores que participaram da seleção:
Alicia Dickenstein, University of Buenos Aires (Argentina)
Ana Domingos, University of Oxford (Inglaterra)
Angela Sessitsch, Austrian Institute Of Technology (Áustria)
Ari Laptev, Imperial College London (Inglaterra)
Belinda Medlyn, Western Sydney University (Austrália)
Daniel Mucida, The Rockefeller University (Estados Unidos)
Ellen Wohl, Colorado State University (Estados Unidos)
Fernando Bozza, Oswaldo Cruz Foundation (Brasil)
Fikile Brushett, Massachusetts Institute of Technology (Estados Unidos)
Frans Bongers, Wageningen University & Research (Holanda)
Guilherme Pimentel, Scuola Normale Superiore di Pisa (Itália)
Jing Yang, Peking University (China)
Karen Hallberg, Bariloche Atomic Centre (Argentina)
Katiuscia Cassemiro, American Physical Society (Estados Unidos)
Lars Jansen, University of Oxford (Inglaterra)
Li Yang, University of Georgia (Estados Unidos)
Marcelo Nóbrega, The University of Chicago (Estados Unidos)
Marina Hirota, Federal University of Santa Catarina (Brasil)
Nosipho Moloto, University of the Witwatersrand (África do Sul)
Paulo Teixeira, University of São Paulo (Brasil)
Sally Archibald, University of the Witwatersrand (África do Sul)
Sara Diamond, OCAD University (Canadá)
Sourav S Bhowmick, Nanyang Technological University (Singapura)
Tanja Junkers, Monash University (Austrália)
Yehu Moran, Hebrew University of Jerusalem (Israel)
Yemane Asmerom, University of New Mexico (Estados Unidos)
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