Como a retomada Borum-Kren pode contribuir para a restauração da memória biocultural e para indução de cascatas socioecológicas no Vale do Uaimií/MG?

Ciência / Ciências da Vida

Apesar do reconhecimento da importância dos povos indígenas na conservação da biodiversidade, ainda há uma lacuna significativa na compreensão de como os danos ambientais e a perda da biodiversidade nos territórios são frequentemente precedidos ou acompanhados pela expulsão das comunidades indígenas de suas terras, e, ainda, de como a reterritorialização de povos indígenas pode gerar cascatas socioecológicas positivas. O presente trabalho propõe uma análise acerca da eliminação física e cultural de povos indígenas (genocídio), atrelada à destruição dos territórios (ecocídio), que, juntos, podem ser enquadrados no contexto de epistemicídio, devido a perda de biodiversidade e a degradação dos ecossistemas correlacionada com a perda dos sistemas de produção de conhecimentos indígenas, isto é, da ciência indígena.  Neste projeto, portanto, buscamos compreender como processos de reterritorialização, ou seja, as retomadas territoriais indígenas podem gerar cascatas socioecológicas locais e regionais, contribuindo para a restauração da memória e identidade biocultural e de paisagens multifuncionais, integrando recuperação ambiental, conservação da biodiversidade e promoção do bem-viver comunitário. Neste sentido iremos analisar o processo de retomada do povo Borum-Kren (ressurgentes Botocudos do Uaimií – Vale dos Inconfidentes na Cordilheira do Espinhaço/ MG).

Recursos investidos

Grant 2025: R$517.000,00

Instituições

  • Universidade Estadual de Santa Cruz

Chamadas

Chamada 8
  • Temas
  • biodiversidade
  • ciência indígena
  • Conservação
  • recuperação ambiental