Banco de fontes, criado pelo Amazônia Vox e ampliado com apoio do Instituto Serrapilheira, busca reforçar a visibilidade de especialistas amazônidas na imprensa
“Se forem falar da Amazônia, nos ouçam. Temos coisas incríveis a contar”. A frase de Ângela Mendes, filha de Chico Mendes, resume a proposta do Banco de Fontes de Conhecimento da Amazônia. Criado pelo Amazônia Vox, a iniciativa, apoiada pelo Instituto Serrapilheira, acaba de alcançar o marco de mais de 1.200 nomes registrados. Às vésperas do Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, e com a COP30 se aproximando, o projeto busca reforçar a visibilidade a vozes locais e valorizar o conhecimento produzido na região.
O acesso ao banco de fontes é gratuito e pode ser feito aqui. O objetivo é facilitar a conexão entre jornalistas, produtores de eventos e de conteúdo junto a cientistas e demais especialistas em áreas como meio ambiente e biodiversidade, história, cultura e saúde, além de representantes da sociedade civil, lideranças indígenas e outros. Os interessados podem buscar fontes por nome, cidade e tema.
A iniciativa por criar um banco de fontes para dar maior visibilidade a amazônidas na imprensa começou a ser desenvolvida em 2023. À época, o Amazônia Vox – um dos seis projetos apoiados em 2024 pelo International Center for Journalists (ICFJ) – já atuava em outras frentes, como produção de conteúdo jornalístico, treinamentos e banco de freelancers de comunicação, e o banco de fontes avançava de forma mais lenta. Com o apoio do Instituto Serrapilheira, foi criado então o programa Vocação Amazônia – Vozes, Ciência e Comunicação da Amazônia, com metas claras para reforçar e expandir a ferramenta em 2025.
Para dar impulso ao projeto, foram selecionados 18 profissionais — nove jornalistas e nove estudantes de jornalismo — organizados em duplas em cada estado da Amazônia Legal (Amapá, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão). A iniciativa previa ainda o pagamento de bolsas para as duplas. A meta era alcançar 1.000 fontes mapeadas e cadastradas até setembro deste ano, além de fortalecer a base já existente.
O objetivo foi superado antes mesmo do encerramento: atualmente, o banco de fontes conta com mais de 1.200 cadastros, distribuídos pelos nove estados da Amazônia Legal. A plataforma também permite a inscrição autônoma por pesquisadores, instituições e coletivos locais, que preenchem um cadastro e a equipe do Amazônia Vox faz a avaliação e autoriza a inclusão na base do site.
Daniel Nardin, idealizador do programa e diretor executivo do AmazôniaVox, diz que a meta é ampliar a participação de especialistas locais em análises e reportagens sobre questões da Amazônia. “Incluir nas produções as vozes e o conhecimento de quem é ou vive no território é uma forma de praticar um jornalismo decolonial, privilegiando o conhecimento produzido em uma região historicamente tratada a partir do olhar de quem é de fora. Isso permite maior profundidade e pluralidade de vozes, além de gerar novas oportunidades ao dar visibilidade para as questões – com seus problemas e soluções – a partir do tratamento dado pelo conhecimento amazônida”, destaca.
Para Ruanne Lima, coordenadora do programa Vocação Amazônia, é preciso romper o paradigma de que os debates precisam ser feitos por pessoas de fora. “Na Amazônia, temos grandes cientistas, pesquisadores e líderes de comunidades tradicionais indígenas, quilombolas e ribeirinhas, que têm muito a dizer sobre nossas especificidades e saberes. Dar voz a essas pessoas é essencial para compreender os desafios que enfrentamos na nossa região e, acima de tudo, como superá-los.”
Conheça algumas fontes cadastradas.
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