Não é só uma questão de justiça social: ela gera pesquisas melhores
Por Michel Chagas
Se a diversidade étnico-racial vem ganhando espaço na agenda de muitos setores da sociedade –nos negócios, na representação política, nas artes, no jornalismo–, nas ciências em geral ela ainda é tímida. Essa lacuna é marcante principalmente em relação ao desafio de reduzir a sub-representação no universo de professores universitários, no financiamento de pesquisas científicas e entre os destinatários das bolsistas de pesquisas.
As pessoas negras (pretos e pardos) representam 56% da população brasileira, mas foi somente em 2019 que pela primeira vez os estudantes negros passaram a ser maioria nas universidades públicas. Segundo o censo da educação superior, porém, apenas 16% do universo de docentes se declarou negro.
Essas disparidades estampam as consequências do racismo e de uma sociedade historicamente desigual. Tais anomalias têm origem no passado, e temos falhado em corrigi-las no presente. Em pleno século XXI é inadmissível fechar os olhos para a ausência de pessoas negras nos diversos setores de nossa sociedade. É nesse contexto que a Coalizão Negra por Direitos –que reúne 150 organizações e coletivos do movimento negro– reafirma que “enquanto houver racismo não haverá democracia“. Não alcançaremos um desenvolvimento robusto e sustentável com mais da metade da população ainda lutando para exercer sua plena cidadania.
A diversidade não é só uma questão de justiça social: os benefícios que ela traz ao ambiente dos negócios e da ciência já foram demonstrados em algumas pesquisas. O trabalho “The Diversity–Innovation Paradox in Science“, de 2020, por exemplo, promovido ao longo de três décadas pela Universidade de Stanford, na Califórnia, analisou dados de quase todos os doutorandos dos Estados Unidos, de todas as áreas do conhecimento, e comprovou que estudantes de grupos sub-representados são significativamente mais criativos que os demais.
Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo
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