O caminho mais seguro é não dar oportunidades para o vírus
Por Mellanie Fontes-Dutra
Nesses quase três anos de disseminação do vírus da Covid-19, observamos a aceleração surpreendente do avanço científico, com o desenvolvimento de vacinas efetivas e seguras, opções terapêuticas (com evidências científicas) e a validação de táticas cujas probabilidades apontam para uma estratégia de sucesso para o controle – e a saída – de uma pandemia. O cenário que aponta para a saída da pandemia parece estar ganhando uma forma: a perspectiva de uma endemia.
De um modo geral, quando um agente infeccioso se torna endêmico em uma população, ocorre um patógeno recorrente, cujas taxas gerais são estáticas – não aumentam nem diminuem. Ou seja, o número de indivíduos que uma pessoa infectada pode contaminar, também chamado número básico de reprodução do vírus, é muito próximo de 1: cada caso gera em média um novo caso. Para nós, que vivemos um momento em que esses valores são bastante superiores, essa proporção poderia soar praticamente inofensiva, desejável, até. Infelizmente, não há nada inofensivo numa endemia.
Para entender o que é uma endemia, é preciso lembrar das doenças da atualidade que se encaixam nessa categoria. Em 2020, a malária matou mais de 600 mil pessoas na África; no mundo, foram acometidos de tuberculose cerca de 10 milhões de indivíduos, dos quais 1,5 milhão morreram dessa doença. Muitas dessas condições endêmicas ganham gravidade em especial em países de baixa renda, com precárias condições sanitárias e de saúde. Nas palavras do virologista Aris Katzourakis, “endêmico certamente não significa que a evolução de alguma forma ‘domou’ um patógeno para que a vida simplesmente retorne ao normal”. Para Katzourakis, proclamar a proximidade de um cenário endêmico nesse momento pode encorajar uma complacência equivocada, eximindo os tomadores de decisão de uma atuação mais incisiva sobre nossa realidade.
Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo.
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