Formação

O seu perfil

– Você tem interesse em explorar os diferentes subcampos da ecologia por meio de uma abordagem transdisciplinar com as ciências exatas e a ciência da computação?

– Concluiu ou está cursando o mestrado ou a graduação em qualquer área do conhecimento em uma instituição de ensino superior do Brasil? 

– Tem domínio da língua inglesa?

– Tem alguma familiaridade com cálculo e/ou programação?

Então você tem o perfil que buscamos.

A Formação em Ecologia Quantitativa é um programa interdisciplinar que promove a cooperação de diferentes áreas do conhecimento para enfrentar as grandes perguntas da ecologia – das equações ao campo.

O programa tem duas fases: no curso de verão (janeiro e fevereiro), até 30 participantes são selecionados para um treinamento intensivo em ferramentas quantitativas usadas na ecologia e desenvolvimento de um projeto com modelagem matemática. Além disso, os alunos têm a oportunidade de interagir com os principais pesquisadores de diversos subcampos da ecologia no Brasil e no mundo, conhecendo mais a fundo suas linhas de pesquisa e a aplicação das ferramentas de modelagem matemática e computacional em diferentes abordagens de problemas ecológicos.

Na segunda fase, até 16 alunos do curso de verão serão selecionados para participar de um curso de campo (julho) estruturado de forma a integrar ecologia teórica e empírica em projetos desenvolvidos em diferentes biomas brasileiros.

Ao final, espera-se que os alunos tenham uma formação científica completa e abrangente e estejam aptos a dar continuidade a sua formação científica em programas de doutorado nos principais laboratórios do mundo, explorando o potencial de inovação da pesquisa interdisciplinar. Nosso objetivo, no longo prazo, é criar uma geração altamente qualificada de jovens cientistas brasileiros com habilidades quantitativas para ampliar a compreensão dos sistemas ecológicos.

Abordagem interdisciplinar

Dada a complexidade dos sistemas naturais, muitas das grandes perguntas ainda sem resposta nessa área serão abordadas somente por meio da combinação de ferramentas de diferentes campos. Tanto o interesse da física pela “matéria viva” quanto o da matemática aplicada pelos problemas dinâmicos apontam possíveis caminhos de colaboração destas áreas no enfrentamento de grandes questões da ecologia, evolução e epidemiologia. De forma complementar, o ciclo se fecha no momento em que é possível confrontar e entender a natureza de fato, ajustando os modelos e hipóteses a partir da observação direta de toda a sua complexidade, por meio de coleta de dados e experimentos.

Curso de verão (janeiro e fevereiro)

É um curso presencial de dois meses, em horário integral (manhã e tarde), na cidade do Rio de Janeiro, englobando os seguintes tópicos:

Modelos determinísticos

Esta disciplina aborda o uso de ferramentas matemáticas como equações de dinâmica (como equações diferenciais e a diferença) para descrever os processos principais pelos quais populações e comunidades crescem, interagem, se extinguem e mantêm a diversidade. 

Simulações computacionais

Esta disciplina apresenta o uso de ferramentas computacionais avançadas para simular equações matemáticas que descrevem problemas ecológicos desafiadores, onde soluções analíticas não são facilmente obtidas. Essas simulações permitem uma compreensão visual e comparativa dos modelos matemáticos, proporcionando insights valiosos sobre a dinâmica e interações dos sistemas ecológicos.

Modelos estatísticos

Esta disciplina busca ampliar a compreensão da modelagem estatística aplicada à análise, descrição e previsão de padrões quantitativos na ecologia, integrando a objetividade da matemática com a complexidade intrínseca dos sistemas ecológicos

Modelos estocásticos

Esta disciplina aprofunda a compreensão dos alunos sobre a modelagem estatística e probabilística e a sua importância para entender e prever fenômenos biológicos complexos, ilustrando o papel crucial da aleatoriedade e da incerteza na configuração dos sistemas biológicos.

Cada tópico será composto por aulas expositivas e práticas, além de sessões de perguntas e respostas. A carga horária semanal do curso de verão será complementada por atividades como seminários de pesquisa, com palestrantes convidados, e sessões de debate. Além disso, durante seis semanas do curso, os alunos vão desenvolver projetos em grupo, aplicando o conteúdo abordado nas aulas.

Nas duas últimas semanas do curso de verão, os alunos farão uma imersão científica composta de diversas atividades como seminários, workshops, palestras e encontros de networking e aconselhamento com pesquisadores convidados de instituições brasileiras e internacionais. Os alunos terão a oportunidade única de interagir dentro e fora da sala de aula com cientistas que são referências em seus campos.

Professores

O corpo docente é constituído de cientistas que atuam em centros de pesquisa de excelência no Brasil e no mundo. Como teremos professores de diferentes partes do mundo, todas as aulas do curso de verão serão ministradas em inglês.

Público-alvo

Buscamos estudantes em etapas prévias ao doutorado, ou seja: graduação e mestrado. Todas as áreas de conhecimento são bem-vindas. Queremos constituir um grupo de alunos com trajetórias acadêmicas diversas, mas que tenham em comum a curiosidade e o interesse em mergulhar numa grande variedade de tópicos e abordagens metodológicas em ecologia.

Procuramos alunos com trajetórias de destaque, dispostos a aprender novos conceitos e métodos e a participar ativamente, fazendo perguntas, interagindo e colaborando para o desenvolvimento das diferentes atividades. Esperamos que os participantes também aproveitem a oportunidade única de interagir com cientistas de ponta que desejam contribuir com o processo de formação de jovens pesquisadores com grande potencial.

Importante: o candidato deve ter disponibilidade para se dedicar integralmente ao curso. Alunos que se ausentarem sem uma justificativa poderão ser desligados do programa.

O que vem depois do curso de verão

Após o curso de verão, os participantes serão convidados a se candidatarem à segunda fase do programa: o curso de campo em ecologia quantitativa. Até 16 alunos serão selecionados para participar do curso, de 3 a 4 semanas de duração, estruturado de forma a integrar ecologia teórica e empírica nos projetos desenvolvidos em diferentes biomas brasileiros.

Confira os professores confirmados até o momento:

• Anne Magurran – Universidade de St Andrews, Escócia

Magurran é uma ecóloga evolutiva interessada no estudo da evolução, em medidas de diversidade biológica e na conservação dos ecossistemas. Ela tem um interesse especial em compreender como as comunidades ecológicas evoluem ao longo do tempo. Sua pesquisa utiliza uma combinação de técnicas experimentais e modelagem para explorar a dinâmica das populações de peixes de água doce e outras assembleias ecológicas. Magurran está ativamente envolvida em avaliações e discussões globais sobre biodiversidade e conservação.

• Carla Staver – Universidade de Yale, Estados Unidos

A pesquisa de Staver concentra-se em estudar as complexas dinâmicas e distribuições de vários biomas tropicais, com foco principal na intersecção ente  savanas e florestas. Seu trabalho envolve examinar como esses ecossistemas evoluíram ao longo do tempo, incluindo padrões ecológicos históricos e o impacto das interações locais com especial cuidado com a histerese — que se refere ao intervalo de tempo postergado entre uma causa e seu efeito em um sistema ecológico. Ao analisar esses fatores, Staver busca obter uma compreensão mais profunda de como os biomas tropicais funcionam, assim como, previsões sobre padrões de paisagem mais amplos.

• Diogo Melo – Universidade de Princeton, EUA

Diogo Melo busca compreender a interação entre covariação genética e ambiental na formação de diferenças fenotípicas entre indivíduos e a evolução de traços complexos. Seu objetivo é entender como essa complexa arquitetura genética responde à perturbação ambiental e à variação genética, e como isso leva às diversas variações fenotípicas observadas na natureza. Sua pesquisa combina genética quantitativa e populacional com genômica funcional e ferramentas computacionais.

• Elisa Thébault – iEES Paris, França

Thebault estuda redes complexas de interação em ecologia e evolução. Ela explora diversas interações dentro das comunidades e se concentra na compreensão de seus impactos uns sobre os outros. Por meio de abordagens experimentais e de modelagens, ela investiga mecanismos ecológicos e evolutivos, com o objetivo de desvendar a intrincada dinâmica dos ecossistemas e suas respostas às mudanças causadas pelo homem.

• Janneke Hille Ris Lambers – Universidade de Washington, Estados Unidos

Hille Ris Lambers é uma ecóloga que conduz pesquisas sobre questões básicas e aplicadas em ecologia de comunidades vegetais. O seu trabalho centra-se na previsão dos impactos das mudanças climáticas na distribuição de espécies, dinâmica populacional, fenologia e estrutura comunitária; e nos processos que impulsionam a coexistência de espécies. Ela baseia sua pesquisa na teoria ecológica, abordando as questões de interesse com estudos observacionais, experimentos manipulativos e modelagem estatística.

• Jason Tylianakis – Universidade de Canterbury, Nova Zelândia

A pesquisa de Tylianakis se dedica à análise das interações entre espécies em comunidades e seu impacto diante de mudanças no ambiente. Ele explora os fatores que influenciam a estrutura de redes de interação, tais como  teias tróficas e redes de polinização, e como elas são influenciadas pelos fatores ambientais. Além disso, sua pesquisa também busca compreender as consequências da perda de biodiversidade para o funcionamento e os serviços ecossistêmicos, bem como encontrar formas de equilibrar a produção agrícola e a conservação.

• Jonathan Levine – Universidade de Princeton, Estados Unidos

As pesquisas de Levine concentram-se na coexistência de espécies , no estudo da manutenção da biodiversidade,na migração e invasão de plantas, além também em  como as comunidades vegetais respondem às mudanças climáticas. Sua pesquisa também é marcada pela análise das dinâmicas contemporâneas de populações e comunidades, bem como pelo estudo dos impactos das rápidas mudanças evolutivas nessas dinâmicas. Levine combina abordagens teóricas, dados empíricos e observações práticas para impulsionar o avanço dos estudos no campo da ecologia.

• Mark C. Urban – Universidade de Connecticut, Estados Unidos

A pesquisa de Urban tem como foco a compreensão dos processos ecológicos e evolutivos que influenciam as comunidades naturais em diferentes escalas espaciais. Ele combina os campos da ecologia, evolução e genômica para investigar a adaptação em níveis microscópicos e enfatiza as respostas às alterações globais. Recentemente, sua pesquisa tem se concentrado em desenvolver estratégias globais para avaliar e reduzir os riscos de extinção causados pelas mudanças climáticas na diversidade biológica.

• Michael Bode – Universidade de Tecnologia de Queensland, Austrália

Bode está interessado no comportamento e controle de sistemas dinâmicos incertos e complexos, e em aspectos espaciais de ecologia e conservação – particularmente quando múltiplos atores conservacionistas operam em uma paisagem.

• Paulo Inácio K. L. Prado – Universidade de São Paulo (USP), Brasil

O principal interesse de pesquisa de Paulo Inácio Prado é a ecologia teórica, com foco na ecologia de comunidades. Seu grupo estuda a variação da diversidade biológica em diferentes escalas e suas causas, por meio de análise de dados e da construção de modelos estatísticos e matemáticos em ecologia de populações e comunidades.

• Rampal Etienne  – Universidade de Groningen, Holanda

Etienne está interessado em compreender como surgem as comunidades ecológicas, por que algumas são ricas e outras pobres em espécies, e por que algumas espécies estão presentes ou são dominantes enquanto outras não são, considerando dinâmicas ecológicas e evolutivas que alteram continuamente as comunidades. Etienne aborda essas questões desenvolvendo uma teoria de formação de comunidades totalmente estocástica, dinâmica e amigável aos dados, testando e informando esta teoria com experimentos orientados a modelos e estudos de campo de macroorganismos e microrganismos.

• Renato M. Coutinho – Universidade Federal do ABC, Brasil

Renato Coutinho estuda modelos matemáticos aplicados à ecologia, epidemiologia e evolução. Sua principal motivação é compreender sistemas biológicos (como populações, comunidades, propagação de doenças infecciosas) por meio desses modelos. As principais ferramentas que usa são equações diferenciais — ordinárias, parciais e de atraso — e simulações numéricas. Seu principal tema de pesquisa é a dinâmica de populações no espaço — dispersão/difusão de populações e estudo de metapopulações e metacomunidades, com modelos de dinâmica espacial em regiões fragmentadas em larga escala e em períodos longos.

• Roberto A. Kraenkel  – Instituto de Física Teórica, UNESP (Brasil)

Roberto Kraenkel pesquisa sistemas complexos na biologia e matemática, com aplicações na ecologia e na epidemiologia (dinâmica de doenças infecciosas). Sua pesquisa também versa sobre dinâmica de fluidos, biologia de populações, reservas hídricas e sinais de alerta precoce de transições críticas.

• Sara Mortara, Re.Green/ University of São Paulo, Brasil

Sara Mortara tem experiência acadêmica em modelagem estatística em ecologia, bioinformática e ensino de competências computacionais e programação em R. Ela é uma entusiasta da reprodutibilidade em Ciência, cofundadora do ¡liibre! (Laboratório Independente de Bioinformática e Reprodutibilidade em Ecologia) e membro da R-Ladies Rio.

• Vitor Vasconcelos – Universidade de Amsterdã, Holanda

Vitor Vasconcelos pesquisa a gestão de sistemas complexos para resolver desafios da sociedade, especificamente em relação ao fornecimento de bens públicos. Seus tópicos de pesquisa incluem a interação entre a dinâmica de tomada de decisão e a dinâmica de bens e recursos, e a abordagem institucional para a  governança cooperativa de bens comuns de risco.

Quem pode se candidatar 

Encorajamos fortemente todos os candidatos a se familiarizarem com o processo seletivo antes de preparar suas respectivas candidaturas.

Buscamos estudantes em etapas prévias ao doutorado, ou seja: que estejam cursando o mestrado ou já tenham concluído (desde que ainda não tenham ingressado no doutorado). Aqueles que já tenham concluído a graduação ou que estejam próximos à conclusão (com no mínimo 75% dos créditos concluídos até janeiro de 2024) em uma instituição do Brasil também são elegíveis. Pelo menos um dos graus deve ter sido concluído ou estar sendo cursado em uma instituição de ensino superior do Brasil.

Estudantes que estejam cursando ou já tenham concluído o doutorado não são elegíveis.

• É imprescindível ter o domínio da língua inglesa. Tanto o processo seletivo quanto as aulas expositivas e demais atividades do curso serão conduzidas inteiramente em inglês.
• Pessoas com formação acadêmica em qualquer área de conhecimento são bem-vindas. Experiência prévia em pesquisa na área das ciências biológicas é desejável, porém não é um requisito. Encorajamos pessoas com formação em ciências exatas ou ciência da computação com forte interesse nas ciências da vida a se candidatarem mesmo sem ter experiência prévia em ecologia.
• É necessário que o candidato tenha alguma familiaridade com cálculo diferencial e integral, pois essas ferramentas serão utilizadas nas aulas de alguns cursos.
• Os candidatos devem ter disponibilidade para se dedicar integralmente ao curso presencial na cidade do Rio de Janeiro ao longo de toda a sua duração (de 8 de janeiro a 8 de março de 2024).

A partir de 24 de agosto de 2023, os candidatos poderão se inscrever no programa pelo link: https://www.research.net/r/pregistration2024, por meio de um formulário online em inglês, anexando os seguintes documentos:

Curriculum vitae

Escrito em inglês, com extensão máxima de duas páginas, em formato PDF.

Histórico escolar completo da graduação

Todos devem enviar o histórico escolar da graduação com as notas das disciplinas cursadas. Não é necessário traduzir este documento (ou seja, originais em português são válidos).

Histórico escolar da pós-graduação

Aplicável somente àqueles matriculados ou que tenham concluído um programa de mestrado. Não é necessário traduzir este documento (ou seja, originais em português são válidos).

Carta de motivação

Deve ser escrita em inglês, com, no máximo, 4 mil caracteres sem espaços. O candidato deve demonstrar sua afinidade com o Programa de Formação em Ecologia Quantitativa, indicar as razões pelas quais deve ser selecionado e de que maneira seu perfil se alinha com as premissas apresentadas neste edital.

Indicação dos nomes e e-mails de dois pesquisadores que enviarão cartas de recomendação

Nesta etapa, cabe ao candidato somente indicar os nomes e os e-mails de contato de dois pesquisadores que tenham concordado em fazer a recomendação, e com os quais o postulante tenha uma experiência prévia como aluno, orientando e/ou membro de equipe de pesquisa.

Depois que o candidato submeter o formulário de inscrição online, os pesquisadores indicados por ele receberão automaticamente um formulário eletrônico que deverá ser preenchido e enviado até 30 de setembro de 2023 (nova data*)

É importante que o candidato comunique a seus indicados sobre o processo de envio das cartas de recomendação para que estes estejam atentos às suas caixas de correio eletrônico. Vale também verificar a caixa de SPAM, já que eventualmente mensagens de remetentes desconhecidos são desviadas da caixa de entrada principal.

As candidaturas serão avaliadas em duas etapas por um comitê de seleção instituído pelo Instituto Serrapilheira.

Análise de documentação

Num primeiro momento, haverá uma verificação dos critérios de elegibilidade e, em seguida, uma pré-seleção com base nas informações fornecidas no formulário de inscrição e nos documentos submetidos (reiteramos: a carta de motivação terá um papel crítico neste momento).

Entrevista

A segunda etapa de seleção consistirá em entrevistas remotas com os candidatos pré-selecionados. Neste momento, avaliaremos:

• sua capacidade técnica em seu campo de formação;
• sua motivação para se candidatar;
• seu nível de proficiência em inglês;
• seu conhecimento prévio de cálculo básico. O candidato deve estar familiarizado com conceitos como funções, limites e trigonometria, exponenciais e logarítmicas, e ser capaz de resolver derivadas e integrais simples.

Resultado

Serão convidados a participar do curso até 30 estudantes, cujos nomes serão divulgados até dia 13 de novembro de 2023.

A partir do início do curso, todos os alunos receberão, pela duração total do curso, alojamento na cidade do Rio de Janeiro e uma ajuda de custo para cobrir os gastos com alimentação e transporte equivalente a 3.000 reais (pagamento único). Vale ressaltar que este é um valor estimado, sujeito a alterações.

O programa também custeará passagem nacional (ida e volta) entre a cidade de origem do estudante e a cidade do Rio de Janeiro aos alunos que residam em outras partes do Brasil.

A ajuda de custo é um benefício ao qual todos os alunos do programa podem se habilitar, independentemente de já serem bolsistas de alguma agência de fomento estudantil, nacional ou internacional, que lhes confira incentivos e apoios semelhantes, desde que a legislação aplicável e/ ou as regras internas dessas agências e de seus programas de bolsas não restrinjam o recebimento cumulativo desse tipo de ajuda.

Dados demográficos

Ao informar espontaneamente dados demográficos ao Serrapilheira os candidatos são convidados e concordam expressamente em contribuir para o aperfeiçoamento das ações de estímulo à diversidade na ciência adotadas pelo instituto. O acesso a esses dados é limitado aos profissionais que participam da formulação de políticas do instituto e observa a previsão de Confidencialidade e Proteção de Dados do Código de Ética e Conduta do Serrapilheira. O eventual tratamento e a divulgação de dados demográficos colhidos na chamada restringem-se a uma finalidade estatística, ligada à transparência de informação por parte do instituto, sem que implique mencionar ou identificar projetos ou candidatos, e sempre observados os critérios de sensibilidade, sigilo e confidencialidade dispostos na legislação legal vigente. A opção pelo não fornecimento dos dados demográficos pelos candidatos não implica nem é critério de eliminação dos mesmos do processo seletivo. Para o registro dessa opção, existe no item em questão a opção “não informar”. A Política de Privacidade do Serrapilheira pode ser consultada aqui.

Do ponto de vista jurídico 

O Serrapilheira se reserva o direito de cancelar, suspender, modificar, rever ou postergar, a qualquer momento, a seu exclusivo critério de avaliação, o processo de seleção a que se refere esta chamada, mediante simples aviso publicado nos mesmos meios de divulgação da presente chamada. Nenhum valor ou ressarcimento será devido, a qualquer título, a qualquer pessoa, incluindo, mas não se limitando a potenciais candidatos e candidatos que já tenham feito sua inscrição, tampouco a instituições às quais tais candidatos ou potenciais candidatos sejam ou estejam vinculados, em razão da participação dos mesmos no processo de seleção objeto desta chamada, em razão de seu cancelamento, suspensão, modificação ou postergação. A preparação dos projetos e sua respectiva submissão ao processo de seleção objeto desta chamada são de integral responsabilidade dos candidatos, os quais deverão arcar integralmente com os seus custos. Ao aderir a esta chamada, os candidatos reconhecem que cabe exclusivamente ao Serrapilheira arbitrar o processo de seleção, observados os procedimentos aqui descritos. Ao processo de deliberação e escolha dos candidatos por parte do Serrapilheira não caberá nenhum tipo de recurso, pedido de revisão ou ressarcimento de custos, despesas ou indenização na hipótese de não seleção de projetos submetidos, em qualquer fase ou etapa dos processos descritos nesta chamada. O Serrapilheira poderá, a qualquer tempo e independentemente de consentimento prévio do candidato ou instituição de ensino à qual o mesmo esteja ou seja vinculado, desenvolver e conduzir, direta ou indiretamente, estudos e pesquisas relativas aos trabalhos e propostas submetidos por meio desta chamada, inclusive divulgando os resultados dos mesmos, respeitado o compromisso de confidencialidade, desde que eles já não sejam públicas ou de conhecimento geral na oportunidade dos estudos ou pesquisas, bem como a titularidade do(s) autor(es) da(s) mesma(s). Uma vez finalizada a seleção, o instituto poderá, observada a necessária proteção de dados, compartilhar informações sobre os projetos aprovados, como por exemplo o valor da dotação, além do título, do resumo e de palavras-chave do projeto. De forma a preservar os critérios de isenção e isonomia que norteiam a análise e escolha das práticas concorrentes e como forma de prevenir potenciais conflitos de interesse e/ou infração às regras previstas no Código de Ética e Conduta do instituto, não poderão, direta ou indiretamente, habilitar-se às chamadas do Serrapilheira pessoas com relações de casamento, união estável ou parentesco por consanguinidade ou afinidade, seja em linha reta, colateral ou transversal, até o segundo grau, com funcionários, diretores, membros dos Conselhos de Administração e Científico, tampouco com avaliadores ou outros prestadores de serviço contratados para a seleção das chamadas. A deliberada não observância dessa regra de impedimento, por qualquer pessoa que se habilite para as chamadas do Serrapilheira, dará ao instituto, a seu exclusivo critério de conveniência e tempo, o direito de exclusão do beneficiário da chamada, com a consequente rescisão contratual e cancelamento das obrigações dele decorrentes, inclusive as pecuniárias, sem que isso caracterize rescisão contratual imotivada. Exceções às regras aqui previstas devem ser decididas pelo Conselho de Administração do Serrapilheira.

Os nomes que compõem o corpo docente do curso são frutos de exaustiva pesquisa e refletem a qualidade e competência técnica e acadêmica que o Instituto Serrapilheira deseja estabelecer para o programa. Por fatores diversos e alheios à vontade das partes, porém, eventualmente, alguns dos nomes indicados não poderão participar da totalidade do cronograma previsto. Nesse caso, o Instituto Serrapilheira selecionará outros nomes, sempre observando os mesmos critérios de qualidade e reconhecida competência usados na indicação dos ora indicados.

formacao@serrapilheira.org