Formação

Formação em Ecologia Quantitativa - 2025

Resultados divulgados

Confira abaixo os alunos selecionados

Abraão de Carvalho Gomes
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (RJ)

Ana Paula Vieira de Oliveira
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (AM)

Antonio Arbex Barroso
Universidade Federal de Juiz de Fora (MG)

Barbara Lima Silva
Universidade de São Paulo (SP)

Carina Isabella Motta
Universidade Estadual Paulista (SP)

Carson Silveira dos Santos
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)

Clara Paiva Pires
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)

Eduardo Walter da Silva
Universidade Estadual de Campinas (SP)

Fátima Elis Cruziniani
Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR)

Felipe Backendorf
Universidade Federal de Santa Catarina (SC)

Henrique Silva Florindo
Universidade Estadual Paulista (SP)

Israel Cassiano de Oliveira
Universidade Federal de São Carlos (SP)

Izadora Nardi Gonzalez
Universidade Estadual de Campinas (SP)

João Lucas Burginski Rosa
Universidade Federal do Paraná (PR)

João Miguel Neri Camilo Moreira
Universidade da Região de Joinville (SC)

Julia Silva Antonio
Universidade de São Paulo (SP)

Juline Rodrigues da Conceição
Universidade Federal do Espirito Santo (ES)

Maria Eduarda Soares Alberti
Universidade Federal do Rio Grande do Sul (RS)

Maria Luiza Busato
Universidade Estadual de Campinas (SP)

Marina Alves Méga de Andrade
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)

Marina Sayuri Yoshidome Vieira
Instituto de Matemática Pura e Aplicada (RJ)

Nathália Schmidt Hohl Ferreira
Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ)

Paulo Sergio de Araujo Filho
Instituto Nacional de Pesquisas da Amazonia (AM)

Pedro Danel de Souza Ugarte
Universidade Estadual de Campinas (SP)

Pedro Paulo Souza Lopes
Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN)

Robert Gabriel Santos de Araujo
Universidade Federal da Bahia (BA)

Sara Soares Feitosa
Universidade Federal do Ceará (CE)

Vinicius Dorea de Oliveira
Universidade Estadual de Campinas (SP)

Vinícius Tironi de Castilho
Universidade Estadual Paulista (SP)

Weslley Gabriel Cunha Aguiar
Universidade Federal do Amazonas (AM)

Das equações ao campo, um olhar interdisciplinar sobre as grandes perguntas da ecologia

Edital

O seu perfil

> Tem interesse em aplicar conceitos matemáticos e computacionais na área de ecologia?

> Gosta de trabalhar em grupo e construir conhecimento de forma colaborativa?

> Está disposto/a a extrapolar sua área de formação inicial e aprender novos conceitos e metodologias?

> Concluiu ou está cursando o mestrado ou a graduação em qualquer área do conhecimento em uma instituição de ensino superior do Brasil?

> É capaz de se comunicar em inglês em um contexto acadêmico?

Então você tem o perfil que buscamos.


A quinta chamada pública do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa irá contemplar até 30 estudantes do fim da graduação ao mestrado em qualquer área do conhecimento com:

> um curso teórico totalmente gratuito com possibilidade de seleção para o curso de campo

> interação direta com uma rede de mais de 30 ecólogos atuantes no Brasil e no exterior

Inscrições de 14 de agosto a 12 de setembro de 2024

1. Objetivos

A Formação em Ecologia Quantitativa é um programa interdisciplinar que promove a cooperação de diferentes áreas do conhecimento para enfrentar as grandes perguntas da ecologia – das equações ao campo.

O programa tem duas fases: para o curso de verão (janeiro e fevereiro), são selecionados até 30 participantes para um treinamento intensivo em ferramentas quantitativas usadas na ecologia e para desenvolver um projeto com modelagem matemática. Além disso, os alunos terão a oportunidade de interagir com pesquisadores de diversos subcampos da ecologia no Brasil e no mundo, de modo a conhecer mais a fundo suas linhas de pesquisa e a aplicação das ferramentas de modelagem matemática, estatística e computacional em diferentes abordagens de problemas ecológicos.

Para a segunda fase, até 16 alunos do curso de verão serão selecionados para participar de um curso de campo (julho) estruturado de forma a integrar ecologia teórica e empírica em projetos desenvolvidos em diferentes biomas brasileiros.

Ao final, espera-se que os participantes estejam aptos e motivados a dar continuidade a sua formação científica em programas de doutorado de referência, explorando o potencial de inovação da pesquisa interdisciplinar em ecologia. Nosso objetivo, no longo prazo, é contribuir para a formação de jovens cientistas brasileiros altamente qualificados, com habilidades quantitativas para ampliar a compreensão dos sistemas ecológicos.

2. Cronograma

Início das inscrições
14 de agosto de 2024

Encerramento das inscrições
12 de setembro de 2024, às 17h (horário de Brasília)

Notificação de aceitação aos estudantes selecionados
8 de novembro de 2024

Divulgação da lista final de estudantes selecionados
2 de dezembro de 2024

Realização do curso de verão
6 de janeiro a 26 de fevereiro de 2025

3. Definições

Ecologia
A ecologia, no escopo proposto por este programa, é uma ciência natural que engloba ecologia de organismos, populações, comunidades ecológicas, ecossistemas, paisagens, ecologia global e de grandes escalas, assim como conservação, manejo e serviços ecossistêmicos.

Ferramentas quantitativas
No contexto da ecologia, referem-se a métodos matemáticos, estatísticos e computacionais utilizados para analisar dados ecológicos, modelar processos, quantificar padrões e prever respostas dos organismos e sistemas ecológicos.

Interdisciplinaridade
O Serrapilheira entende interdisciplinaridade como uma abordagem que aplica técnicas e conceitos de uma ou mais áreas para resolver questões em outra, promovendo uma integração robusta entre diferentes campos do saber.

4. O programa

Curso de verão (janeiro e fevereiro)
Carga horária: 250 horas

É um curso presencial de oito semanas, de segunda a sexta-feira, em horário integral (manhã e tarde), na cidade do Rio de Janeiro. Nas primeiras seis semanas serão oferecidos os cursos principais:

Modelos determinísticos
Essa disciplina aborda o uso de ferramentas matemáticas como equações de dinâmica (por exemplo, equações diferenciais e a diferença) para descrever os processos principais pelos quais populações e comunidades crescem, interagem, se extinguem e mantêm a diversidade.

Simulações computacionais
Essa disciplina apresenta o uso de ferramentas computacionais avançadas para simular equações matemáticas que descrevem problemas ecológicos desafiadores, onde soluções analíticas não são facilmente obtidas. Essas simulações permitem uma compreensão visual e comparativa dos modelos matemáticos, proporcionando insights valiosos sobre a dinâmica e as interações dos sistemas ecológicos.

Modelos estatísticos
Disciplina que busca ampliar a compreensão da modelagem estatística aplicada à análise, descrição e previsão de padrões quantitativos na ecologia, integrando a objetividade da matemática à complexidade intrínseca dos sistemas ecológicos.

Modelos estocásticos
Nessa disciplina, aprofundamos a compreensão da modelagem estatística e probabilística e sua importância para entender e prever fenômenos biológicos complexos, ilustrando o papel crucial da aleatoriedade e da incerteza na configuração dos sistemas biológicos.

Cada tópico será composto de aulas expositivas e práticas, além de sessões de perguntas e respostas. A carga horária semanal do curso de verão será complementada por atividades como seminários de pesquisa com palestrantes convidados, e journal clubs. Além disso, ao longo das três primeiras semanas os alunos serão divididos em grupos interdisciplinares para desenvolver projetos aplicando o conteúdo abordado nas aulas.

Imersão científica
Nas duas últimas semanas do curso de verão, os alunos farão uma imersão científica que consiste em atividades como seminários, workshops e palestras sobre diferentes subcampos da ecologia. Nesse momento, os estudantes vão se deparar com um panorama amplo de temas que servirão de exemplos de aplicações das ferramentas quantitativas com as quais se familiarizaram nas primeiras semanas.

O formato de imersão também possibilitará encontros de networking e aconselhamento com os palestrantes – pesquisadores convidados de instituições brasileiras e internacionais. Em um ambiente acolhedor e estimulante, os alunos terão a oportunidade de interagir formal e informalmente com ecólogos em plena atividade científica e interessados em colaborar para a formação de novos cientistas. 

Curso de campo (julho)
Carga horária: 168 horas

Os participantes que tenham concluído o curso de verão serão convidados a se candidatar para a segunda fase do programa: o curso de campo em ecologia quantitativa. 

Até 16 alunos serão selecionados para participar dessa segunda etapa, com cerca de quatro semanas de duração, estruturada de forma a integrar ecologia teórica e empírica nos projetos desenvolvidos em diferentes biomas brasileiros.

Primeiramente, haverá um minicurso teórico-prático sobre método científico e redação de textos científicos. Em seguida terá início a fase dos projetos, a serem realizados em equipes interdisciplinares de quatro estudantes sob a orientação de uma dupla de professores: um com uma trajetória profissional em ecologia teórica, o outro com experiência em pesquisa empírica. 

O projeto terá dois componentes: uma parte com o desenvolvimento de um modelo matemático, computacional ou estatístico, e outra de coleta de dados, observações de campo ou testes empíricos relacionados ao modelo. Os grupos desenvolverão um projeto por bioma; cada projeto deverá apresentar um relatório seguindo as recomendações fornecidas no minicurso de redação científica e nas rodadas de revisão pelos professores.

5. Corpo docente

O Programa de Formação em Ecologia Quantitativa conta com uma rede de colaboração com cientistas atuantes no Brasil e no exterior. Após concluir as duas etapas, os participantes terão interagido com mais de 30 pesquisadores com trajetórias profissionais e objetos de estudo os mais variados, o que lhes possibilitará visualizar um amplo panorama do campo da ecologia na interseção com outras disciplinas. 

Confira os convidados confirmados até o momento:

Flávia Marquitti – Unicamp (Brasil)

Coordenação científica geral

Bióloga e matemática aplicada, Marquitti se interessa pelo desenvolvimento de teorias ecológicas e evolutivas, fazendo uso de modelos matemáticos e computacionais. Em sua pesquisa, tem investigado como diferentes espécies estabelecem interações cooperativas (como na polinização, dispersão de sementes por animais e interações entre bactérias e plantas), os processos de especiação, hibridização e extinção, e como alguns sistemas naturais estão sujeitos a transições críticas.

Glauco Machado – USP (Brasil)

Coordenação científica – etapa campo

Os principais tópicos de pesquisa de Machado são biologia comportamental, evolução sexual e cuidado parental. As questões de seu trabalho são respondidas por meio de estudos empíricos de longo prazo, manipulações experimentais e análises comparativas, utilizando organismos-modelo como opiliões, tesourinhas, libélulas, aranhas, escorpiões e sapos.

Paulo Enrique Peixoto – UFMG (Brasil)

Coordenação científica – etapa campo

Peixoto realiza pesquisas em ecologia comportamental e ecologia evolutiva, procurando entender como diferentes regras de decisão dos indivíduos em interações agonísticas (baseadas sobretudo na teoria evolutiva dos jogos) ou escolha de parceiros podem evoluir em regimes seletivos distintos. Também atua como coordenador de cursos de campo desde 2009, além de ministrar disciplinas voltadas ao método e redação científica e bioestatística.

Corpo docente do curso de verão 2025 (etapa Rio de Janeiro):

Diogo Melo – USP (Brasil)

Melo busca compreender a interação entre covariação genética e ambiental na formação de diferenças fenotípicas entre indivíduos e a evolução de traços complexos. Seu objetivo é entender como essa complexa arquitetura genética responde à perturbação ambiental e à variação genética, e como isso leva às diversas variações fenotípicas observadas na natureza. Sua pesquisa combina genética quantitativa e populacional com genômica funcional e ferramentas computacionais.

Gui Araujo – Swansea University (Reino Unido)

Araujo atua na interface entre física e ecologia teórica, estudando dinâmica de populações aplicada a processos eco-evolutivos. Com formação de mecânica estatística, ela pesquisa ecologia de comunidades e dinâmica de acasalamento, entre outros.

Paula Lemos-Costa – Universidade de Chicago (EUA)

Paula Lemos-Costa busca maneiras de abordar questões ecológicas e evolutivas de uma perspectiva teórica. Ela analisa as interações entre as espécies e como isso influencia sua dinâmica coevolutiva; o papel da estrutura espacial na promoção da diversidade em diferentes níveis; e o que impulsiona (e gera) padrões de biodiversidade.

Roberto A. Kraenkel – UNESP (Brasil)

Kraenkel pesquisa sistemas complexos na biologia e matemática, com aplicações na ecologia e na epidemiologia (dinâmica de doenças infecciosas). Sua pesquisa também versa sobre dinâmica de fluidos, biologia de populações, reservas hídricas e sinais de alerta precoce de transições críticas.

Sabrina Araújo – UFPR (Brasil)

Sabrina Araujo trabalha com modelagem matemática aplicada à ecologia e evolução. Recentemente sua pesquisa busca entender a interação e evolução de parasitos e seus hospedeiros. Também está interessada nos efeitos de variações ambientais no processo de especiação. Araújo ministrará a disciplina de modelagem estocástica.

Sara Mortara – Re.green (Brasil)

Mortara tem experiência acadêmica em modelagem estatística em ecologia, bioinformática e ensino de competências computacionais e programação em R. Ela é uma entusiasta da reprodutibilidade em Ciência, cofundadora do ¡liibre! (Laboratório Independente de Bioinformática e Reprodutibilidade em Ecologia) e membro da R-Ladies Rio.

Palestrantes da imersão científica:

Allison Shaw – University of Minnesota (EUA)

Shaw usa modelos analíticos e de simulação para compreender como os organismos utilizam movimentos de longa distância para se adaptar aos seus ambientes e quais são as consequências desse movimento para populações e interações entre espécies. Ela também tem interesse no papel que as suposições e a perspectiva dos cientistas desempenham no desenvolvimento da teoria ecológica.

Carla Staver – Universidade de Yale (EUA)

A pesquisa de Staver concentra-se em estudar as complexas dinâmicas e distribuições de vários biomas tropicais, com foco principal na intersecção entre  savanas e florestas. Seu trabalho envolve examinar como esses ecossistemas evoluíram ao longo do tempo, incluindo padrões ecológicos históricos e o impacto das interações locais com especial cuidado com a histerese — que se refere ao intervalo de tempo postergado entre uma causa e seu efeito em um sistema ecológico. Ao analisar esses fatores, Staver busca obter uma compreensão mais profunda de como os biomas tropicais funcionam, assim como, previsões sobre padrões de paisagem mais amplos.

Carl Boettiger – University of California, Berkeley (EUA)

Boettiger trabalha com problemas relacionados à previsão ecológica e tomada de decisões em condições de incerteza, com aplicações em mudanças globais, conservação e gestão de recursos naturais. Está particularmente interessado em como prever ou gerenciar sistemas ecológicos que podem passar por mudanças de regime: alterações rápidas e drásticas que desafiam tanto os modelos quanto os dados disponíveis. Sua abordagem une teoria ecológica a síntese de dados heterogêneos e o desenvolvimento de software — uma combinação que agora é reconhecida como ciência de dados.

Fernanda Werneck – INPA (Brasil)

Werneck trabalha principalmente com ecologia molecular, explorando formas de integrar conhecimento ecológico e evolutivo para investigar os processos que moldam os padrões e dinâmica da biodiversidade ao longo de diversas escalas espaciais e temporais. Seu foco atual integra informações ecofisiológicas e de genômica populacional obtidas em campo para caracterizar como as espécies responderam às mudanças ambientais passadas e assim aprimorar modelagens preditivas de como poderão responder às crises climáticas no futuro.

Hélène Morlon – ENS, Paris (França)

Morlon está interessada em compreender os processos ecológicos e evolutivos que deram origem à diversidade biológica observada hoje. Seu grupo busca reconstruir variações passadas na biodiversidade a partir de dados atuais e avaliar como as mudanças ambientais no passado influenciaram a diversificação da vida. Sua pesquisa combina abordagens da matemática, bioinformática e estatística com a compilação de dados em escala global para abordar questões que vão desde macroecologia e macroevolução até formação de comunidades, biogeografia e conservação.

Karen C. Abbott – Universidade Case Western Reserve (EUA)

Karen Abbott atua na ecologia teórica de populações e comunidades. Ela usa modelos matemáticos para entender a ocorrência e abundância de espécies com base na identificação de fenômenos naturais. Os últimos projetos de seu laboratório incluem sincronia espacial em surtos de insetos florestais, dinâmica planta-herbívoro, evolução e mudança climática em comunidades de polinizadores e plantas, impacto e disseminação de espécies invasoras e a aplicação de modelos lineares a séries temporais ecológicas.

Luísa G. Carvalheiro – UFG (Brasil)

O trabalho de Carvalheiro visa entender como as alterações ambientais afetam a biodiversidade através do tempo e do espaço; entender como tais alterações bióticas afetam o funcionamento dos ecossistemas e os serviços ecossistêmicos e entender como as complexas redes de interações ecológicas nas quais as espécies estão integradas regulam essas mudanças.

Mariana Benitez – Universidad Nacional Autónoma de México (México)

O grupo de Benitez desenvolve e revisita aspectos conceituais e metodológicos das ciências da complexidade e da ecologia evolutiva do desenvolvimento (eco-evo-devo) para abordar de maneira abrangente dois problemas centrais nas ciências da sustentabilidade: a perda da biodiversidade e a transição para uma produção agrícola sustentável e equitativa. Para alcançar esse objetivo, seu grupo adota abordagens teóricas, práticas e transdisciplinares que proporcionam uma melhor compreensão dos processos que estão por trás da relação entre biodiversidade e agricultura, abrangendo desde a escala microbiana até parcelas, paisagens e socioecossistemas.

Peter Mumby – University of Queensland (Austrália)

O grupo de Mumby integra estudos ecológicos de campo, trabalho de laboratório e modelagem para entender a resiliência dos recifes de coral. A maior parte de suas pesquisas é voltada para a resolução de problemas de conservação e gestão, incluindo o fortalecimento da resiliência dos corais, a identificação de refúgios onde os impactos climáticos são menos intensos, o planejamento de áreas marinhas protegidas, a recuperação das populações de peixes e outros organismos marinhos nos recifes, e a criação de estratégias viáveis para a restauração desses ecossistemas. Seu laboratório desenvolveu um sofisticado modelo da Grande Barreira de Corais (ReefMod), testado com dados de longo prazo e utilizado em parceria com o órgão governamental responsável por sua conservação para auxiliar na gestão da grande barreira de corais. Seu laboratório contribui para o aprimoramento desse modelo, que é uma síntese em constante evolução de nosso conhecimento.

Stefano Allesina – University of Chicago (EUA)

Allesina é um ecólogo teórico, cujo foco é o desenvolvimento de teorias para grandes comunidades ecológicas. Seu laboratório combina conceitos matemáticos e estatísticos para fornecer novas ferramentas de análise de dados ecológicos.

Corpo docente do curso de campo 2025 – lista em construção

6. Público-alvo

Buscamos estudantes em etapas prévias ao doutorado, ou seja: graduação e mestrado. Todas as áreas de conhecimento são bem-vindas. Queremos constituir um grupo interdisciplinar de pessoas com trajetórias acadêmicas diversas, que compartilhem um grande interesse pelos processos ecológicos.

É indispensável que os participantes gostem de trabalhar em grupo e construir conhecimento de forma colaborativa. Procuramos, portanto, pessoas que se desafiem a extrapolar sua área de formação inicial e que estejam abertas a aprender e ensinar conceitos e metodologias para integrar diferentes formas de responder a mesma pergunta.

7. Apoio aos estudantes selecionados

A partir do início do curso de verão, todos os participantes receberão, ao longo das oito semanas de duração, alojamento no Rio de Janeiro e alimentação parcial (não inclui as refeições dos fins de semana). Para cobrir os gastos de transporte e outras despesas, o instituto garante um apoio de 3 mil reais (pagamento único) a cada participante. Vale ressaltar que esse é um valor estimado, sujeito a alterações.

O programa também custeará passagem nacional (ida e volta) entre a cidade de origem do estudante e a cidade do Rio de Janeiro aos alunos que residam em outras partes do Brasil.

Este apoio é um benefício ao qual todos os participantes do programa podem se habilitar, independentemente de já serem bolsistas de alguma agência de fomento estudantil, nacional ou internacional, que lhes confira incentivos e apoios semelhantes, desde que a legislação aplicável e/ ou as regras internas dessas agências e de seus programas de bolsas não restrinjam o recebimento cumulativo desse tipo de ajuda.

8. Condições para aceitação de inscrições

As inscrições serão aceitas mediante os seguintes critérios:

Etapa e local de formação acadêmica
Os candidatos devem estar cursando etapas prévias ao doutorado. Mais especificamente, devem estar no mestrado ou já tê-lo concluído (desde que ainda não tenham ingressado no doutorado). Aqueles que tenham concluído somente a graduação ou que estejam próximos à conclusão (com no mínimo 75% dos créditos concluídos até janeiro de 2025) também são elegíveis. Pelo menos um dos graus deve ter sido concluído ou estar sendo cursado em uma instituição de ensino superior do Brasil.

Estudantes que estejam cursando ou já tenham concluído o doutorado não são elegíveis.

Área de conhecimento
Pessoas com formação acadêmica em qualquer área de conhecimento são bem-vindas. Experiência prévia em pesquisa na área das ciências da vida é desejável, porém não é um requisito.

Noções de matemática e programação
É desejável que o candidato tenha familiaridade com matemática básica e noções de cálculo, pois essas ferramentas serão utilizadas nas aulas. Também é desejável que já tenha tido contato com alguma linguagem de programação (como R ou Python, por exemplo).

Idioma
Tanto o processo de seleção quanto as aulas expositivas e atividades interativas do curso de verão serão conduzidas em inglês, já que contamos com a participação de professores e pesquisadores de diferentes nacionalidades.

Os campos dos formulários de cadastro e de inscrição devem ser devidamente preenchidos em inglês, exceto quando indicado o contrário. As entrevistas também serão em inglês, e, portanto, os candidatos devem ser capazes de se comunicar nesse idioma em um contexto acadêmico.

Dedicação integral
Os candidatos devem ter disponibilidade para se dedicar integralmente ao curso presencial na cidade do Rio de Janeiro ao longo de toda a sua duração (de 6 de janeiro a 26 de fevereiro de 2025).

Submissão eletrônica
As propostas devem ser submetidas eletronicamente por meio do portal do Serrapilheira no Fluxx (https://serrapilheira.fluxx.io) dentro dos prazos estabelecidos nesta chamada.

Histórico escolar
No histórico escolar deve constar a listagem das disciplinas cursadas e suas respectivas notas, além do somatório de créditos ou carga horária concluída.

Candidatos cursando ou que tenham concluído um programa de mestrado devem anexar tanto o histórico escolar da graduação quanto o do mestrado. 

Não é necessário traduzir esse documento (ou seja, originais em português são válidos).

CV Curriculum vitae
curriculum vitae (PDF) do candidato não pode ultrapassar duas páginas, e deve ser redigido em inglês, seguindo impreterivelmente o modelo disponível aqui.

Carta de motivação
Deve ser escrita em inglês, tendo no máximo 4 mil caracteres com espaços, no campo correspondente do formulário. Ao longo da carta, o candidato deve:

  • se apresentar, falar de sua trajetória e de seus interesses 
  • indicar de que modo seu perfil e/ou interesses se alinham às premissas apresentadas neste edital 
  • expor quais aspectos de sua formação pretende aperfeiçoar ao se inscrever
  • explicar como a participação no programa poderia impactar sua trajetória acadêmica futura

Cartas de recomendação
Cabe ao candidato somente indicar os nomes e os e-mails de contato de dois pesquisadores que tenham concordado em fazer a recomendação, e com os quais o postulante tenha uma experiência prévia como aluno, orientando e/ou membro de equipe de pesquisa. 

Depois que o candidato submeter o formulário de inscrição online, o Serrapilheira entrará em contato com os pesquisadores indicados para estabelecer os próximos passos. Eles terão até 23 de setembro de 2024 para submeter a carta de recomendação por meio de um formulário online.

É importante que o candidato comunique às pessoas a quem pediu recomendação o processo de envio das cartas, para que elas estejam atentas ao prazo.

9. Como se inscrever

Abertura do portal de submissão
Os candidatos devem acessar o portal de inscrição, a ser aberto a partir do dia 14 de agosto de 2024 às 15h (horário de Brasília).

Acesso ao portal de submissão
Endereço: https://serrapilheira.fluxx.io

Prazo de inscrição
14 de agosto a 12 de setembro de 2024 às 15h (horário de Brasília).

Cadastro
Dados

  • nome
  • e-mail
  • telefone

Requisitos de elegibilidade
Uma vez finalizado o cadastro, os candidatos são direcionados para os requisitos de elegibilidade, confirmando que atendem aos critérios estabelecidos para esta chamada.

O teste de elegibilidade é validado pela equipe do Serrapilheira em até 24 horas.

Formulário de inscrição
Após terem completado o cadastro e os dados de elegibilidade, os postulantes são direcionados ao formulário de inscrição, cujos campos deverão ser preenchidos no próprio sistema.

Dados pessoais

  • nacionalidade
  • data de nascimento
  • cidade/estado/país natal
  • gênero
  • cor/raça
  • número de telefone celular (idealmente, número usado para Whatsapp)
  • link para o curriculum vitae Lattes

CV Curriculum vitae
Curriculum vitae (PDF), máximo de duas páginas, em inglês, seguindo o modelo disponível aqui.

Trajetória acadêmica

  • graduação, mestrado (se pertinente) e histórico escolar (PDF)
  • eventuais interrupções decorrentes de licenças médicas, de maternidade e paternidade, cuidado com outras pessoas (p. ex., enfermos, idosos, pessoas com deficiência), indicando datas de início e fim. Podem também ser informadas circunstâncias que teriam impactado o desempenho escolar e acadêmico.

Competências e antecedentes

  • descrição do nível de familiaridade com conceitos básicos de matemática, cálculo, estatística, conceitos fundamentais de ecologia e/ou linguagens de programação.

Carta de motivação
Em inglês, com no máximo 4 mil caracteres sem espaços.

Cartas de recomendação
Nomes e e-mails de contato de dois pesquisadores que tenham concordado em fazer a recomendação.

10. Processo de seleção

As candidaturas serão avaliadas em duas etapas por um comitê de seleção instituído pelo Instituto Serrapilheira.

Análise de documentação
Num primeiro momento, haverá uma verificação dos critérios de elegibilidade e, em seguida, uma pré-seleção com base nas informações fornecidas no formulário de inscrição e nos documentos submetidos (reiteramos: a carta de motivação terá um papel crítico nesse momento).

Entrevista
A segunda etapa de seleção consistirá em entrevistas remotas com os candidatos pré-selecionados. Nesse momento, avaliaremos:

  • sua capacidade técnica em seu campo de formação;
  • sua motivação para se candidatar;
  • sua capacidade de se comunicar em inglês em um contexto acadêmico;
  • sua familiaridade com ferramentas quantitativas

Resultado
Serão convidados a participar do curso até 30 estudantes, cujos nomes serão divulgados em 2 de dezembro de 2024.

11. Considerações relevantes

Dados demográficos

Ao informar espontaneamente dados demográficos ao Serrapilheira, os candidatos são convidados e concordam expressamente em contribuir para o aperfeiçoamento das ações de estímulo à diversidade na ciência adotadas pelo instituto. O acesso a esses dados é limitado aos profissionais que participam da formulação de políticas do instituto e observa a previsão de Confidencialidade e Proteção de Dados do Código de Ética e Conduta do Serrapilheira. 

O eventual tratamento e a divulgação de dados demográficos colhidos na chamada restringem-se a uma finalidade estatística, ligada à transparência de informação por parte do instituto, sem que implique mencionar ou identificar candidatos, e sempre observados os critérios de sensibilidade, sigilo e confidencialidade dispostos na legislação legal vigente. 

A opção pelo não fornecimento dos dados demográficos não implica nem é critério de eliminação dos candidatos ao processo seletivo. Para o registro dessa opção, existe no item em questão a alternativa “não informar”. A Política de Privacidade do Serrapilheira pode ser consultada aqui.

Do ponto de vista jurídico 

O Serrapilheira se reserva o direito de cancelar, suspender, modificar, rever ou postergar, a qualquer momento, a seu exclusivo critério de avaliação, o processo de seleção a que se refere esta chamada, mediante simples aviso publicado nos mesmos meios de divulgação da presente chamada. Nenhum valor ou ressarcimento será devido, a qualquer título, a qualquer pessoa, incluindo, mas não se limitando a potenciais candidatos e candidatos que já tenham feito sua inscrição, em razão da participação dos mesmos no processo de seleção objeto desta chamada, em caso de cancelamento, suspensão, modificação ou postergação da mesma. 

A inscrição no processo de seleção objeto desta chamada é de integral responsabilidade dos candidatos, os quais deverão arcar integralmente com os seus eventuais custos. Ao aderir a esta chamada, os candidatos reconhecem que cabe exclusivamente ao instituto arbitrar o processo de seleção, observados os procedimentos aqui descritos. Ao processo de deliberação e escolha dos candidatos por parte do Serrapilheira não caberá nenhum tipo de recurso, pedido de revisão ou ressarcimento de custos, despesas ou indenização na hipótese de não seleção dos mesmos, em qualquer fase ou etapa dos processos descritos nesta chamada. 

O Serrapilheira poderá, a qualquer tempo e independentemente de consentimento prévio do candidato, desenvolver e conduzir, direta ou indiretamente, estudos e pesquisas relativas aos trabalhos e projetos desenvolvidos nos cursos referentes a esta chamada, inclusive divulgando os resultados dos mesmos, respeitado o compromisso de confidencialidade, desde que eles já não sejam públicos ou de conhecimento geral na oportunidade dos estudos ou pesquisas, bem como a titularidade de seu(s) respectivo(s) autor(es). 

Uma vez finalizada a seleção, o instituto poderá, observada a necessária proteção de dados, compartilhar informações sobre os candidatos selecionados, como, por exemplo, seus nomes, universidades às quais estão afiliados(as) e estados de origem. 

De forma a preservar os critérios de isenção e isonomia que norteiam a análise e escolha das práticas concorrentes e como forma de prevenir potenciais conflitos de interesse e/ou infração às regras previstas no Código de Ética e Conduta do instituto, não poderão, direta ou indiretamente, habilitar-se às chamadas do Serrapilheira pessoas com relações de casamento, união estável ou parentesco por consanguinidade ou afinidade, seja em linha reta, colateral ou transversal, até o segundo grau, com funcionários, diretores, membros dos Conselhos de Administração e Científico, tampouco com avaliadores ou outros prestadores de serviço contratados para a seleção das chamadas. A deliberada não observância dessa regra de impedimento, por qualquer pessoa que se habilite para as chamadas do Serrapilheira, dará ao instituto, a seu exclusivo critério de conveniência e tempo, o direito de exclusão do beneficiário da chamada, com a consequente rescisão contratual e cancelamento das obrigações dela decorrentes, inclusive as pecuniárias, sem que isso caracterize rescisão contratual imotivada. Exceções às regras aqui previstas devem ser decididas pelo Conselho de Administração do Serrapilheira.

Os nomes que compõem o corpo docente do curso são frutos de exaustiva pesquisa e refletem a qualidade e competência técnica e acadêmica que o Instituto Serrapilheira deseja estabelecer para o programa. Por fatores diversos e alheios à vontade das partes, porém, eventualmente alguns dos nomes indicados não poderão participar da totalidade do cronograma previsto. Nesse caso, o Instituto Serrapilheira selecionará outros nomes, sempre observando os mesmos critérios de qualidade e reconhecida competência usados na indicação dos ora indicados.

12. FAQ

Em breve

13. Contato

14. Guide to navigate our online application system

Nesta chamada