Formação

Formação em Ecologia Quantitativa - 2026

Chamada aberta

Um olhar interdisciplinar sobre as grandes perguntas da ecologia

Resumo

O seu perfil

> Existe alguma grande pergunta em ecologia que te inspira, independentemente da sua área de formação?

> Gosta de trabalhar em grupo e construir conhecimento de forma colaborativa?

> Tem vontade de ir além da sua área de formação e aprender novos conceitos, linguagens e metodologias?

> Está no último semestre da graduação, cursando o mestrado, ou já concluiu o mestrado mas ainda não iniciou o doutorado em qualquer área do conhecimento em uma instituição de ensino superior do Brasil?

> É capaz de se comunicar em inglês em um contexto acadêmico?

 

Então você tem o perfil que buscamos.


A sexta chamada pública do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa irá contemplar até 30 estudantes do fim da graduação ao mestrado em qualquer área do conhecimento com:

> um curso teórico-prático totalmente gratuito com possibilidade de seleção para o curso de campo

> interação direta com uma rede de mais de 30 pesquisadores atuantes no Brasil e no exterior


Inscrições de 25 de agosto a 19 de setembro de 2025

Contato

formacao@serrapilheira.org

Edital completo

1. Objetivos

A Formação em Ecologia Quantitativa é um programa interdisciplinar que integra diferentes áreas do conhecimento para abordar grandes questões da ecologia.

O programa se organiza em duas fases. Na primeira, o curso de verão (janeiro e fevereiro) reúne até 30 participantes em um treinamento intensivo para explorar essas questões com o apoio de diversas ferramentas quantitativas. Nesse processo, os alunos interagem com pesquisadores do Brasil e do exterior, conhecendo em profundidade suas linhas de investigação e como diferentes metodologias e abordagens quantitativas podem ser aplicadas a problemas ecológicos complexos.

Na segunda fase, até 16 alunos do curso de verão são selecionados para participar de um curso de campo (julho) onde desenvolvem projetos em grupos com treinamento e aplicação de ferramentas e métodos quantitativos. 

Ao final, espera-se que os participantes estejam motivados a dar continuidade a sua formação científica em programas de doutorado de referência, explorando o potencial de inovação da pesquisa interdisciplinar em ecologia. Nosso objetivo, no longo prazo, é contribuir para a formação de uma rede de jovens cientistas brasileiros fortemente conectada, com habilidades quantitativas sólidas para ampliar a produção de conhecimento em ecologia e suas interfaces.

2. Cronograma

Início das inscrições
25 de agosto de 2025

Encerramento das inscrições
19 de setembro de 2025, às 16h (horário de Brasília)

Notificação de aceitação aos estudantes selecionados
14 de novembro de 2025

Divulgação da lista final de estudantes selecionados
5 de dezembro de 2025

Realização do curso de verão
5 de janeiro a 1 de março de 2026

3. O programa

Curso de verão (janeiro e fevereiro)
Carga horária: 225 horas


É um curso presencial de oito semanas, de segunda a sexta-feira, em horário integral (manhã e tarde), no IMPAtech, na cidade do Rio de Janeiro. Nas primeiras seis semanas serão oferecidos os cursos principais:

 

Introdução: biomas brasileiros e os grandes desafios da ecologia

Na primeira semana, o curso apresenta um panorama abrangente dos biomas brasileiros — do Pantanal à Amazônia, passando por Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica, Pampas, ambientes marinhos e costeiros e ambientes de água doce. Cada sistema é apresentado por especialistas que discutem seus principais processos ecológicos e questões científicas e socioambientais em aberto. Também serão apresentados estudos de caso com aplicação de métodos quantitativos, estabelecendo conexões entre o conhecimento ecológico e as ferramentas analíticas utilizadas para descrevê-lo e interpretá-lo.

 

Palestrantes confirmados (em construção):


Adalberto Val (INPA)

Val investiga as adaptações biológicas às mudanças ambientais — tanto naturais quanto decorrentes da ação humana — em ecossistemas naturais e em ambientes de criação (aquicultura). Sua pesquisa abrange o desenvolvimento de bioindicadores de qualidade ambiental, a biologia e ecologia de peixes, o uso sustentável dos recursos naturais e a ecotoxicologia.


Ayan Fleischmann (Instituto Mamirauá)

Fleischmann é um geocientista com enfoque transdisciplinar dedicado às águas amazônicas, trabalhando com recursos hídricos, áreas úmidas e comunidades tradicionais da região amazônica. Seus projetos recentes envolvem os sistemas socioecológicos que compõem o mundo ribeirinho amazônida, seus rios e seus lagos, bem como os desafios associados às mudanças ambientais e climáticas em curso.  


Carolina C. Blanco (UNICAMP)

Blanco trabalha principalmente com ecologia funcional de plantas e modelagem ecossistêmica no desenvolvimento de modelos dinâmicos de vegetação, baseados em processos e com a aplicação desses modelos em ecossistemas florestais e campestres. O foco da sua pesquisa é entender como as mudanças climáticas afetam padrões e processos desses ecossistemas. 


Cesar Cordeiro (UENF)

Cordeiro trabalha principalmente com ecologia de comunidades marinhas com foco em padrões espaciais e temporais e processos influenciando estes padrões. Seu trabalho aplica métodos observacionais em diferentes escalas além de abordagens experimentais em campo. Suas pesquisas mais recentes utilizam ambientes marinhos como modelo comparando processos ecológicos ao longo de gradientes ambientais.


Emiliano Ramalho (Instituto Mamirauá)
Ramalho é responsável pelo maior e mais antigo programa de pesquisa e conservação da onça-pintada na Amazônia brasileira. Também atua nas áreas de monitoramento de biodiversidade de base comunitária, uso sustentável de recursos naturais, redes de pesquisa e conservação, e inovações tecnológicas para o monitoramento da biodiversidade.


Fabio Roque (UFMS)
Roque tem experiência no estudo de padrões de biodiversidade em sistemas aquáticos e de áreas úmidas e suas relações com poluentes ambientais, degradação ecológica e mudanças climáticas e de uso da terra. 


Flavia Costa (INPA)
Costa é ecóloga em atuação na Amazônia há 30 anos, estudando a estrutura e funcionamento das florestas, desde o impacto das populações humanas pré-coloniais até as alterações causadas por mudanças climáticas atuais, usando principalmente ferramentas da ecologia funcional, demografia e eco-hidrologia.


Gerhard Overbeck (UFRGS)

Overbeck trabalha com ecologia dos Campos Sulinos, ambientes campestres do sul do Brasil, realizando pesquisa sobre diversidade e dinâmica da vegetação campestre sob diferentes regimes de manejo. Mais recentemente, tem focado no desenvolvimento de técnicas de restauração desses ecossistemas, além de questões de conservação e uso de forma mais ampla.


Guilherme Longo (UFRN)
Longo investiga como os ecossistemas marinhos respondem a impactos locais e globais, analisando mudanças em padrões de ocorrência, abundância e interações entre espécies, e seus efeitos sobre o funcionamento dos ecossistemas. Seu grupo combina abordagens de modelagem, observação e experimentação em campo e em laboratório.


Marcelo Tabarelli (UFPE)
Sua atuação concentra-se na ecologia e conservação de plantas, com foco nas respostas das florestas tropicais às perturbações humanas — desde o nível populacional até o ecossistêmico — e nas estratégias de conservação da biodiversidade em paisagens modificadas por atividades humanas.


Mercedes Bustamante (UnB)
Pesquisadora em ecologia de ecossistemas, com atuação consolidada no Cerrado, focando em mudanças no uso da terra, biogeoquímica e nos efeitos das mudanças ambientais globais.

 

Cursos principais

Dados ecológicos e estatística
Aborda a estrutura e o processamento de diferentes tipos de dados utilizados em ecologia, incluindo dados de campo, observacionais, séries temporais, bancos de dados públicos e produtos derivados de sensoriamento remoto. Os participantes serão introduzidos a princípios de organização, limpeza e exploração de dados, bem como à análise estatística. A parte analítica do curso cobre ferramentas estatísticas amplamente aplicadas na ecologia, como modelos lineares, modelos lineares generalizados (GLMs) e modelos com efeitos mistos, com foco em como essas abordagens podem ser usadas para testar hipóteses, identificar padrões e avaliar relações entre variáveis ecológicas. O curso também discutirá boas práticas na gestão e documentação de dados, reprodutibilidade e integração de múltiplas fontes de informação.

 

Modelagem matemática
O uso de modelos matemáticos permite investigar os mecanismos que geram padrões ecológicos observados na natureza. Neste curso, serão apresentadas diferentes ferramentas frequentemente utilizadas na elaboração destes modelos, abrangendo tanto abordagens determinísticas quanto estocásticas: equações diferenciais, equações em tempo discreto, cadeias de Markov, algoritmo de Gillespie, Equação Mestra, modelos espacialmente explícitos, autômatos celulares, teoria dos jogos e modelagem baseada em agentes. A partir dessas ferramentas, serão explorados problemas ecológicos, como crescimento populacional, predação, competição, invasão, parasitismo, dinâmica em paisagens, efeito da fragmentação espacial, sucessão ecológica, adaptação e evolução. Também discutiremos os pressupostos, as limitações e o poder de previsibilidade dos modelos matemáticos aplicados a dados empíricos.

 

Sensoriamento remoto
Como observar e quantificar padrões ecológicos em grandes escalas espaciais e temporais? Este curso introduz as bases físicas e tecnológicas do sensoriamento remoto, com foco na aplicação prática para a ecologia. Os participantes poderão explorar diferentes tipos de sensores (ópticos, térmicos, radar), plataformas (satélites, drones) e resoluções, além de discutir o processamento de imagens, correções, composições e extração de variáveis ecológicas. O curso terá forte componente prático, com uso de ferramentas como o Google Earth Engine para análise de dados de interesse ecológico, como índices de vegetação, uso da terra, sistemas agrícolas ou ecossistemas marinhos e costeiros. Os alunos aprenderão a acessar, processar e interpretar dados de sensoriamento remoto para responder perguntas ecológicas.

 

Machine learning
Apresenta os fundamentos e principais abordagens de machine learning, com foco em aplicações práticas para problemas ecológicos. Serão discutidos diferentes tipos de algoritmos supervisionados e não supervisionados, incluindo árvores de decisão, florestas aleatórias, métodos de regularização, máquinas de vetores de suporte e algoritmos de agrupamento e uma introdução a redes neurais artificiais. Os alunos aprenderão como preparar e dividir bases de dados, ajustar modelos, avaliar desempenho e interpretar resultados.  O curso enfatiza boas práticas como validação cruzada, prevenção de overfitting e seleção de variáveis. Aplicações em ecologia incluem classificação de uso da terra, predição de distribuição de espécies, análise de dados ambientais em larga escala e integração com dados de sensoriamento remoto.

 

Professores confirmados (em construção):

 

Jefersson dos Santos (University of Sheffield, Reino Unido)
Sua pesquisa concentra-se principalmente no mapeamento geográfico automatizado por meio de aprendizado de máquina e imagens aéreas. Nos últimos anos, tem se dedicado ao desenvolvimento de novos algoritmos para mapeamento geográfico em larga escala, abordando desafios como o desbalanceamento de classes, o reconhecimento de padrões em cenários abertos e o aprendizado a partir de poucas amostras anotadas.


Liana Anderson (Cemaden/MCTI)
A pesquisa de Anderson concentra-se principalmente na gestão de riscos e impactos relacionados a incêndios florestais, além de abranger uma sólida experiência no estudo dos efeitos de extremos climáticos sobre ecossistemas e populações amazônicas.

 

Luiz Aragão (INPE/University of Exeter, Reino Unido)
É pesquisador na área de ecossistemas tropicais e ciências ambientais, com ênfase em sensoriamento remoto. Atua em temas como dinâmica do carbono, mudanças climáticas e ambientais, ecologia de ecossistemas e de paisagens, e monitoramento de distúrbios florestais.

 

Sabrina Araújo (UFPR)
Araújo trabalha com modelagem matemática aplicada à ecologia e evolução. Recentemente sua pesquisa busca entender a interação e evolução de parasitos e seus hospedeiros. Também está interessada nos efeitos de variações ambientais no processo de especiação. Araújo ministrará a disciplina de modelagem estocástica.

 

Seminários temáticos

O cronograma semanal inclui seminários ministrados por especialistas convidados, abordando tópicos centrais na ecologia e em suas interfaces com outras áreas, como ecologia do fogo, espécies invasoras, doenças emergentes, restauração e ecologia urbana. Esses encontros proporcionam uma análise aprofundada de questões científicas contemporâneas e estimulam a integração de diferentes perspectivas teóricas e metodológicas por meio de estudos de caso com métodos quantitativos.

 

Palestrantes (em construção):

 

Catarina Jakovac (UFSC)
Sua pesquisa abrange tanto estudos locais quanto na escala continental e global, investigando as complexas interações dos ecossistemas e revelando como a atividade humana pode ter um impacto diferenciado nas espécies vegetais. Um exemplo disso é o fato de que o uso da terra para agricultura ou pastagem funciona como um filtro que beneficia espécies de árvores que investem em sobreviver a distúrbios em detrimento das espécies que investem em crescer rápido. 

 

Cintia Cornelius (UFAM)
Sua pesquisa foca em entender como as atividades antrópicas modificam as paisagens e como populações e comunidades de animais respondem a estas mudanças. Atualmente o foco de seu trabalho tem ocorrido em ambientes urbanos para entender como as populações de animais persistem em ambientes altamente modificados e como a biodiversidade nas cidades pode contribuir para uma melhor qualidade de vida. 

 

Michele Dechoum (UFSC)
Michele usa uma abordagem de pesquisa integrativa de avaliação de impactos e intervenções de manejo de espécies exóticas invasoras para prover bases mais robustas para a restauração ecológica e para políticas de biodiversidade relacionadas a invasões biológicas.

 

Projeto em grupo

Na segunda metade do curso, os participantes começam a desenvolver projetos em grupos sobre questões ecológicas relevantes, integrando métodos e ferramentas aprendidos ao longo do curso.

 

Imersão científica

Nas duas últimas semanas do curso de verão, os participantes vão vivenciar uma imersão científica composta por seminários, sessões de mentoria e workshops com convidados. Nesse formato, terão a oportunidade de dar continuidade ao desenvolvimento dos projetos em grupo, contando com acompanhamento e orientação dos pesquisadores convidados.

A programação inclui ainda um workshop sobre comunicação e jornalismo científico, com palestras e atividades de integração com jornalistas, ampliando o diálogo entre diferentes áreas e fortalecendo a interface entre ciência e sociedade.

 

Mentores confirmados (em construção):

 

Andrea Encalada (Universidad San Francisco de Quito, Equador)
Encalada atua em ecologia de rios tropicais e tem interesse especial na diversidade e na história de vida de insetos aquáticos. Atualmente, participa de diversos projetos relacionados a mudanças climáticas, diversidade e ao funcionamento de rios tropicais.

 

Jan Verbesselt (Belgian Science Policy Office/ Wageningen University, Holanda)
Estuda mudanças em ecossistemas por meio do desenvolvimento de métodos espaço-temporais inovadores para detectar alterações a partir de séries temporais de imagens de vegetação obtidas por sensoriamento remoto..

 

Jessica Metcalf (Princeton University, EUA)
O laboratório de Metcalf desenvolve novos métodos para modelar a dinâmica dos hospedeiros com o objetivo de fornecer informações sobre os fatores fundamentais da função imunológica. Mais especificamente, o laboratório foca em caracterizar o cenário da imunidade em apoio à saúde pública e no desenvolvimento de uma estrutura para entender a evolução da função imunológica. Para abordar essas questões, Metcalf usa fluxos de dados como registros de chamadas de telefones celulares, além de fatores climáticos, para entender como o deslocamento e a aglomeração sazonais dos humanos influenciam a transmissão de patógenos.

 

Lisa C. McManus (University of Hawaiʻi, EUA)
McManus usa abordagens teóricas para estudar a população do sistema marinho e a dinâmica da comunidade. Seus interesses de pesquisa concentram-se na compreensão das respostas potenciais dos recifes de coral às mudanças climáticas, sua capacidade de adaptação populacional, conservação e manejo espacial para populações de corais em evolução.

 

Samraat Pawar (Imperial College London, Reino Unido)
Pawar conduz pesquisas na interface entre ecologia teórica, sistemas complexos e biologia computacional, focando em como as flutuações ambientais e as restrições biofísicas em nível celular atuam conjuntamente na emergência e manutenção de ecossistemas estáveis e funcionais.

 

Curso de campo (julho)

Carga horária: 160 horas

Os participantes que concluírem o curso de verão poderão se candidatar à segunda fase do programa. Serão selecionados até 16 alunos para o curso de campo, com duração de três semanas. Durante o curso, os participantes desenvolvem projetos em grupo, recebendo treinamento e aplicando ferramentas e métodos quantitativos.

4. Público-alvo

Buscamos estudantes em etapas anteriores ao doutorado — no último semestre da graduação ou no mestrado — de todas as áreas do conhecimento. Nosso objetivo é formar um grupo multidisciplinar, reunindo trajetórias acadêmicas diversas, mas unidas pelo interesse comum nos processos ecológicos.

É essencial que os participantes tenham disposição para o trabalho em grupo e para a construção colaborativa do conhecimento. Valorizamos pessoas abertas a extrapolar sua área de formação, dispostas a aprender e ensinar conceitos, linguagens e metodologias.

5. Apoio aos estudantes selecionados

A partir do início do curso de verão, todos os participantes receberão, ao longo das oito semanas de duração, alojamento no Rio de Janeiro e alimentação (não inclui as refeições dos fins de semana). Para cobrir os gastos de transporte e outras despesas equivalentes, o instituto garante um apoio de 3 mil reais (pagamento único) a cada participante. Vale ressaltar que esse é um valor estimado, sujeito a alterações.

O programa também custeará passagem nacional (ida e volta) entre a cidade de origem do estudante e a cidade do Rio de Janeiro aos alunos que residam em outras partes do Brasil.

Este apoio é um benefício ao qual todos os participantes do programa podem se habilitar, independentemente de já serem bolsistas de alguma agência de fomento estudantil, nacional ou internacional, que lhes confira incentivos e apoios semelhantes, desde que a legislação aplicável e/ ou as regras internas dessas agências e de seus programas de bolsas não restrinjam o recebimento cumulativo desse tipo de ajuda.

6. Condições para aceitação de inscrições

As inscrições serão aceitas mediante os seguintes critérios:

 

Etapa e local de formação acadêmica 

Os candidatos devem estar cursando etapas prévias ao doutorado. Mais especificamente, devem estar no mestrado ou já tê-lo concluído (desde que ainda não tenham ingressado no doutorado). Aqueles que tenham concluído somente a graduação ou que estejam próximos à conclusão (com previsão até dezembro de 2025) também são elegíveis. Pelo menos um dos graus deve ter sido concluído ou estar sendo cursado em uma instituição de ensino superior do Brasil.

Estudantes que estejam cursando ou já tenham concluído o doutorado não são elegíveis.

 

Área de conhecimento

Pessoas com formação acadêmica em qualquer área de conhecimento são bem-vindas. Experiência prévia em pesquisa na área das ciências da vida é desejável, porém não é um requisito.  

 

Ferramentas básicas

É desejável que o candidato tenha familiaridade com matemática básica, noções de cálculo e estatística, pois essas ferramentas serão utilizadas nas aulas. Também é importante ter tido contato prévio com alguma linguagem de programação, como R ou Python.

 

Idioma

Os formulários de cadastro e inscrição devem ser preenchidos em inglês, salvo quando indicado em contrário. Parte das atividades do curso de verão será realizada nesse idioma, assim como as entrevistas de seleção. Não é necessário comprovar proficiência, mas os candidatos devem ser capazes de se comunicar em inglês em um contexto acadêmico.

 

Dedicação integral

Os candidatos devem ter disponibilidade para se dedicar integralmente ao curso presencial na cidade do Rio de Janeiro ao longo de toda a sua duração (de 5 de janeiro a 1 de março de 2026).

 

Submissão eletrônica

As propostas devem ser submetidas eletronicamente por meio do portal do Serrapilheira no Fluxx (https://serrapilheira.fluxx.io) dentro dos prazos estabelecidos nesta chamada.

 

Histórico escolar

No histórico escolar deve constar a listagem das disciplinas cursadas e suas respectivas notas, além do somatório de créditos ou carga horária concluída.

Candidatos que ainda estejam concluindo a graduação deverão anexar ao formulário uma declaração da instituição de ensino indicando que os últimos créditos estão sendo cursados e a previsão de conclusão até dezembro de 2025.

Candidatos cursando ou que tenham concluído um programa de mestrado devem anexar tanto o histórico escolar da graduação quanto o do mestrado. 

Não é necessário traduzir esses documentos (ou seja, originais em português são válidos).

 

Cartas de recomendação

Cabe ao candidato somente indicar os nomes e os e-mails de contato de dois pesquisadores que tenham concordado em fazer a recomendação, e com os quais tenha uma experiência prévia como aluno, orientando e/ou membro de equipe de pesquisa. O Serrapilheira entrará em contato com eles para estabelecer os próximos passos.

Depois que o candidato submeter o formulário de inscrição online, os pesquisadores indicados deverão concluir o processo de submissão de cartas de recomendação até 26 de setembro de 2025.

É importante que o candidato comunique às pessoas a quem pediu recomendação o processo de envio das cartas, para que elas estejam atentas ao prazo.

7. Como se inscrever

Abertura do portal

O portal de inscrição estará aberto de 25 de agosto de 2025 às 15h (horário de Brasília) a 19 de setembro de 2025 às 15h (horário de Brasília), em https://serrapilheira.fluxx.io

 

Cadastro

Dados

  • nome
  • e-mail
  • telefone


Formulário de inscrição

Após terem completado o cadastro, os candidatos são direcionados ao formulário de inscrição, cujos campos deverão ser preenchidos no próprio sistema.

 

Dados pessoais

  • nacionalidade
  • data de nascimento
  • cidade/estado/país natal
  • gênero
  • cor/raça
  • número de telefone celular (idealmente, número usado para Whatsapp)
  • link para o curriculum vitae Lattes

Trajetória acadêmica

  • graduação, mestrado (se pertinente) e histórico escolar (PDF)
  • eventuais interrupções decorrentes de licenças médicas, de maternidade e paternidade, cuidado com outras pessoas (p. ex., enfermos, idosos, pessoas com deficiência), indicando datas de início e fim. Podem também ser informadas circunstâncias que tenham impactado o desempenho escolar e acadêmico.

Ferramentas básicas

  • Descreva seu nível de familiaridade com conceitos fundamentais em ciências da vida e ecologia, linguagem matemática, dados e estatística, e programação.

Motivações e interesses

  • Descreva seus principais interesses de pesquisa ou profissionais, as áreas que mais te atraem e as grandes perguntas que te inspiram — ou que você deseja explorar no futuro. Você pode incluir interesses que sejam novos para você ou que representem uma mudança em relação à sua trajetória até aqui.
  • Considerando as premissas apresentadas nesta chamada, explique como seu perfil, experiências e/ou aspirações se alinham aos objetivos do programa. 
  • Quais aspectos do seu percurso acadêmico, profissional ou pessoal você gostaria de desenvolver ao participar do programa? Como esses avanços podem impactar e fortalecer sua atuação na área?
  • Conte-nos sobre uma experiência significativa de trabalho em equipe com pessoas de diferentes origens, áreas ou pontos de vista — ou, caso ainda não tenha tido essa oportunidade, descreva como você imagina contribuir em um ambiente assim e o que espera aprender.
  • Como a sua participação no programa pode contribuir para os rumos que você pretende dar à sua trajetória acadêmica ou profissional nos próximos anos?
  • Como a diversidade e a ciência aberta fazem parte das suas atividades? Caso esses aspectos não façam parte da sua experiência, você pode mencionar isso ou refletir sobre como poderiam se relacionar ao seu trabalho.

Cartas de recomendação

Nomes e e-mails de contato de dois pesquisadores que tenham concordado em fazer a recomendação.

8. Processo de seleção

As candidaturas serão avaliadas em duas etapas por um comitê de seleção instituído pelo Instituto Serrapilheira.

 

Análise de documentação

Num primeiro momento, haverá uma verificação dos critérios de elegibilidade e, em seguida, uma pré-seleção com base nas informações fornecidas no formulário de inscrição e nos documentos submetidos.

 

Entrevista

A segunda etapa do processo seletivo consistirá em entrevistas remotas, em inglês, com os candidatos pré-selecionados. Nessa fase, serão aprofundadas as informações fornecidas no formulário de inscrição. 

Ao realizar a inscrição, o candidato concorda expressamente com a realização da mencionada entrevista e autoriza que a mesma seja registrada em áudio e vídeo com a finalidade específica de análise de seu conteúdo pelo Serrapilheira, bem como de seus examinadores e pessoas responsáveis pela seleção dos candidatos.

O material captado é de uso exclusivo do instituto.

 

Resultado

Serão convidados a participar do curso até 30 estudantes, cujos nomes serão divulgados em 5 de dezembro de 2025.

9. Considerações relevantes

Dados demográficos

Ao informar espontaneamente dados demográficos ao Serrapilheira, os candidatos são convidados e concordam expressamente em contribuir para o aperfeiçoamento das ações de estímulo à diversidade na ciência adotadas pelo instituto. O acesso a esses dados é limitado aos profissionais que participam da formulação de políticas do instituto e observa a previsão de Confidencialidade e Proteção de Dados do Código de Ética e Conduta do Serrapilheira. 

O eventual tratamento e a divulgação de dados demográficos colhidos na chamada restringem-se a uma finalidade estatística, ligada à transparência de informação por parte do instituto, sem que implique mencionar ou identificar candidatos, e sempre observados os critérios de sensibilidade, sigilo e confidencialidade dispostos na legislação legal vigente. 

A opção pelo não fornecimento dos dados demográficos não implica nem é critério de eliminação dos candidatos ao processo seletivo. Para o registro dessa opção, existe no item em questão a alternativa “não informar”. A Política de Privacidade do Serrapilheira pode ser consultada aqui.

 

Do ponto de vista jurídico 

O Serrapilheira se reserva o direito de cancelar, suspender, modificar, rever ou postergar, a qualquer momento, a seu exclusivo critério de avaliação, o processo de seleção a que se refere esta chamada, mediante simples aviso publicado nos mesmos meios de divulgação da presente chamada. Nenhum valor ou ressarcimento será devido, a qualquer título, a qualquer pessoa, incluindo, mas não se limitando a potenciais candidatos e candidatos que já tenham feito sua inscrição, em razão da participação dos mesmos no processo de seleção objeto desta chamada, em caso de cancelamento, suspensão, modificação ou postergação da mesma. 

A inscrição no processo de seleção objeto desta chamada é de integral responsabilidade dos candidatos, os quais deverão arcar integralmente com os seus eventuais custos. Ao aderir a esta chamada, os candidatos reconhecem que cabe exclusivamente ao instituto arbitrar o processo de seleção, observados os procedimentos aqui descritos. Ao processo de deliberação e escolha dos candidatos por parte do Serrapilheira não caberá nenhum tipo de recurso, pedido de revisão ou ressarcimento de custos, despesas ou indenização na hipótese de não seleção dos mesmos, em qualquer fase ou etapa dos processos descritos nesta chamada. 

O Serrapilheira poderá, a qualquer tempo e independentemente de consentimento prévio do candidato, desenvolver e conduzir, direta ou indiretamente, estudos e pesquisas relativas aos trabalhos e projetos desenvolvidos nos cursos referentes a esta chamada, inclusive divulgando os resultados dos mesmos, respeitado o compromisso de confidencialidade, desde que eles já não sejam públicos ou de conhecimento geral na oportunidade dos estudos ou pesquisas, bem como a titularidade de seu(s) respectivo(s) autor(es). 

Uma vez finalizada a seleção, o instituto poderá, observada a necessária proteção de dados, compartilhar informações sobre os candidatos selecionados, como, por exemplo, seus nomes, universidades às quais estão afiliados(as) e estados de origem. 

De forma a preservar os critérios de isenção e isonomia que norteiam a análise e escolha das práticas concorrentes e como forma de prevenir potenciais conflitos de interesse e/ou infração às regras previstas no Código de Ética e Conduta do instituto, não poderão, direta ou indiretamente, habilitar-se às chamadas do Serrapilheira pessoas com relações de casamento, união estável ou parentesco por consanguinidade ou afinidade, seja em linha reta, colateral ou transversal, até o segundo grau, com funcionários, diretores, membros dos Conselhos de Administração e Científico, tampouco com avaliadores ou outros prestadores de serviço contratados para a seleção das chamadas. A deliberada não observância dessa regra de impedimento, por qualquer pessoa que se habilite para as chamadas do Serrapilheira, dará ao instituto, a seu exclusivo critério de conveniência e tempo, o direito de exclusão do beneficiário da chamada, com a consequente rescisão contratual e cancelamento das obrigações dela decorrentes, inclusive as pecuniárias, sem que isso caracterize rescisão contratual imotivada. Exceções às regras aqui previstas devem ser decididas pelo Conselho de Administração do Serrapilheira.

Os nomes que compõem o corpo docente do curso são frutos de exaustiva pesquisa e refletem a qualidade e competência técnica e acadêmica que o Instituto Serrapilheira deseja estabelecer para o programa. Por fatores diversos e alheios à vontade das partes, porém, eventualmente alguns dos nomes indicados não poderão participar da totalidade do cronograma previsto. Nesse caso, o Instituto Serrapilheira selecionará outros nomes, sempre observando os mesmos critérios de qualidade e reconhecida competência usados na indicação dos ora indicados.

Nesta chamada