Alunos e professores do curso de especialização em divulgação científica da UFMG se unem na produção de conteúdo confiável para grupos fragilizados
Existem diversas maneiras de se combater o avanço da Covid-19 pelo mundo. Uma delas é a informação. Aqui no Brasil, segundo pesquisa da MindMiners e Avaaaz, 70% dos brasileiros buscam informações sobre o novo coronavírus uma ou mais vezes por dia. Mas e quanto aos outros 30%? Organizado pelo grupo de especialização em divulgação científica da UFMG, o Amerek, uma força-tarefa vem desenvolvendo táticas de levar informação segura e simplificada a grupos marginalizados.
A Força-tarefa Amerek – solidariedade e informação contra a Covid-19, nome dado à iniciativa, tem como objetivo alcançar públicos específicos, para os quais boa parte da comunicação das instituições científicas, entidades governamentais e cientistas-divulgadores não chega.
“A divulgação científica de qualidade ainda alcança a minoria da população. Quem mais precisa de informação e mobilização é deixado de fora”, destaca um dos coordenadores da força-tarefa, Yurij Castelfranchi. “São as pessoas que menos acessam sites de universidades, não costumam ler editoriais e colunas em grandes jornais ou acompanhar produções de conteúdo científico em redes sociais.”
A ação busca escutar as demandas e necessidades das periferias urbanas e favelas, comunidades rurais, indígenas e refugiadas, e produzir conteúdos para responder a essas demandas. Para isso, o grupo foca no uso da linguagem informal, na produção de materiais audiovisuais, circulação em plataformas sociais variadas e na produção de cartilhas.
No vídeo, o professor Castelfranchi explica como foi a concepção da força-tarefa: