Clarice Cudischevitch
Iniciativas de popularização da ciência promovidas por mulheres marcaram o último dia do Camp Serrapilheira, nesta sexta-feira (7), no Observatório do Museu do Amanhã, Rio de Janeiro. Divulgadoras de ciência selecionadas para o evento apresentaram seus projetos de espaços colaborativos – makerspace -, a maior parte voltada para despertar em crianças a afinidade com o método científico.
Marrytsa Melo criou o PequenoLAB porque sempre quis trabalhar com algo que unisse arte, ciência e questões sociais. “Gosto das brechas, que são pequenos espaços de luz”, contou a educadora, nascida em São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio que até hoje não tem nenhum museu. O projeto consiste em levar até escolas de todo o estado caixas portáteis com materiais, como componentes eletrônicos, que as crianças usam para criar o que quiserem. “É uma maneira de empoderá-las a partir de um laboratório móvel transdisciplinar.”
Outra iniciativa apresentada foi a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), realizada anualmente. Tem o objetivo de estimular estudantes de todo o Brasil a criarem projetos criativos e inovadores. “Queremos formar uma nova geração de pesquisadores que já venha com a divulgação de berço”, afirmou a engenheira Roseli de Deus Lopes, coordenadora da FEBRACE. “Crianças e adolescentes falando sobre o que entendem da ciência podem ter mais impacto do que cientistas.” Em 2018, 65 mil estudantes participam das 116 feiras em todo o Brasil.
A engenheira agrônoma Anna Paula Pereira, do Instituto Estadual do Maranhão (IEMA), desenvolveu o Clubinho da Robótica. O objetivo é incentivar em crianças de todo o estado habilidades com esse tipo de tecnologia. “Queremos disseminar a robótica educacional como uma ferramenta para o fortalecimento do aprendizado e, assim, melhorar os índices educacionais do Maranhão.” A divulgadora pretende aumentar a inserção do clubinho no estado de 11 para 100 municípios, além de estimular a participação de meninas, que é de apenas 34%.
A química Eleonora Kurtenbach apresentou o Espaço Ciência Viva, um makerspace criado em 1982 e tombado como bem imaterial do Rio de Janeiro. Em um galpão na Tijuca, zona norte carioca, promove atividades do tipo “mão na massa” e conta, atualmente, com cerca de 400 oficinas, oferecidas em escolas. Realiza, uma vez por mês, os “Sábados da Ciência” com temas como cérebro, natureza e matemática. “Os pesquisadores nos perguntam se podem fazer uma palestra e dizemos que não, para pensarem em atividades práticas.”
A bióloga Andrea Da Poian acredita que toda criança tem um cientista dentro de si e que muitas acabam perdendo essa vocação por conta do sistema educacional. Por isso, desenvolve o projeto “Ser Cientista”, na UFRJ. “O aluno aprende os conteúdos na escola sem saber como eles foram gerados, então trazemos o indivíduo para dentro do seu processo de construção. Em nossos cursos, eles fazem uma pergunta, desenvolvem uma hipótese e pensam em um experimento para tentar respondê-la. Ou seja, seguem o caminho da metodologia científica.”
Na região baiana da Chapada Diamantina, a bióloga Caren Souza desenvolve o projeto transdisciplinar “Guardiões da Chapada”. O objetivo é a democratização do acesso ao conhecimento cientifico, o engajamento da sociedade em ações de conservação da biodiversidade e o monitoramento de polinizadores com registro fotográfico da interação planta-visitante floral.
Professora de embriologia e mãe de duas meninas, Rossana Soletti criou o projeto “Maternidade com Ciência”, com a intenção de ampliar a divulgação científica na área materna infantil. A página tem mais de 45 mil seguidores no Instagram. “Precisamos trazer mais as crianças para o meio acadêmico, promovendo mais ciência na maternidade e mais maternidade na ciência”, disse a divulgadora, fechando a manhã de apresentações no Observatório.
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