Grupo brasileiro publica carta na revista The Lancet ressaltando importância de sistema dedicado a doenças silvestres para evitar possíveis epidemias
Pedro Lira
Um grupo de cientistas brasileiros publicou nesta sexta-feira, 18, uma carta na revista The Lancet, de destaque na área biomédica, alertando para o risco da emergência de doenças infecciosas ligadas a animais silvestres e a possibilidade do surgimento de epidemias e pandemias no Brasil.
A bióloga Cecília Andreazzi, uma das autoras e grantee do Serrapilheira, explica que o grupo começou a trabalhar nessa possibilidade ainda em abril, com a chegada da Covid-19 no país. “Qual seria a chance de uma nova doença emergir no Brasil e virar uma pandemia? Não podemos responder essa pergunta porque não temos informação sistematizada sobre a circulação de patógenos na fauna”, aponta.
A autora acrescenta que a perda da biodiversidade e a expansão das atividades humanas em áreas de matas e florestas são alguns dos principais facilitadores de surtos das doenças chamadas de zoonoses. “Estamos vivenciando um desmonte das instituições e políticas ambientais, além do grande aumento de queimadas e desmatamento, uso descontrolado de pesticidas, caça ilegal e expressiva redução da biodiversidade”, o que, segundo ela, está correlacionado com o risco de emergência de doenças.
Vigilância epidemiológica
Uma solução apontada pelos pesquisadores é a criação de um sistema integrado de vigilância e monitoramento de doenças silvestres. Ou seja, o fortalecimento da chamada saúde única, um sistema que inclua de forma integrada as dimensões de saúde ambiental, animal e humana. “Essa vigilância epidemiológica precisa ser integrada, que inclua a noção de que a saúde é um sistema complexo que tem várias dimensões”, completa Andreazzi.
No texto, que pode ser lido aqui, o grupo frisa também a importância da ciência e da justiça social como instrumentos de transformação das políticas públicas.
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