Fernanda Gubert
Ciências da Vida
O projeto de pesquisa de Fernanda Gubert tenta desvendar os fatores ambientais que podem desencadear a esclerose lateral amiotrófica esporádica (ELA). Sua trajetória foi fortemente amparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde se formou em biomedicina e realizou o mestrado em biofísica e o doutorado em fisiologia. Seu encontro com essa devastadora doença neurodegenerativa, no entanto, ocorreu durante o período sanduíche, no renomado Massachusetts Institute of Technology (MIT), Estados Unidos.
A motivação para investigar um tema tão complexo intensificou com a chegada de Aurora, sua filha. A maternidade é um lembrete diário de que a ciência tem uma vocação acima de qualquer outra: transformar o mundo. Hoje, além dos compromissos profissionais, a vida familiar moldou a rotina de lazer da cientista. Grande especialista nos jogos de tabuleiro, ela também alça voo com tecidos e acrobacias aéreas.
Projetos
A esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença rápida e fatal, ataca os neurônios motores, levando a uma paralisia progressiva. Sem cura, os neurocientistas estão correndo atrás de tratamentos. Mas este projeto quer dar um passo para trás e entender o que pode estar desencadeando a doença, para assim, preveni-la. Sabemos que em 10% dos casos, mutações gênicas levam ao desenvolvimento da ELA. Mas ainda há muita discussão sobre como a doença surge nos outros 90% dos pacientes. O mais intrigante é que certas populações parecem ter risco elevado de desenvolver ELA, como veteranos de guerra ou agricultores. É possível que o ambiente ao qual essas populações estão expostas desencadeie a doença em pessoas susceptíveis. Assim, utilizando técnicas modernas de modelagem de doenças, o projeto quer avaliar se fatores ambientais, como poluentes no ar ou pesticidas, podem desencadear a doença em células neurais de pacientes com ELA esporádica.
Recursos investidos
Instituições
- Universidade Federal do Rio de Janeiro
