Quais são os modelos de gestão e governança utilizados por povos indígenas e como eles contribuem para a sustentabilidade?

Alexsandro Cosmo de Mesquita

Indígena do povo Potiguara, da Paraíba, vive em São Paulo e é doutor em tecnologias da inteligência e design digital

O que podemos aprender com os povos indígenas sobre a gestão sustentável de territórios? A pergunta parte da observação de que, em áreas protegidas por indígenas, o desmatamento é significativamente menor e a biodiversidade é mais preservada. A organização do território, conservação ambiental, uso dos recursos naturais e bem-estar coletivo coexistem de forma harmônica. Como essas dinâmicas funcionam na prática? Quais modelos de governança garantem essa sustentabilidade?

Originalmente concebida para oferecer soluções ambientais a comunidades indígenas, o projeto começou com um diálogo com uma comunidade Potiguara, na Paraíba. Ali se identificou um problema – a contaminação no solo causada por fossas convencionais – e se chegou a uma solução – a substituição por fossas ecológicas. Mas a experiência trouxe uma reflexão que transformou o projeto inicial: antes de propor respostas, era necessário ouvir e aprender.

Assim, a pesquisa passou a focar na identificação e análise dos modelos indígenas de gestão e governança de sete povos indígenas do Brasil e dois de outros países da América Latina. São eles: Potiguara, na Paraíba; Puri, na Serra da Mantiqueira; Borum-Kren, em Minas Gerais; Pankararu, em Pernambuco; Tukano, no Amazonas; Bara, no Amazonas; Terena, no Mato Grosso do Sul; Mapuche, no Chile; e Tulián, na Argentina.

Recursos investidos

Grant 2024: R$100.000,00

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