Rodolfo Silva

Ciências da Vida

Rodolfo Leandro Nascimento Silva é um cientista que navega pelos mistérios da biodiversidade oceânica. Natural de Maceió, sua infância foi marcada por uma curiosidade inata pelas ciências, inicialmente com a observação de formigas e, posteriormente, com um profundo fascínio nas maravilhas da ecologia marinha.

Pioneiro em uma família de baixa renda, Silva conquistou o bacharelado em ciências biológicas na Universidade Federal de Alagoas, instituição onde logo em seguida obteve o mestrado em diversidade biológica e conservação nos trópicos. Posteriormente, seguiu para o Rio de Janeiro onde fez o doutorado em biodiversidade e biologia evolutiva na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ele passou, ainda, por dois períodos de pós-doutorado, um na própria UFRJ e outro na Universidade Federal do Espírito Santo. 

O biólogo ama a cidade natal e o bairro Jaça, na periferia de Maceió. Além disso, conserva a paixão pelo Centro Sportivo Alagoano, seu time do coração. Depois de quase uma década vivendo no Rio, Silva confessa uma relação atribulada e ambígua com as belezas e o caos da capital fluminense. Seu gosto musical inclui tocar, dançar e cantar o maracatu de baque virado, mantendo um espaço para o rap, samba, reggae e rock’n’roll. O biólogo também investe continuamente em letramento racial e formação política para ampliar os limites estreitos que impedem a entrada de muitos no perímetro científico e acadêmico. 

Chamadas

Chamada conjunta de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia nº 1

Projetos

O que governa a dimensionalidade de comunidades marinhas costeiras ao longo do Atlântico Sudoeste?
Ciência / Ciências da Vida

Cientistas estudam a biodiversidade por meio de métricas (e.g. espécies em um local), que capturam apenas parte da informação contida na biodiversidade. Isso fragmenta o conceito, que é, por natureza, uno. Curiosamente, sem integração, quanto mais fragmentos acessamos, mais distantes ficamos de compreender a totalidade da biodiversidade. A dimensionalidade – a quantidade de dimensões necessárias para descrever a biodiversidade de maneira efetiva e não redundante – foi proposta como solução para esse paradoxo. Alguns locais e comunidades biológicas possuem maior dimensionalidade que outros, embora ainda não se saiba porquê. Essa é uma questão importante para a teoria e a prática em ecologia e conservação, situando-se na vanguarda dos estudos da biodiversidade. Neste projeto, aproveitarei a relação íntima entre os organismos bentônicos marinhos e seus habitats para responder a essa pergunta.

Recursos investidos

Grant Serrapilheira 2023: R$ 100.000,00
Grant Faperj 2023: R$ 671.600.00

Instituições

  • Universidade Federal Fluminense