O sistema não pode ser julgado como um todo pelos casos que ele deixa escapar
Por Luiz Augusto Campos
O artigo abaixo é uma réplica ao texto “A roupa invisível da revisão por pares”, de Olavo Amaral, publicado no dia 19 de junho.
Outrora técnicas, expressões como “artigo revisado por pares” ou “trabalho disponível em preprint” hoje frequentam de discursos políticos a páginas de jornais. Nem a CPI da pandemia deixou de fora esses debates sobre os critérios de cientificidade de uma dada teoria. O texto de Olavo Amaral sobre o sistema de revisão anônima por pares, portanto, presta um excelente serviço à ciência e à divulgação científica.
Contudo, se suas críticas são quase todas pertinentes, o mesmo não pode ser dito de sua recusa veemente a esse mecanismo de avaliação, ainda hegemônico no mundo. Acredito que esse descompasso entre críticas e conclusões pode ser dirimido se levarmos em conta dois fatores: 1) embora os pareceres possam influir nas decisões das revistas científicas, eles não são a decisão em si, funcionando mais como subsídios a uma deliberação; 2) o texto toma o procedimento no varejo, destacando seus defeitos pontuais sem atentar para os efeitos gerais no atacado.
Há mais ou menos três séculos, a Sociedade Real de Londres decidiu que a publicação de artigos científicos em sua revista teria de ser aprovada por um comitê. Esse é considerado o marco inicial do sistema de revisão por pares, embora com o tempo ele tenha mudado drasticamente. Os primeiros textos da Sociedade Real eram avaliados em reuniões presenciais, nas quais associados da estirpe de Charles Darwin eram arguidos publicamente sobre suas descobertas.
Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo.
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