26/06/2024 06:37

2ª chamada de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia seleciona 13 cientistas

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O Serrapilheira anuncia nesta quarta-feira, 26, o resultado do edital exclusivo para apoiar pesquisas de pós-doutorandos negros e indígenas da ecologia. Ao todo foram selecionados 13 cientistas. A iniciativa visa aumentar a participação de grupos sub-representados na ciência, colaborando, a médio prazo, para que alcancem posições formais como professores e pesquisadores em universidades e institutos de pesquisa.

Os aprovados vão fazer pós-doutorado em grupos de pesquisa nos quais não tenham se formado nem atuado antes, nos estados das FAPs parceiras do edital: Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Pará. Além de bolsa mensal de R$ 8 mil, os selecionados vão receber ao todo entre R$ 550 mil e R$ 800 mil, a serem usados ao longo de três anos, renováveis por mais dois anos. Essa é a segunda vez que o Serrapilheira lança um edital exclusivo para negros e indígenas – a primeira foi em 2023. 

Os temas de pesquisa passam pelo papel das florestas secundárias da Amazônia, o crescimento da população de mosquitos que são vetores de doenças como consequência das mudanças climáticas, e a distribuição dos benefícios prestados pelos ecossistemas urbanos entre diferentes grupos socioeconômicos nas maiores cidades do país.

Confira abaixo a lista de selecionados e mais detalhes sobre seus projetos:

Aline Souza
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (RJ)
Projeto: “A inclusão de dados fisiológicos e genéticos aumenta o poder preditivo de modelos de nicho ecológico e de distribuição e abundância de espécies?
Seu projeto busca melhorar as previsões sobre a distribuição de espécies incorporando dados fisiológicos e genéticos nos modelos matemáticos.

Caio Cesar Ribeiro
Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro
Projeto: “Qual é o papel dos traços funcionais dos dinoflagelados nas florações algais da Baía de Guanabara?
Vai investigar as florações das algas da Baía de Guanabara. Mais especificamente os traços funcionais dos dinoflagelados.

Carlos Cédric Ahoyo
Universidade Federal do Rio de Janeiro
Projeto: “Como a pegada humana no contexto das mudanças climáticas impulsiona a evolução de mosquitos e impacta a disseminação de doenças transmitidas por esses insetos?
Utilizando modelos matemáticos, o projeto vai abordar a evolução de mosquitos vetores de doenças sob os efeitos das mudanças climáticas.

Elison Floriano Tiago
Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Projeto: “Quais são os etnoconhecimentos dos terenas sobre as abelhas nativas da região do Pantanal?
Vai estudar os conhecimentos locais dos povos Terenas sobre as abelhas nativas do Pantanal.

Fernando Elias
Universidade Federal Rural da Amazônia
Projeto: “Qual a contribuição de florestas secundárias da Amazônia para o provimento dos serviços ecossistêmicos associados ao balanço de água e de carbono?
Com este projeto, visa definir o papel de florestas em regeneração natural na regulação regional de chuvas e da temperatura

Helder Marcos Nunes Candido
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Projeto: “Os serviços ecossistêmicos são um luxo limitado a determinados grupos socioeconômicos nas principais cidades brasileiras?
Vai investigar a distribuição dos benefícios prestados pelos ecossistemas urbanos entre distintos grupos socioeconômicos de diferentes bairros nas maiores cidades do país.

Jefferson Matheus Barros Ozório
Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
Projeto: “Como se comportam os fungos, as enzimas e a macrofauna do solo em áreas com diferentes tempos de reflorestamento?
O projeto vai abordar as interações ecológicas entre os organismos e as propriedades do solo em diferentes fases do processo de reflorestamento.

Jonata Francisco
Universidade Federal do Pará
Projeto: “O que determina a sobrevivência das fases de vida de peixes nos ambientes berçários de estuários?
O projeto pretende apontar quais relações ecológicas são as mais importantes para a sobrevivência dos peixes em estuários.

Lydiane Bastos
Universidade Federal do Oeste do Pará
Projeto: “Como a IA pode indicar padrões de viabilidade em sementes de espécies florestais nativas da Amazônia, e contribuir com o restauro do bioma?
Utilizando inteligência artificial, visa estudar padrões morfofisiológicos para indicar viabilidade de sementes florestais nativas da Amazônia.

Michele Lima
Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz
Projeto: “Por que os corais adoecem?
Vai investigar a resposta imunológica e microbiológica para entender porque os corais morrem.

Pedro Pereira
Universidade Federal Fluminense
Projeto: “Existe uma conectividade microbiana entre os ecossistemas: manguezal, gramas marinhas e recife de coral?
Vai investigar lacunas de conhecimento microbiano relacionadas a conexões inter-ecossistêmicas, sequestro de carbono e o manejo integrado de matéria orgânica entre manguezais, prados marinhos e recifes de coral.

Raquel Avelina da Conceição dos Santos
Universidade Federal Fluminense
Projeto: “Quais efeitos as mudanças climáticas causam na composição da matéria orgânica dissolvida no oceano Austral e para os ciclos do carbono e nutrientes?
Sua pesquisa vai abordar os impactos das mudanças climáticas na composição da matéria orgânica dissolvida no oceano Antártico.

Thais Quintão
Universidade Federal Fluminense
Projeto: “Qual a contribuição de portos no fluxo de introdução de espécies exóticas marinhas considerando uma avaliação latitudinal?
Utilizando DNA ambiental, visa realizar um monitoramento em larga escala para identificar a introdução de espécies marinhas exóticas a partir de portos brasileiros.

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