Três cientistas apoiados pelo instituto receberão até R$ 1 milhão, cada um
O Serrapilheira anuncia nesta quinta-feira, 31 de março, três cientistas que terão seus grants renovados e receberão R$ 700 mil, cada um, além de um bônus opcional de R$ 300 mil destinado à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência. São eles: Cecilia Siliansky de Andreazzi (Fiocruz/RJ), Danilo Neves (UFMG/MG) e Fabrício Caxito (UFMG/MG).
Os pesquisadores foram selecionados inicialmente pela 3ª chamada pública de apoio à ciência e contemplados com um grant de R$ 100 mil – o chamado seed money – por um ano. Após esse período, foram reavaliados por revisores internacionais ad-hoc e por um painel de cientistas atuando no Brasil. Os projetos buscam responder perguntas fundamentais na ecologia, área em que o instituto vem apostando nos últimos anos, e nas geociências.
Conheça os três cientistas:
Cecilia Siliansky de Andreazzi
Projeto: Ecologia de meta-comunidades de doenças: movendo do efeito diluidor para paisagens diluidoras
Bióloga e pesquisadora da Fiocruz, Cecilia Andreazzi busca entender os mecanismos ecológicos e evolutivos que regulam a dinâmica das relações entre parasitos e hospedeiros e como elas são afetadas por mudanças na paisagem. No primeiro ano do projeto, a cientista apresentou um modelo de mudanças em uma comunidade de pequenos mamíferos em um gradiente de cobertura florestal e suas consequências para redes hospedeiro-parasita. Seu grupo mostrou que a perda de floresta leva a mudanças relevantes nas interações, aumentando o número de parasitas potenciais apesar das comunidades anfitriãs mais “pobres”. Agora, Andreazzi pretende aplicar ferramentas estatísticas e de aprendizado de máquinas aos dados empíricos para entender como o uso da terra, covariáveis ambientais, características da espécie e parentesco filogenético determinam a probabilidade de interações em pares.
Projeto: Evolução de nicho em biomas tropicais e suas consequências
Professor da UFMG, Neves quer entender por que existem tantas espécies de plantas nas regiões tropicais e os processos responsáveis pelos padrões de biodiversidade que observamos hoje. Sua pergunta fundamental é: qual é o tempo evolutivo e a taxa de mudança de bioma em linhagens de plantas tropicais? Ao longo do projeto, desenvolveu um banco de dados com informações ecológicas e genéticas detalhadas para mais de mil espécies de leguminosas dos cinco principais biomas tropicais do Brasil, e publicou artigos na PNAS, Nature, Biotropica e Scientific Reports. Em seus próximos passos, Neves pretende estudar a evolução dos nichos climáticos e edáficos (do solo) das plantas sul-americanas e, a partir daí, fornecer a primeira avaliação em larga escala da importância relativa dos fatores climáticos e edáficos na condução da diversificação em plantas tropicais.
Projeto: MOBILE – cadeias de montanhas e o aparecimento de vida complexa na Terra
Professor na UFMG, o geólogo – e filósofo – Fabrício Caxito quer entender se os processos de formação das primeiras cadeias de montanhas do planeta influenciaram de alguma forma o depósito de grandes quantidades de nutrientes e produção de oxigênio nos oceanos, propiciando o surgimento da vida primitiva. Interdisciplinar, a pesquisa está na interface entre as ciências geológicas, biológicas e geoquímicas. Até então, o projeto já rendeu duas publicações de destaque na Scientific Reports, um livro técnico e atraiu colaboradores do mundo todo.
Conheça o painel de revisores que participaram da seleção:
Sonia Esperança, National Science Foundation (emérita)
Thereza Soares, UFPE
Paulo Guimarães, USP
Claudia Azevedo-Ramos, UFPA
Keti Tenenblat, UNB
Daniel Gustavo Barci, UERJ
Altigran Soares da Silva, UFAM
Deborah Schechtman, USP
André Báfica, UFSC
Paulo Teixeira, USP
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