Ninguém nos ensina a orientar alunos, tratar conflitos de interesse ou preparar projetos de pesquisa
Por Edgard Pimentel
Certa ocasião, numa ponte-aérea Porto-Varsóvia, ao cruzar o Douro rumo a Coimbra eu ouvia a canção “Educação Sentimental II”, do Kid Abelha. Nela, um verso em especial me chamou a atenção. Simplesmente por ser estritamente acerca da carreira científica: “E eu não sei o que fazer! Ninguém me ensinou na escola, ninguém vai me responder!!” Afinal, onde se aprende a ser cientista?
A resposta irrefletida é: no curso de doutorado. Afinal, é nessa etapa que cursamos disciplinas avançadas, temos nossas experiências em laboratórios, circulamos nacional e internacionalmente, e escrevemos os primeiros trabalhos de maior fôlego. Mas essa resposta é incompleta. Porque a carreira científica é muito mais profunda, e envolve muito mais habilidades do que aquelas que aprendemos no banco da escola.
A orientação de estudantes e a supervisão de estagiários de pós-doutorado, por exemplo, além da preparação de projetos de pesquisa, das variadas atividades de avaliação, da arbitragem de artigos científicos em periódicos especializados, do tratamento de conflitos de interesse, são apenas algumas das tarefas a que o cientista deve se dispor a fazer, e precisa saber como fazer. Mas ninguém ensina.
Quando o assunto é a orientação de estudantes, vamos nos concentrar na formação de doutores. E, para ser breve, vamos simplificar demais a história. A típica situação envolve uma relação profissional entre o orientador ou orientadora e o aluno ou a aluna. Os dois lados têm expectativas, fantasias e restrições de diversas ordens, nenhuma das quais pode ser mediada por contratos ou regras escritas. Claro está que o lado mais sensível é o do estudante, que, ao contrário do orientador, ainda não tem uma carreira estabelecida.
Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo
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