Laboratório formativo para jornalistas e comunicadores da América do Sul visa desenvolver pautas e publicar especial jornalístico multiformatos
O Instituto Serrapilheira e o Centro Latinoamericano de Investigación Periodística (El Clip) lançam uma oportunidade para jornalistas e profissionais da comunicação: um edital para construção e produção de pautas, a partir da colaboração com cientistas, com foco no tema da água e seu papel em biomas da América do Sul. As inscrições estão abertas e vão até 20 de outubro. O edital pode ser conferido aqui.
Ao todo, serão selecionados 12 profissionais – entre jornalistas, comunicadores, designers, youtubers, podcasters, roteiristas e outros – para participar da iniciativa. Os aprovados terão aulas online com cientistas e jornalistas, entre dezembro de 2025 e fevereiro de 2026, sobre temas como a ecologia dos biomas da América do Sul, questões que ameaçam a oferta e o uso da água na região e jornalismo de dados. Também participarão de um workshop presencial em Araras (Petrópolis), no interior do Rio de Janeiro, para construção coletiva das pautas.
De 25 de fevereiro a 1º de março, o treinamento será conduzido pelo El Clip, associação sediada na Costa Rica voltada a investigações jornalísticas colaborativas na América Latina, em conjunto com a equipe do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa do Instituto Serrapilheira, iniciativa que busca formar pesquisadores para responder a questões na área de ecologia. O objetivo do edital é unir comunicação e ciência para aprofundar a compreensão pública sobre a importância da água como serviço ecossistêmico (os benefícios providos pela natureza) e sua relação com os diferentes biomas.
“O Serrapilheira tem a missão de promover a ciência e sua visibilidade, e isso passa também por aproximar cientistas de atividades que não fazem parte do universo da pesquisa, como a comunicação e a incidência em políticas públicas”, afirma Natasha Felizi, diretora do Programa de Jornalismo e Mídia do Serrapilheira. “Com esse laboratório, queremos que cientistas do Programa de Formação em Ecologia Quantitativa tenham a oportunidade de participar de todas as etapas de concepção, planejamento e execução de um projeto não científico e, ao mesmo tempo, os comunicadores selecionados para o Laboratório possam trabalhar em colaboração com jovens pesquisadores com conhecimento científico e habilidades técnicas difíceis de encontrar.
“Com isso”, explica Felizi, “tanto os jovens cientistas quanto os comunicadores ampliarão sua capacidade de colaboração e de trabalho multidisciplinar, competência fundamental para trabalhar questões científica e politicamente complexas como clima, sociodiversidade e serviços ecossistêmicos.”
Os custos de hospedagem e transporte para o workshop serão cobertos pelo Serrapilheira, assim como todas as despesas relacionadas à construção das pautas (como custos com viagens a campo, infografia, fotografia, entre outros) durante o período do edital.
O objetivo do programa é possibilitar um trabalho colaborativo de investigação e desenvolvimento de pautas sobre o papel da água como serviço ecossistêmico e sua relação com os biomas da América do Sul. Os produtos finais terão formato livre (reportagens jornalísticas, produções audiovisuais, podcasts etc). O material será publicado de forma coordenada pelos veículos participantes e fará parte de um especial único sobre o tema.
É desejável que os candidatos tenham cerca de cinco anos de experiência. Eles devem estar vinculados a um canal de comunicação, – seja como colaborador fixo ou freelancer–, e devem apresentar uma carta de compromisso do veículo (jornais, revistas, sites, blogs, canais de YouTube, redes sociais, podcasts) interessado em publicar as histórias a serem desenvolvidas com apoio do edital.
Iniciativa pretende mostrar como a oferta de água depende de ações conjuntas entre países
Um dos temas das aulas e do workshop é a relação de co-dependência entre os países sul-americanos para a oferta de água. Exemplo disso é o fato de que grande parte da água da bacia amazônica chega até ela transportada pelos rios que fluem de oeste para leste, desde a desde as geleiras, páramos e punas da cordilheira dos Andes do Peru, Equador, Bolívia, Venezuela e Colômbia até a floresta no Brasil e, finalmente, o Oceano Atlântico.
Na direção contrária, a umidade é transportada na atmosfera, do Oceano Atlântico para os países andinos e sudeste da América do Sul, passando pela reciclagem de água pelas florestas da Amazônia. Deste modo, até um terço das chuvas da Bolívia, Colômbia, Equador e Peru depende da água que passa principalmente pelas florestas do Brasil.
Essa “rota hidroclimática Andes-Amazônia-Atlântico” de mão dupla é fundamental para milhões de pessoas em todo o continente pelos serviços ecossistêmicos que presta, seja de água potável ou irrigação natural. E não apenas na Amazônia, mas em vários outros biomas do cone sul que também dependem deles.
Para se inscrever, os candidatos devem apresentar trabalhos anteriores, um ensaio em texto sobre o tema da água como serviço ecossistêmico nos países da América do Sul, e um vídeo sobre o interesse no tema. As inscrições devem ser feitas em https//serrapilheira.fluxx.io.
Os aprovados no edital serão anunciados em 6 de novembro de 2025. Durante o workshop, além de assistir a palestras e participar de oficinas de cientistas e jornalistas convidados, os participantes vão desenhar uma proposta de investigação colaborativa. Deverão delimitar pautas, formatos de publicação e planejar etapas de trabalho e custos do projeto. Após esse período, haverá reuniões virtuais de acompanhamento editorial e científico para trocar descobertas, desafios e histórias. Os conteúdos serão produzidos de março a junho de 2026.
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