O seu perfil
> você é um cientista em início de carreira?
> concluiu o doutorado?
> tem vínculo permanente com uma instituição de pesquisa brasileira?
> foi contratado pela primeira vez como docente ou pesquisador entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2025 (prazo estendido em até dois anos para mulheres com filhos)?
> atua nas áreas de ciências naturais, ciência da computação ou matemática (ou de áreas interdisciplinares)?
> foi o autor principal de duas ou mais publicações?
O seu projeto
> busca responder a uma pergunta fundamental?
> você sabe dizer por que seu projeto é original e ousado?
> os resultados de seu projeto podem mudar o entendimento fundamental da sua área? Você é capaz de descrever como?
O risco
> você consegue explicar o risco do seu projeto?
Então você tem o perfil e o projeto que queremos apoiar.
O Serrapilheira tem como missão financiar cientistas que buscam excelência em suas pesquisas, fazendo perguntas fundamentais, com o risco e o sonho de oferecer grandes contribuições às suas áreas de atuação.
A oitava chamada pública de apoio à ciência do instituto irá contemplar:
> até 10 jovens cientistas em início de carreira;
> dotações de até 450 mil reais, distribuídos ao longo de cinco anos;
> acesso a recursos adicionais destinados especificamente à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados nas equipes de pesquisa.
Inscrições de 27 de outubro a 2 de dezembro de 2025
Submissão e seleção de propostas
O processo é dividido em duas fases:
Fase 1: de 2 de dezembro de 2025 a 25 de fevereiro de 2026
Fase 2: de 19 de março de 2026 a 4 de junho de 2026
A seleção das propostas é realizada por revisores internacionais de cada área.
Na fase 1, a da pré-proposta, você deve:
> informar sobre seu CV, conforme o modelo disponível neste link;
> responder a dez perguntas sobre o seu projeto.
Se você passar pela etapa da pré-proposta, você será chamado a enviar sua proposta completa (agora com o projeto detalhado) e a participar de uma entrevista em inglês com nossos revisores internacionais.
Contato
chamada+regular@serrapilheira.org
Confira o edital completo da 9ª chamada pública de apoio à ciência. O documento a seguir apresenta as condições de candidatura, as regras de submissão e os critérios de escolha.
A nona chamada do Serrapilheira destina-se ao financiamento de cientistas em início de carreira, que estejam interessados em grandes perguntas de suas áreas de atuação.
Como uma instituição privada e sem fins lucrativos, o Instituto Serrapilheira pretende criar as condições necessárias para os jovens cientistas do Brasil desenvolverem suas pesquisas contando com recursos financeiros, autonomia de escolha de projeto e flexibilidade de gerenciamento.
27 de outubro 2025
Lançamento da chamada pública
27 de outubro 2025 / 15h (horário de Brasília)
Início do prazo para envio de pré-propostas (fase 1)
2 de dezembro 2025 / 15h (horário de Brasília)
Prazo final para envio de pré-propostas (fase 1)
11 de fevereiro 2026
Divulgação dos selecionados para a fase 2
25 de fevereiro 2026
Chamada para submissão de propostas completas
19 de março 2026 / 15h (horário de Brasília)
Prazo final para envio de propostas completas (fase 2)
4 de junho 2026
Divulgação dos selecionados
30 de julho 2026
Data de início do apoio
Inscrições de 27 de outubro a 2 de dezembro de 2025
A conquista de uma posição formal como professor ou pesquisador consiste, para nós, num dos momentos-chave na trajetória de um cientista. Tal conquista vem com os desafios de construção ou consolidação de suas linhas de pesquisa desvinculadas de seus orientadores, passando pela estruturação de seu grupo de pesquisa e a garantia de infraestrutura necessária (espaço físico, insumos, entre outros) para o desenvolvimento de seus projetos. Os recursos financeiros são fundamentais para responder a esses desafios, e nem sempre é fácil obter os primeiros aportes independentes por meio das linhas regulares de fomento à ciência. Por tal razão, o objetivo da presente chamada é apoiar o desenvolvimento da carreira de jovens cientistas nesse momento crucial na vida de quem faz pesquisa.
O Serrapilheira tem como missão financiar cientistas que, em busca de excelência em suas pesquisas, fazem perguntas fundamentais, com o risco e o sonho de oferecer grandes contribuições às suas áreas de atuação.
As grandes contribuições à ciência são favorecidas quando o cientista dispõe de infraestrutura, tempo e autonomia para desenvolver seus projetos, além de um ambiente rico de ideias. Assim, ao acreditar na capacidade inventiva dos cientistas, o Serrapilheira oferece recursos financeiros de longo prazo e flexibilidade de uso. O instituto também reconhece que a pluralidade de pontos de vista enriquece a ciência, favorecendo um cenário propício ao surgimento de grandes contribuições.
Grandes perguntas são aquelas que questionam o conhecimento científico, abrem novas perspectivas de avanço ou aprofundam o conhecimento de uma área científica. Projetos dessa natureza dizem respeito às questões “o quê”, “quando”, “por quê” e “como”, e não àquelas utilitárias (“para que serve”).
Áreas apoiadas nesta chamada
Ciências naturais (ciências da vida, física, química, geociências)
Matemática
Ciência da computação
Projetos não passíveis de apoio
Não serão apoiados projetos que sejam uma clara repetição de projetos anteriores. É necessário haver uma contribuição nova.
Propostas voltadas exclusivamente à ciência aplicada, com perguntas utilitárias e sem foco na produção de conhecimento, não são o escopo da chamada.
Não serão contemplados projetos voltados exclusivamente a testes clínicos, estudos de saúde pública, desenvolvimento de biomarcadores ou de processos e produtos agrícolas ou industriais.
O Serrapilheira busca financiar projetos de pesquisa de alto risco e alto impacto: aqueles que miram em responder grandes questões e têm a chance de fazer contribuições significativas para suas áreas de pesquisa. Procuramos projetos que questionem o conhecimento científico atual, abram novas perspectivas de avanço ou aprofundem o entendimento em seus respectivos campos de pesquisa.
Entendemos que projetos desse tipo tendem a apresentar uma ou mais características que evidenciam seu grau de risco: são não convencionais em suas hipóteses ou abordagens, exploram nichos pouco estudados, são interdisciplinares ou propõem modelos teóricos abrangentes.
Para ajudar quem se candidata a identificar tais elementos em seus próprios projetos ou a construir novos projetos que os incorporem, explicamos essas características a seguir, juntamente com uma lista de exemplos históricos e recentes de diversas áreas.
Entendemos que projetos de alto risco podem apresentar mais de um desses elementos, e que o elemento predominante não será necessariamente o mesmo em diferentes etapas da pesquisa. Ainda assim, ao elaborar sua proposta, você deve destacar os elementos que são mais predominantes no seu projeto de pesquisa hoje.
Projetos que testam hipóteses ou conjecturas ousadas e não convencionais, que podem muito bem estar erradas mas que, se corretas, provocariam uma profunda reformulação do campo. Testes de hipóteses “seguras” – em que as evidências ou exemplos prévios já apontam fortemente para sua veracidade – ou estudos incrementais – desenhados apenas para estender o que já é amplamente aceito – não estão no escopo desta chamada.
Risco: a maioria das pessoas apostaria que a hipótese está errada, e pode de fato estar, ou pode ser descartada como uma ideia “excêntrica”.
Recompensa: se a hipótese estiver certa, muda o que os livros-texto dizem sobre o tema.
Requisito: você percebe evidências de problemas no paradigma estabelecido, inconsistências que ainda não receberam a devida atenção, e elaborou um plano para submetê-las a um teste rigoroso.
Possibilidades
Hipótese não convencional: rompe com pressupostos dominantes e propõe mecanismos surpreendentes. Exemplos históricos: teoria endossimbiótica para a origem das mitocôndrias; estrutura em anel do benzeno inspirada no sonho de Kekulé; matéria escura como massa invisível explicando a rotação das galáxias; a ideia de que o “DNA lixo” tem função; viabilidade da computação quântica (Feynman e Deutsch); hipótese de que o envelhecimento não é aleatório, mas geneticamente regulado; hipótese Darwin-Wallace da origem das espécies por seleção natural.
Contestação: testa diretamente uma afirmação bem estabelecida, buscando falseá-la e oferecer uma alternativa a uma compreensão ou teorema vigente. Exemplos históricos: proposta da deriva continental de Wegener; descoberta de que úlceras são causadas por Helicobacter pylori e não por estresse; refutação da conjectura de Euler sobre somas de potências iguais; famosa demonstração de Pasteur contra a hipótese da geração espontânea.
Projetos que desenvolvem novos métodos, instrumentos ou ferramentas que podem falhar completamente, mas que, se bem-sucedidos, abrem novas classes de problemas, mudam o que conta como evidência e até quais perguntas podem ser feitas. Aplicações de métodos “seguros” – ou seja, bem estabelecidos, com histórico de sucesso em problemas semelhantes – ou atividades de padronização, melhorias incrementais, otimizações ou refinamentos de métodos existentes não estão no escopo desta chamada.
Risco: a ferramenta/abordagem pode não funcionar ou pode não ser adotada.
Recompensa: se funcionar bem, possibilita pesquisas subsequentes baseadas na nova ferramenta/abordagem.
Requisitos: você tem tanto o conhecimento do campo científico quanto domina as habilidades técnicas necessárias para construir a ferramenta/implementar a abordagem, uma combinação que falta a outros que estudam esse problema.
Possibilidades
Novo método ou instrumento: técnica estatística, ensaio, sensor, algoritmo, modelo. Exemplos históricos: desenvolvimento do método de edição genômica CRISPR-Cas9; prova de conceito do laser como nova ferramenta experimental; desenvolvimento das máquinas de ressonância magnética; proposta do algoritmo de Cadeias de Markov Monte Carlo; desenvolvimento de algoritmos de retropropagação para redes neurais.
Sensoriamento de ponta: construção de instrumentos para capturar o que antes era invisível ou impossível de medir. Exemplos históricos: desenvolvimento e primeiros usos de sismógrafos por Mohorovičić, revelando a estrutura interna da Terra; desenvolvimento do sequenciamento de RNA de célula única; desenvolvimento do interferômetro LIGO para detectar ondas gravitacionais; invenção dos telescópios e microscópios.
Reaproveitamento: uso de uma ferramenta existente de maneira radicalmente diferente. Exemplos históricos: uso da ressonância magnética nuclear, desenvolvida para a física, na resolução de estruturas biomoleculares; GPUs originalmente para gráficos reaproveitadas para deep learning; pinças ópticas em biologia.
Abordagem não convencional: desenvolvimento ou uso de uma abordagem criativa em um problema conhecido e não resolvido, no qual ela ainda não foi tentada. Exemplos históricos: Andrew Wiles provando o Último Teorema de Fermat usando curvas elípticas e formas modulares; reformulação da mecânica quântica por Feynman com integrais de caminho; abordagens originais para provar a hipótese de Riemann ou P ≠ NP; uso de pequenos RNAs para silenciar genes em vez de modificar diretamente o DNA; controle de neurônios com proteínas sensíveis à luz de algas em vez da estimulação elétrica tradicional; tentativa inicial do método shotgun para sequenciar genomas; Green & Tao demonstrando que os números primos contêm progressões aritméticas arbitrariamente longas ao adaptar métodos inspirados na teoria ergódica; June Huh resolvendo problemas de longa data em combinatória ao importar técnicas da teoria de Hodge da geometria algébrica; proteínas fluorescentes de águas-vivas usadas como marcadores moleculares.
Projetos que buscam estudar fenômenos que se situam na interface entre disciplinas ou subcampos, de maneiras que criam dificuldades e incompatibilidades, mas que podem abrir novos espaços compartilhados de pesquisa ou até mesmo áreas inteiramente novas. Esses projetos costumam ter um forte elemento colaborativo. Colaborações superficiais, meramente simbólicas, ou aplicações diretas de técnicas já bem estabelecidas de uma área em outra não estão no escopo desta chamada.
Risco: incompatibilidade de linguagens, métodos, incentivos ou objetivos.
Recompensa: alinhamento produtivo que abre novas classes de problemas ou até novos campos.
Requisitos: juntos, você e seus colaboradores “falam as duas línguas”, cada membro tem expertise em sua própria área e está disposto a atravessar um limite que outros não atravessariam ou ainda não atravessaram.
Possibilidades
Migração de métodos: trazer técnicas de uma área para outra. Exemplos históricos: primeiras aplicações da cristalografia de raios X para determinar estruturas moleculares; primeiros usos da teoria das categorias aplicados à semântica de linguagens de programação; primeira adaptação de redes neurais profundas (visão computacional) para prever o enovelamento de proteínas (AlphaFold); primeiros usos da teoria dos jogos para modelar a evolução do comportamento animal; o início da bioinformática como migração de métodos da ciência da computação para responder questões biológicas.
Fenômenos de interface: projetos sobre áreas cinzentas — nos limites entre campos ou que não se encaixam em categorias atuais — e que por isso são pouco estudados. Exemplos históricos: supercondutividade (nem condutor, nem isolante); príons (na fronteira entre vida/não vida); quasicristais (desafiando a dicotomia de estrutura cristalina/amorfa); desenvolvimento de mini-órgãos em laboratório a partir de células-tronco (nem organismos completos, nem apenas cultura de tecidos); fenômenos dentro de ciência dos sistemas terrestres (não apenas aspectos biológicos, nem apenas físicos, nem apenas sociais).
Projetos que investigam ou buscam mapear fenômenos ou espaços de dados negligenciados, para os quais há poucas informações coletadas e nos quais é genuinamente incerto se algo de interesse será encontrado, e cujo impacto potencial é difícil de avaliar neste momento. Levantamentos rotineiros ou extensões previsíveis de domínios já bem mapeados não estão no escopo desta chamada.
Risco: possibilidade de que nada de interesse seja encontrado.
Recompensa: chance de abrir um novo território de investigação para uma área.
Requisitos: você tem acesso especial ou interesse particular nesse nicho e acredita que exista um potencial negligenciado.
Possibilidades
Exploração de nicho negligenciado: organismos, regiões, materiais, espaços de parâmetros ou classes de problemas ainda inexplorados. Exemplos históricos: descoberta de Archaea extremófilas em fontes hidrotermais; mapeamento de lagos subglaciais sob a Antártida; classificação dos grupos simples finitos (“enormous theorem”); mapeamento de sítios arqueológicos com radar; fluxos pouco estudados (turbulência em superfluidos, fluxos granulares, dinâmica de magma).
Descoberta orientada por dados: análise de dados de técnicas de high-throughput, busca de padrões/correlações em grandes conjuntos de dados, mineração de dados. Exemplos históricos: bibliotecas de química combinatória examinando milhões de compostos; aprendizado não supervisionado em sequências de proteínas (AlphaFold); construção de novos conjuntos de dados de ômicas para sistemas/populações/ecossistemas pouco estudados.
Projetos que buscam integrar resultados dispersos por meio da formalização de intuições ou da proposição de frameworks/teorias unificadoras que, se bem-sucedidos, poderiam estabelecer novas bases conceituais para um campo. Meras compilações, revisões descritivas ou catálogos de conhecimento existente sem nova integração teórica ou formalização não estão no escopo desta chamada.
Risco: a tentativa de unificação pode falhar, manter muitas exceções e casos especiais ou produzir apenas generalizações fracas que não são úteis.
Recompensa: clareza conceitual e um novo framework ou teoria que pode servir de fundamento para trabalhos futuros.
Requisitos: você tem habilidades de modelagem/formalização e/ou o repertório de perspectivas necessárias para integrar resultados dispersos em uma síntese coerente.
Possibilidades
Integração: reunir resultados dispersos em um quadro ou teoria unificada ou buscar regularidades profundas entre sistemas. Exemplos históricos: Síntese Moderna unificando genética e evolução darwiniana; Darwin reunindo evidências de biogeografia, botânica, criação de animais e embriologia na teoria da seleção natural; tectônica de placas unificando terremotos, vulcões e formação de montanhas; força eletrofraca unificando eletromagnetismo e força fraca; Programa de Langlands/conjecturas; teoria de Landau para transições de fase; lei de Kleiber para a escala metabólica em função da massa corporal; lei de Gutenberg–Richter para distribuições de magnitude de terremotos; redes sem escala de Barabási-Albert.
Formalização: transformar um domínio intuitivo em algo matematicamente ou computacionalmente rigoroso. Exemplos históricos históricos: teoria dos conjuntos formalizando os fundamentos da matemática; máquinas de Turing/cálculo lambda formalizando a computação; mecânica quântica formalizando a ligação atômica; morfogênese química modelada como equações diferenciais por Turing; proposta do uso de equações diferenciais para estudar dinâmica populacional; genética de populações expressa com probabilidades na Síntese Moderna; desenvolvimento das equações de cinética enzimática (Michaelis-Menten); desenvolvimento de modelos compartimentais em epidemiologia; neurônios modelados como unidades computacionais artificiais.
Se você acredita que o seu projeto não contém nenhum dos elementos listados acima, mas ainda assim é original, fora da caixa, de alto risco e alto impacto, e aborda questões científicas fundamentais em sua disciplina, o seu projeto continua sendo bem-vindo.
Note que o Serrapilheira busca projetos com potencial de transformar o campo como um todo. Sua proposta não estará dentro do escopo desta chamada se for incremental; mera repetição de pesquisas anteriores; aplicada, utilitária ou exclusivamente sobre qualquer um dos seguintes temas: realização de ensaios clínicos ou estudos de saúde pública, desenvolvimento de biomarcadores, testes diagnósticos ou desenvolvimento/otimização de processos industriais ou agrícolas.
Para nós, publicações são artigos em periódicos. Contemplando a diversidade de produção bibliográfica das várias áreas de pesquisa, outros formatos podem ser excepcionalmente considerados, a depender das particularidades de cada área (por exemplo, artigos de conferências ou preprints em matemática, física e ciência da computação).
O Serrapilheira financiará até 10 jovens cientistas com dotações de 200 mil a 450 mil reais, distribuídos ao longo de cinco anos.
Os recursos solicitados devem ser dimensionados para o alcance das metas listadas no projeto. Assim, o Serrapilheira espera receber orçamentos com valores distintos, a depender da proposta, dentro da faixa de 200 mil a 450 mil. Ressaltamos que a adequação das demandas do projeto ao orçamento pedido é um critério de seleção (ver seção: Análise de mérito: Critérios).
O Serrapilheira entende que o montante necessário para a execução de um projeto de pesquisa varia de acordo com as áreas do conhecimento, da infraestrutura de pesquisa já previamente disponível e da própria natureza dos projetos – por exemplo, projetos inteiramente teóricos tendem a ter custos menores do que projetos experimentais.
Durante a execução do projeto, os cientistas selecionados poderão acessar, se assim o desejarem — a participação é voluntária —, recursos adicionais (bônus) destinados à integração e formação de pessoas de grupos sub-representados nas equipes de pesquisa. As ações de inclusão têm o objetivo de promover maior diversidade na ciência brasileira.
O modo de implementação do bônus para formar grupos sub-representados nas diferentes áreas de pesquisa será discutido com cada cientista selecionado por meio desta chamada. O valor do bônus vai depender da ação de inclusão a ser desenvolvida e poderá chegar a 30% do valor total do orçamento original aprovado para o desenvolvimento da pesquisa. Sendo assim, a requisição dos recursos do bônus da diversidade não deverá constar da proposta orçamentária relativa ao projeto de pesquisa.
Pedidos de extensão de prazo, mesmo sem adição de recursos e pedidos de renovação do apoio após os cinco anos, como regra, não serão considerados – apenas em caráter excepcional.
Além de oferecer recursos financeiros, o Programa de Apoio à Ciência promove treinamentos, workshops e eventos de integração entre os cientistas, como os Encontros Serrapilheira. Com isso, o instituto se propõe a aprimorar a formação e o desenvolvimento das carreiras dos cientistas, estimulando a cooperação interdisciplinar e iniciativas em diversidade na ciência, divulgação científica e ciência aberta. Quem for selecionado nesta chamada participará desses eventos e treinamentos.
O apoio se inicia oficialmente em 30 de julho de 2026 (assinatura dos termos de cooperação com o Serrapilheira).
O Serrapilheira oferece flexibilidade no emprego dos valores ao longo da execução da proposta apoiada. Os proponentes podem utilizar os recursos dotados como julgarem melhor para o desenvolvimento da pesquisa, desde que associados aos objetivos do projeto.
O cálculo para remuneração de bolsas e salários destinados às equipes dos cientistas selecionados deve se nortear pelos valores de referência do instituto.
As condições de financiamento são estabelecidas pelo Serrapilheira. As dotações são destinadas diretamente às pesquisas e deverão ser geridas por fundação indicada pelo instituto e não pela instituição-sede a que os cientistas se vinculam. Incentivamos as instituições-sede a oferecer aos cientistas condições adequadas para o desenvolvimento de seus projetos. O contrato será firmado entre a fundação, o cientista, a instituição-sede e o Serrapilheira.
Uma vez disponível para assinatura eletrônica, o contrato deverá ser assinado por todos os partícipes em um prazo máximo de quatro meses, impreterivelmente. Caso esse prazo não seja cumprido, o acordo poderá ser cancelado sem que isso caracterize descumprimento contratual por parte do Serrapilheira, e o apoio ao cientista pode não ser concedido.
Quaisquer taxas administrativas relativas à gestão do apoio financeiro serão descontadas diretamente dos valores dotados aos projetos. Os cientistas terão liberdade para negociar a reserva técnica paga a suas instituições, numa faixa entre 2% e 5% do valor da dotação. Esse percentual tem por objetivo cobrir os custos de operação e da infraestrutura básica fornecida pelas instituições-sede. À entidade responsável pela gestão financeira do projeto, a ser indicada pelo Serrapilheira, caberá até 8% do valor da dotação do projeto. Assim, estimamos que o valor líquido destinado à pesquisa ficará entre 87% e 90% do valor original.
Publicações resultantes do financiamento
Toda publicação apoiada com recursos provenientes desta chamada e toda divulgação pública de resultados deverão citar, obrigatoriamente, o apoio do Serrapilheira.
As inscrições serão aceitas mediante os seguintes critérios:
Os candidatos devem ser cientistas em início de carreira, ter o grau de doutor e terem sido contratados pela primeira vez como docente ou pesquisador entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2025. Essa condição será ajustada em até dois anos para mulheres com filhos. Assim, mães de um único filho deverão ter sido contratadas entre 1º de janeiro de 2019 e 31 de dezembro de 2025, e aquelas com dois ou mais filhos, entre 1º de janeiro de 2018 e 31 de dezembro de 2025. A data da contratação ou posse será a baliza para a aceitação de inscrições, e não a data do concurso ou processo seletivo. A data de contratação deve estar rigorosamente de acordo com as condições acima.
No caso de pessoas contratadas sem o doutoramento, mas que posteriormente obtiveram o título, estas serão elegíveis caso o doutorado tenha sido defendido entre 1º de janeiro de 2020 e 31 de dezembro de 2025. Essa condição será ajustada em até dois anos para mulheres com filhos, nas mesmas especificações acima.
Os candidatos devem realizar pesquisa científica e ter um cargo permanente – como professores ou pesquisadores – em universidade, instituto ou entidade sediada no Brasil, pública ou privada.
Podem se candidatar sócios de empresas/startups de base tecnológica e servidores públicos em cargos técnicos, desde que efetivamente realizem pesquisa na instituição-sede.
Não são elegíveis pós-graduandos, pós-doutorandos, professores substitutos, pesquisadores colaboradores, pesquisadores visitantes e pesquisadores voluntários.
Os candidatos devem ser autores principais de pelo menos duas publicações científicas (ver seção “Definições: Publicações”).
Entendemos que o autor principal é aquele que deu a maior contribuição ao trabalho, e não necessariamente o chefe do laboratório ou líder do grupo de pesquisa. O candidato precisa justificar por que considera relevantes suas publicações, levando em conta o conteúdo e a contribuição intelectual dos textos (ver seção “Como se candidatar”). Essa justificativa deve ser feita com base no efeito que a publicação teve em questionar, avançar ou aprofundar o conhecimento no campo – sem menção ao veículo da publicação ou a métricas tradicionais como o fator de impacto (ver seção “Processo de seleção”).
Os projetos devem ser conduzidos no país, embora se admita que parte da atividade seja desenvolvida no exterior, como o trabalho de campo ou pesquisas colaborativas. Cientistas em atividade exclusiva em instituições estrangeiras não estão qualificados para receber financiamento do Serrapilheira por meio desta chamada, e não há portabilidade de nossas dotações para outros países.
Cada candidato só poderá submeter uma proposta por chamada e um máximo de duas propostas durante todo o período em que são elegíveis. Essa regra passou a valer a partir da chamada 4/2020.
Cientistas que já receberam recursos prévios do Serrapilheira e não tiveram seus apoios renovados poderão submeter propostas novamente.
Como a seleção das propostas será conduzida por cientistas que atuam em instituições internacionais, todos os campos dos formulários de cadastro e de inscrição devem ser devidamente preenchidos em inglês, língua a ser adotada para a redação dos projetos. Uma vez que as entrevistas dos selecionados para a fase 2 serão em inglês, os candidatos devem ser proficientes nesse idioma, capazes de apresentar suas ideias e defender seu projeto para um painel de avaliadores internacionais.
Os projetos devem contribuir para o conhecimento fundamental em pelo menos uma das seguintes áreas: ciências naturais (ciências da vida, física, química, geociências), matemática ou ciência da computação.
As propostas devem ser submetidas eletronicamente por meio do portal do Serrapilheira no Fluxx (https://serrapilheira.fluxx.io) dentro dos prazos estabelecidos nesta chamada.
A submissão das propostas se realiza em duas fases: fase 1 (pré-propostas) e fase 2 (propostas completas).
Os candidatos devem acessar o portal de submissão de propostas, a ser aberto a partir do dia 27 de outubro de 2025 às 15h (horário de Brasília).
Endereço: https://serrapilheira.fluxx.io
27 de outubro a 2 de dezembro de 2025 às 15h (horário de Brasília).
Dados
Uma vez finalizado o cadastro, os candidatos são direcionados para os requisitos de elegibilidade, confirmando que atendem aos critérios estabelecidos para esta chamada.
Após terem completado o cadastro e os dados de elegibilidade, os postulantes são direcionados ao formulário de inscrição, composto pelas seções “Sobre o proponente” e “Sobre o projeto”, cujos campos deverão ser preenchidos no próprio sistema.
Após concluir o preenchimento e a submissão no sistema, o candidato receberá um email confirmando que a aplicação foi enviada. A submissão só estará completa uma vez que o candidato receber um email com o “Submission ID number”.
Para mais informações sobre como navegar pelo sistema Fluxx, veja o guia disponível neste link.
Sobre o proponente
Dados pessoais
Trajetória acadêmica
O curriculum vitae, seguindo o modelo disponível neste link, deverá ser preenchido no próprio sistema de submissão.
Publicações
Títulos e arquivos em PDF de até três publicações das quais o proponente é autor. Os trabalhos publicados devem ser aqueles com os quais o candidato mais contribuiu, mas não necessariamente aqueles em que liderou o grupo de pesquisa ou cujo laboratório chefiou (ver seção “Definições: Publicações”).
Sobre o projeto
O título do projeto deve ser a grande pergunta e de fácil compreensão para não especialistas na área. Formule-o sem nenhum jargão, finalizando-o com uma interrogação.
(até 150 caracteres com espaços)
* Considerando o volume de propostas na área, o painel de avaliação é subdividido nas seguintes subáreas:
O proponente deverá indicar a área principal do projeto e, se aplicável, uma área secundária. A indicação da área principal determina o painel de avaliação para o qual a proposta será encaminhada. No caso de propostas interdisciplinares, os revisores poderão requisitar que a equipe executiva busque revisores extras (ad-hoc) para complementar a avaliação, caso a especialidade do painel não contemple algum aspecto central da proposta.
Indicação de três palavras-chave para descrever livremente a subárea (exemplo: nanocatálise; neurologia; computação quântica; dinâmica de fluidos computacional; sensoriamento remoto; análise de bacias sedimentares; estratigrafia; ecotoxicologia; raios cósmicos; partículas de alta energia; ondas gravitacionais; geometria simplética).
grande pergunta: Qual é sua grande pergunta fundamental?
Formule-a sem nenhum jargão, finalizando-a com uma interrogação, explicando o que é que você quer entender. Ela será também o título do projeto.
(até 150 caracteres com espaço).
contexto: O que é preciso saber para entender a importância da sua proposta?
Conte brevemente qual é o estado da arte do seu campo e quais são as limitações que você reconhece na literatura atual. Justifique o interesse científico no fenômeno e na grande pergunta que você se propõe a estudar.
(até 600 caracteres com espaço).
dimensões de risco: Qual destas dimensões melhor descreve o risco e o retorno do seu projeto? (veja a seção Definições: Projetos passíveis de apoio e dimensões do risco científico)
( ) Focado em hipótese
( ) Focado em abordagem
( ) De interface ou interdisciplinar
( ) Exploratório
( ) De síntese teórica
( ) Outra
premissa: Qual é a ideia central que guia o projeto?
Explique qual é a premissa que guia o projeto, o que é que você quer estudar.
A resposta desta pergunta depende das características do seu projeto (mais detalhes na seção Definições: Projetos passíveis de apoio e dimensões do risco científico). Não é necessário abordar todos os pontos abaixo, apenas os que correspondem às dimensões que você identificou no seu projeto. Caso seu projeto tenha aspectos de mais de uma dimensão, responda contemplando as duas.
(até 400 caracteres com espaço)
plano: O que você pretende fazer? Qual é seu plano inicial?
Resumo do seu plano para execução deste projeto: descreva as etapas, bem como os principais métodos e abordagens que você pretende usar e os tipos de dados que serão coletados (caso haja coleta de dados).
(até 800 caracteres com espaço)
retorno: Por que vale a pena fazer este projeto?
Explique como você imagina que o seu projeto impactaria a sua área, imaginando um cenário em que você teve sucesso na execução do projeto.
(até 400 caracteres com espaço)
risco: Por que esse é um projeto de alto risco científico?
Explique em detalhes as características do seu projeto que fazem ele se encaixar nas dimensões de risco indicadas acima. Este espaço serve para defender a existência de risco científico no seu projeto, ou seja, a adequação dele a um dos tipos de projeto que o Serrapilheira busca. Note que “risco” aqui não se refere a dificuldades com a coleta de dados ou com a execução do projeto, mas sim à ousadia conceitual, científica.
A resposta desta pergunta depende das características do seu projeto (mais detalhes na seção Definições: Projetos passíveis de apoio e dimensões do risco científico). Não é necessário abordar todos os pontos abaixo, apenas os que correspondem às dimensões que você identificou no seu projeto. Caso seu projeto tenha aspectos de mais de uma dimensão, responda contemplando as duas.
(até 600 caracteres com espaço)
oportunidade: Por que a sua proposta é oportuna? Qual a sua vantagem estratégica?
Explique o que faz esse projeto possível e/ou relevante neste momento e o que faz você estar numa boa posição para executá-lo. O que é que faz com que valha a pena investir nessa proposta agora? Que diferencial você traz que te coloca numa posição de ser bem-sucedido onde outros talvez já tenham falhado ou nunca nem tentado?
(até 400 caracteres com espaço)
limitações: Por que esse projeto pode dar errado?
Qual é a razão técnica mais provável de fazer este projeto dar errado, i.e. ter pouco ou nenhum resultado até o fim do prazo do apoio? Imagine que você não conseguiu seguir com o projeto até o final ou não conseguiu coletar os dados necessários. O que é mais provável de ter acontecido? Quais são os principais desafios/obstáculos na execução e viabilidade do projeto? Note que esta pergunta se refere a impedimentos concretos para a execução do projeto, e não a ousadia científica e conceitual da sua proposta.
(até 400 caracteres com espaço)
pitch: Em uma ou duas frases breves, explique exatamente o que vai ser feito, sem jargão, resumindo as respostas acima e observando o seguinte modelo: “Vou usar [metodologia principal] em [amostra, modelo ou objeto de estudo] para testar se a [hipótese] pode explicar [grande pergunta].”
(até 400 caracteres com espaço)
Essa etapa terá papel crítico na primeira avaliação das propostas e são o material principal da sua submissão. Recomendamos aos candidatos que dediquem tempo e reflexão ao preenchimento desta seção. Ao responder as perguntas, considere um revisor da área, mas não especializado no subcampo específico.
Os candidatos selecionados na fase 1 serão chamados a enviar propostas completas para a fase 2.
19 de março de 2026 às 15h (horário de Brasília)
Os candidatos devem acessar o portal de submissão de propostas, a ser aberto em 25 de fevereiro de 2026 em https://serrapilheira.fluxx.io, e então apresentar os documentos abaixo:
Documentos
O projeto de pesquisa é uma expansão das perguntas levantadas na fase 1, incluindo novos itens e seguindo impreterivelmente o modelo disponível neste link.
O documento deve conter:
(até 150 caracteres com espaço)
(até 1 mil caracteres com espaço)
contexto: O que é preciso saber para entender a importância da sua proposta? Conte brevemente qual é o estado da arte do seu campo e quais são as limitações que você reconhece na literatura atual. Justifique o interesse científico no fenômeno e na grande pergunta que você se propõe a estudar.
(até 2.500 caracteres com espaço).
( ) Focado em hipótese
( ) Focado em abordagem
( ) De interface ou interdisciplinar
( ) Exploratório
( ) De síntese teórica
( ) Outra
(até 1.500 caracteres com espaço)
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Este item é particularmente importante caso o seu projeto envolva técnicas com as quais você não tem familiaridade, equipamentos aos quais você não tem acesso ou algum grau de interdisciplinaridade trazida por colaboradores. Nestes casos, use este espaço para justificar a viabilidade das etapas cruciais do projeto.
Exemplos:
> Um pesquisador de pós-doutorado da física/matemática para realizar as análises e modelagem após a coleta dos dados;
> Dois bolsistas de iniciação científica para trabalhar nos experimentos de citometria de fluxo;
> Colaborador da Universidade X, que fará a coleta dos dados no campo, para alimentar o modelo apresentado na proposta;
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Em caso de cofinanciamento de agências de fomento estaduais, os candidatos selecionados terão um período após a divulgação dos resultados para detalhar o orçamento e adaptar a proposta às normas vigentes de cada financiador. No caso dos recursos do Serrapilheira, as despesas poderão ser ajustadas ao longo do desenvolvimento do projeto entre as diferentes categorias do orçamento, mas o valor total dos recursos concedidos não será alterado.
CV Curriculum vitae
(caso tenha havido alteração importante após o envio na fase 1)
O curriculum vitae, seguindo o modelo disponível neste link, deverá ser preenchido no próprio sistema de submissão.
Projetos incompletos ou em desacordo com as orientações descritas nesta chamada serão desclassificados e não seguirão para a revisão.
A avaliação das propostas será conduzida majoritariamente por cientistas em atividade em instituições internacionais de excelência, de vários continentes, com perfil de gênero e de raça diverso, quando possível.
O Serrapilheira é signatário da Declaration on Research Assessment (DORA). Orientamos o painel de avaliadores a não se valer de métricas baseadas em periódicos, tais como o fator de impacto, como uma medida indireta da qualidade durante o processo seletivo.
Os modelos de todos os formulários a serem preenchidos pelos revisores ao longo do processo estão disponíveis aqui: Fase 1 e Fase 2.
A equipe executiva do Serrapilheira vai avaliar se todos os materiais enviados pelos candidatos se enquadram nos critérios de aceitação de propostas. Apenas as propostas que atendam a todos os critérios serão incluídas no processo seletivo. Quando necessário, especialistas poderão auxiliar o time executivo nesta análise.
As pré-propostas serão agrupadas em blocos de acordo com a área (matemática, ciência da computação, física, geociências, química). Cada uma será avaliada de forma independente por pelo menos dois avaliadores de cada área. Detalhes do fluxo das propostas ao longo do processo seletivo podem ser lidos na seção 6, “ Como se candidatar à fase 1: pré-propostas/Sobre o projeto”.
Com base nos critérios de capacidade científica, criatividade, originalidade e estruturação da proposta, serão analisadas:
Cada avaliador enviará ao time executivo uma listagem classificatória de até seis candidatos por área.
O time executivo vai comparar as listagens classificatórias e, em casos de discrepância, discutirá com os avaliadores e, se necessário, com avaliadores ad hoc, quais candidatos devem ser chamados para apresentar propostas completas. Nesse momento, será ajuizada, por meio de breve conversa ao telefone, a capacidade do candidato de apresentar, de forma resumida e em inglês, seu projeto e sua carreira, bem como de formular respostas ao que lhe for perguntado.
O número de candidatos chamados para participar da fase 2 será no máximo três vezes maior que o número final de propostas a serem apoiadas.
O instituto não enviará pareceres aos proponentes não selecionados para a fase 2.
A equipe executiva do Serrapilheira vai avaliar se todos os materiais enviados pelo candidato se enquadram nos critérios de aceitação de propostas. Apenas as propostas que atendam a todos os critérios serão incluídas no processo seletivo.
Cada proposta completa, composta por projeto de pesquisa e curriculum vitae, será avaliada de forma independente por pelo menos dois cientistas, de acordo com os critérios abaixo detalhados, orientados por perguntas. Os avaliadores serão os mesmos que atuaram na fase 1; se necessário, novos avaliadores ad hoc poderão ser acionados. Detalhes do fluxo das propostas ao longo do processo seletivo podem ser lidos na seção 6, “Como se candidatar à fase 1: pré-propostas/Sobre o projeto”.
Propostas que envolvam pesquisa com sujeitos humanos devem apresentar amostras que sejam representativas das populações estudadas, em particular em termos de gênero e cor/raça, ou devem justificar, em termos dos objetivos científicos, qualquer questão de falta de representatividade.
Originalidade e ousadia: se a proposta é original – ela não pode ser mera repetição de pesquisas anteriores -, ousada e aborda uma grande pergunta do campo.
Estrutura e apresentação: se a proposta é bem estruturada e bem apresentada.
Composição da equipe: se atende às demandas propostas para o desenvolvimento do projeto.
Recursos financeiros: se os valores solicitados e os prazos são adequados.
* No caso de projetos de matemática pura ou que não envolvem o uso de dados primários nem secundários, esse critério de risco não será aplicado.
Capacidade científica:* se o candidato demonstra capacidade de desenvolver pesquisa rigorosa.
*É avaliado o rigor da pesquisa desenvolvida até o momento, independentemente do número de artigos publicados.
A seguir, organizados em painéis de cada área, os mesmos avaliadores encarregados da análise de mérito vão realizar uma entrevista remota com os candidatos. Cada candidato fará uma apresentação de dez minutos, em inglês, e terá vinte minutos para responder a perguntas.
Ao submeter propostas à chamada, os candidatos concordam expressamente com a realização da mencionada entrevista e autorizam que a mesma seja registrada em áudio e vídeo com a finalidade específica de análise de seu conteúdo pelo Serrapilheira, bem como de seus examinadores e pessoas responsáveis pela seleção dos candidatos.
O material captado é de uso exclusivo do instituto.
O candidato deve ser proficiente em inglês e capaz de apresentar claramente seu projeto e responder às perguntas com objetividade.
Para os dez minutos da exposição, o candidato poderá fazer uso de recursos visuais (gráficos, fórmulas etc) e deverá observar a seguinte estrutura:
Cada avaliador deve enviar ao time executivo sua recomendação e um parecer com comentários da revisão, antes de debatê-la com os demais membros do painel. A seguir, o time executivo consolidará as recomendações e as enviará por e-mail aos membros do painel.
Entender a argumentação a favor ou contra candidatos não consensuais é atribuição do time executivo, com a assessoria de avaliadores ad hoc independentes, se necessário.
Ao final do processo, o painel de avaliadores de cada área confirmará por e-mail à equipe executiva do Serrapilheira uma listagem classificatória das propostas recomendadas. Empates são permitidos. Se for necessário debater as indicações, o time executivo organizará nova reunião com os membros do painel.
Os candidatos que chegarem à etapa final da análise detalhada, e apenas estes, receberão os pareceres relevantes.
Com base nas recomendações dos painéis, a equipe executiva do Serrapilheira consolidará e aprovará a lista final de selecionados em todas as áreas, levando em consideração quatro fatores: recomendações do painel, disponibilidade de recursos financeiros, risco e gerenciamento de portfólio. Não há obrigatoriedade de que todos os campos de pesquisa sejam contemplados.
Em função dos fatores referidos acima, nem todas as propostas recomendadas pelos painéis serão selecionadas; excepcionalmente, aquelas que não constam da lista recomendada podem ser incluídas na seleção final. Nesse caso, a equipe executiva submeterá sua escolha à presidência do Conselho de Administração do Serrapilheira e justificará sua decisão por e-mail aos membros dos painéis de seleção.
A aprovação da lista final de propostas a serem apoiadas será submetida à presidência do Conselho de Administração do Serrapilheira.
Em caso de empate, o apoio é dado preferencialmente a cientistas que ainda não dispõem de recursos independentes para desenvolver sua pesquisa, e a proponentes de grupos sub-representados em suas áreas de conhecimento em relação a gênero e raça.
O número de propostas elegíveis determinará o número de avaliadores, sendo que toda pré-proposta e toda proposta completa serão examinadas por pelo menos dois avaliadores.
Ao compor os painéis de seleção, o Serrapilheira busca garantir em sua composição o equilíbrio de gênero, bem como procura assegurar que pelo menos metade de seus integrantes não pertençam ao eixo Estados Unidos/Europa, com representantes de todos os continentes e pelo menos 20% de avaliadores não-brancos.
As propostas que chegarem à etapa final da fase de seleção receberão um parecer escrito pelos avaliadores da área.
Em nossa metodologia, lembramos aos avaliadores da existência de vieses inconscientes, que devem ser considerados ao longo da seleção das propostas.
O Serrapilheira estabeleceu parceria com o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (CONFAP) por meio de Memorando de Entendimento, de dezembro de 2021, no qual 23 FAPs são signatárias.
São elas:
FAPAC (Acre), FAPEAL (Alagoas), FAPEAP (Amapá), FAPEAM (Amazonas), FAPESB (Bahia), FUNCAP (Ceará), FAPES (Espírito Santo), FAPEG (Goiás), FAPEMA (Maranhão), FAPEMAT (Mato Grosso), FUNDECT (Mato Grosso do Sul), FAPEMIG (Minas Gerais), FAPESPA (Pará), FAPESQ (Paraíba), Fundação Araucária (Paraná), FACEPE (Pernambuco), FAPEPI (Piauí), FAPERJ (Rio de Janeiro), FAPERGS (Rio Grande do Sul), FAPERO (Rondônia), FAPERR (Roraima), FAPESC (Santa Catarina) e FAPT (Tocantins).
Além disso, o Serrapilheira celebrou acordos diretos com a FAPESP, FAPERJ, FAPEMIG e Fundação Araucária.
Esta chamada, portanto, conta com 24 FAPs parceiras.
O objetivo destes acordos é ampliar o apoio a jovens cientistas nos estados. As parcerias podem se dar por meio de dois mecanismos: 1) pelo cofinanciamento, quando o Serrapilheira e as FAPs poderão apoiar conjuntamente, com valores mutuamente definidos, cientistas selecionados pela chamada pública do instituto; 2) pelo apoio unilateral das FAPs – e com valores definidos por elas – a cientistas de seus respectivos estados que chegaram à fase final no processo de seleção do Serrapilheira, mas que por limitação orçamentária não receberam apoio do instituto.
O processo seletivo (descrito nas seções 8 a 11 da chamada pública) será conduzido pelo Serrapilheira. No caso de cofinanciamento, as FAPs terão acesso a todos os pareceres de revisão dos processos seletivos e poderão conduzir, caso desejem, processos próprios de validação e escolha dos candidatos previamente recomendados pelos painéis de seleção do Serrapilheira. Após a conclusão do processo seletivo, e sempre observados os critérios da chamada pública, a equipe executiva do instituto vai se reunir com os representantes das FAPs para decidir quais projetos serão apoiados. Os selecionados para apoio conjunto ou unilateral deverão atender às demandas administrativas e orçamentárias da chamada pública e das FAPs para que possam receber os recursos.
A equipe executiva do instituto tem a liberdade de apoiar qualquer projeto recebido por meio desta chamada usando recursos discricionários, obedecendo a critérios de mérito e seguindo o código de ética e conduta profissional do Serrapilheira. Nesse caso, os cientistas selecionados não farão parte da coorte de cientistas apoiados por meio desta chamada e serão considerados cientistas do apoio discricionário.
Por que informar os dados demográficos? Ao informar espontaneamente ao instituto dados demográficos, os candidatos concordam em contribuir para o aperfeiçoamento das ações de estímulo à diversidade na ciência adotadas pelo instituto. O acesso a esses dados é limitado aos profissionais que participam da formulação de políticas do Serrapilheira e observa nossa previsão de Confidencialidade e Proteção de Dados do Código de Ética e Conduta. O eventual tratamento e a divulgação de dados demográficos colhidos na chamada restringem-se a uma finalidade estatística, ligada à transparência de informação, sem que implique mencionar ou identificar projetos ou candidatos, e sempre observados os critérios de sensibilidade, sigilo e confidencialidade dispostos na legislação vigente. Avaliadores não têm acesso aos dados em nenhuma fase de seleção dos candidatos, sendo que a opção pelo não fornecimento dos dados demográficos pelos candidatos não implica e nem avaliza a eliminação dos mesmos do processo seletivo. Para o registro dessa opção, existe no item em questão a opção “não informar”. A Política de Privacidade do Serrapilheira pode ser consultada aqui.
O Serrapilheira acredita que grandes resultados advêm de uma ciência praticada a partir da incerteza e do risco, e que essa é uma ciência possível quando há liberdade de ideias e pluralidade de pontos de vista. Para tanto, é essencial um grupo mais diverso de jovens cientistas que pensem a ciência sob diferentes olhares. E por isso incentivamos a diversidade étnico-racial e de gênero na ciência no Brasil. O Guia de Boas Práticas em Diversidade na Ciência está disponível no site do Serrapilheira em https://serrapilheira.org/nossos-valores/.
O Serrapilheira exige que toda produção científica decorrente do projeto contemplado, ao longo do período de vigência do apoio, seja disponibilizada em repositórios de acesso público. A produção científica inclui, mas não se limita a, publicações em qualquer formato (sejam elas revisadas por pares ou não), bem como conjuntos de dados e códigos de programação associados à publicação. No que diz respeito a publicações, para atender a este requisito os cientistas apoiados pelo instituto deverão tornar disponíveis seus trabalhos (versão final publicada, accepted author manuscript ou preprint em versão quase-final) em um repositório público. Cabe à pessoa reter os direitos necessários para postar as publicações, dados e códigos publicamente a fim de atender a este requisito. O Serrapilheira incentiva a submissão a periódicos de acesso aberto, preferencialmente os que não cobram taxas adicionais para torná-los gratuitos para leitores e para autores.
O Guia de Boas Práticas em Ciência Aberta consta do site do Serrapilheira em https://serrapilheira.org/nossos-valores/.
Caso as pesquisas selecionadas por meio desta chamada resultem em processos de patentes, o Serrapilheira não reivindicará direitos de propriedade intelectual.
As atividades de pesquisa propostas devem obedecer aos princípios éticos e às normas legais em vigor no Brasil. A conformidade às regras e normas legais vigentes é de responsabilidade dos cientistas apoiados pelo Serrapilheira, dos quais se exige o respeito ao meio-ambiente, à saúde humana e dos animais, bem como aos direitos de privacidade, integridade física, proteção de dados e não discriminação. O desrespeito a qualquer desses direitos pode resultar no cancelamento da dotação.
O Serrapilheira apoia firmemente a integridade da pesquisa. Na eventual ocorrência de casos comprovados de má conduta científica, como plágio, invenção ou falsificação de resultados ao longo de um projeto financiado pelo Serrapilheira, o apoio financeiro será cancelado com a rescisão do termo de cooperação.
O Serrapilheira se reserva o direito de cancelar, suspender, modificar, rever ou postergar, a qualquer momento, a seu exclusivo critério de avaliação, o processo de seleção a que se refere esta chamada, mediante simples aviso publicado nos mesmos meios de divulgação da presente chamada. Potenciais candidatos ou mesmo postulantes que já tenham submetido projetos ao instituto não serão ressarcidos — seja em razão do cancelamento, suspensão, modificação ou postergação da chamada. Tal cláusula também se aplica às instituições às quais essas pessoas sejam ou estejam vinculadas.
A preparação dos projetos e sua respectiva submissão ao processo de seleção objeto desta chamada são de integral responsabilidade dos candidatos, os quais deverão arcar integralmente com os seus custos. Ao aderir a esta chamada, os candidatos reconhecem que cabe exclusivamente ao Serrapilheira arbitrar o processo de seleção, observados os procedimentos aqui descritos.
Ao processo de deliberação e escolha dos candidatos por parte do Serrapilheira não caberá nenhum tipo de recurso, pedido de revisão ou ressarcimento de custos, despesas ou indenização na hipótese de não seleção de projetos submetidos, em qualquer fase ou etapa dos processos descritos nesta chamada.
O Serrapilheira poderá, a qualquer tempo e independentemente de consentimento prévio do candidato ou instituição de ensino à qual ele esteja vinculado, conduzir estudos utilizando informações submetidas por meio desta chamada. Poderá, ainda, divulgar os resultados desses estudos, respeitado o compromisso de confidencialidade, desde que tais informações já não tenham se tornado públicas e sempre respeitados os critérios de tratamento e anonimização de dados previstos na legislação vigente, quando e se aplicáveis.
Uma vez finalizada a seleção, o instituto poderá compartilhar dados sobre os projetos aprovados, como o valor da dotação, o título, resumo e palavras-chave.
De forma a preservar os critérios de isenção e isonomia que norteiam a análise e escolha das práticas concorrentes, e como forma de prevenir potenciais conflitos de interesse e/ou infração às regras previstas no Código de Ética e Conduta do instituto, não poderão, direta ou indiretamente, habilitar-se às chamadas do Serrapilheira pessoas com relações de casamento, união estável ou parentesco por consanguinidade ou afinidade, seja em linha reta, colateral ou transversal, até o segundo grau, com funcionários, diretores, membros dos Conselhos de Administração e Científico, tampouco com avaliadores ou outros prestadores de serviço contratados para a seleção das chamadas.
A deliberada não observância dessa regra de impedimento, por qualquer pessoa que se habilite para as chamadas do Serrapilheira, dará ao instituto, a seu exclusivo critério de conveniência e tempo, o direito de exclusão do beneficiário da chamada, com a consequente rescisão contratual e cancelamento das obrigações dele decorrentes, inclusive as pecuniárias, sem que isso caracterize rescisão contratual imotivada.
Exceções às regras aqui previstas devem ser decididas pelo Conselho de Administração do Serrapilheira.
A elaboração da presente chamada, incluindo etapas e critérios de seleção, se baseou nos seguintes sites:
DARPA – The Heilmeier Catechism
EURECIA – Understanding and Assessing the Impact and Outcomes of the ERC and its Funding Schemes
MacArthur Foundation – 100&Change
Google – Research scholar program
FAPESP – Roteiro para elaboração da Súmula Curricular
Using Narrative CVs: Process optimization and bias mitigation
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