Antônio Xerxenesky, segundo autor da série Botão Vermelho, fala sobre relações de causa e efeito entre descobertas científicas e impactos na sociedade
Pedro Lira
Quando o ato de trocar uma lâmpada gera uma sucessão de eventos que causam um acidente do outro lado da cidade, quem é responsável pelo acontecido? Em novo conto da série Botão Vermelho, dois personagens encarcerados conversam sobre causa e efeito quântico em uma realidade em que tecnologias e avanços científicos são utilizados para vigilância estatal.
A história de Antônio Xerxenesky, “Constelações”, é a segunda ficção científica publicada pela parceria entre a revista Suplemento Pernambuco e o Serrapilheira. A trama é baseada na pesquisa do físico Rafael Chaves, que investiga a teoria da causalidade e a inteligência artificial sob a ótica da física quântica. Neste universo, a população é sempre observada. Uma máquina governamental analisa todas as variáveis e calcula o culpado de acontecimentos que parecem aleatórios.
O autor, que chegou a estudar dois anos de física na UFRGS, não se achou na carreira científica, mas sua paixão pela física teórica o levou a estudar letras, terreno fértil para abordar questões filosóficas da ciência. “Literatura e ciência podem coexistir num espaço criativo”, defende. “Embora as descobertas científicas possam parecer herméticas para os leigos, no seu âmago elas tratam de questões muito filosóficas acerca da natureza de nossa realidade.”
Em seu conto, um dos personagens questiona a responsabilidade do cientista no uso de suas descobertas. O autor admite gostar da figura de cientistas atormentados como o físico Richard Feynman, um dos “pais” da bomba atômica, forçado depois a encarar sua parcela de culpa na destruição de Hiroshima. “As descobertas científicas não podem ser controladas. Saltam para o mundo e sempre haverá quem queira manipulá-las.”
“Constelações” pode ser lido aqui.
Relembre o primeiro conto e entrevista com a autora Ana Rusche aqui.
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