11/05/2023 02:13

Menos com menos é mais: o papel do erro na matemática

  • Blog Ciência Fundamental

Nesta área do conhecimento, errar é mais que humano: é parte da rotina

Ilustração: Lívia Serri Francoio

Por Edgard Pimentel

Um dos maiores temores da vida estudantil é o erro. Marcar a resposta errada, errar uma conta, entender errado a pergunta. Há várias formas de errar. E a impressão mais comum é a de que o ato de errar diz respeito ao universo estudantil. Nada mais errado! Em matemática, e em ciência em geral, errar não só é humano como é parte da rotina. E exemplos acometem as estrelas mais importantes da constelação profissional. 

Uma história belíssima envolve o cientista francês Henri Poincaré e o rei Oscar II, da Suécia e Noruega. Para homenagear o aniversário de 60 anos do monarca, o periódico “Acta Mathematica” promoveu uma competição. Uma lista de tópicos importantes foi anunciada, e trabalhos acerca daqueles temas iriam competir pelo prêmio. A iniciativa partiu do matemático sueco fundador da Acta, Gösta Mittag-Leffler, que entre outras coisas queria envolver o rei na promoção da Acta. O entusiasmo de Mittag-Leffler pelo suporte real não era novidade: ele já havia garantido ao rei a primazia de ter sido que o primeiro assinante do periódico. 

Doze monografias se inscreveram na competição, anunciada no volume 7 da “Acta” (estamos em 1885). Uma delas, “Sobre o problema de três corpos e as equações da dinâmica”, de Poincaré, logo se mostrou pertencer a uma esfera de qualidade muito superior. E naturalmente venceu o prêmio. Entretanto, entre ser considerada vencedora e ser publicada na Acta ocorreu uma pequena surpresa.

Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo

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