Contemplado com o auxílio do Serrapilheira em 2020, o cientista Eduardo Zimmer e a esposa adotaram um cãozinho para comemorar. Batizado de Baleia em homenagem ao clássico brasileiro Vidas Secas, o pet também era uma referência ao projeto de Eduardo, que estudou o cérebro de baleias. O pequeno cãozinho hoje tem quatro anos e se revelou um fiel companheiro nos momentos de home office.
Natural de Santo Ângelo, no interior do Rio Grande do Sul, o cientista vem de uma família reconhecida oficialmente pelo grande número de pesquisadores farmacêuticos de alto nível. Graduado em farmácia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o cientista também é mestre e doutor em bioquímica pela instituição. Zimmer mantém vínculos com a McGill University, no Canadá, desde o doutorado, e em 2018 foi convidado a atuar como professor visitante no McGill Centre for Studies in Aging.
Dedicado ao envelhecimento, o pesquisador quer ajudar a elucidar um grande mistério da neurociência: a diminuição do cérebro durante a velhice. Atualmente professor de farmacologia na UFRGS, o cientista está maravilhado também com o desenvolvimento na infância. A chegada do pequeno Benjamin transformou sua vida pela paternidade.
O envelhecimento causa uma diminuição progressiva do tamanho do cérebro após os 40 anos. Esse fenômeno tem sido biologicamente interpretado como a morte de neurônios, a célula mais estudada do cérebro. No entanto, as regiões do cérebro que mais reduzem de tamanho têm mais células gliais, um outro tipo de célula residente do cérebro, do que neurônios. Além disso, as células da glia têm uma grande capacidade de mudar de tamanho em resposta ao microambiente cerebral. Baseado nessas informações, nossa hipótese é que a redução do tamanho do cérebro que ocorre no envelhecimento tem como origem celular a diminuição do tamanho das células da glia. Para investigar essa hipótese nós vamos diminuir o tamanho das células da glia com intervenções genéticas e avaliar o impacto dessas modificações no tamanho do cérebro em modelos experimentais. Se nossa hipótese estiver correta, a diminuição do tamanho do cérebro associada ao envelhecimento pode ser um traço biológico reversível.
O cérebro é conservado entre os mamíferos em formato, constituição celular e função. Entretanto, o cérebro humano é mais vulnerável à neurodegeneração, principal característica das doenças do envelhecimento como a doença de Alzheimer. De fato, outros mamíferos, como cachorros e macacos, parecem ser mais resistentes à neurodegeneração. A pergunta fundamental desse projeto é: o que torna o cérebro humano mais suscetível à neurodegeneração? Podemos observar que as regiões do cérebro humano mais vulneráveis à esse mal são ricas em um tipo celular estrelado: o astrócito. Os astrócitos foram por muitos anos considerados parceiros secundários dos neurônios, mas atualmente acredita-se que eles são fundamentais para o desempenho de tarefas cognitivas complexas. Baseado nessas considerações, nós hipotetizamos que os astrócitos sejam os responsáveis pela vulnerabilidade do cérebro humano à neurodegeneração. Assim, nesse projeto buscamos caracterizar os astrócitos em diferentes mamíferos, visando desvendar a causa da vulnerabilidade do cérebro humano à neurodegeneração e, assim, contribuir para o entendimento dessas doenças.
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