É a chamada cegueira botânica: não percebemos tudo que o mundo dos vegetais tem de encantador
Por Felipe Ricachenevsky
A maioria de nós já teve essa experiência: fazer uma trilha e no caminho encontrar um mamífero, um réptil, uma ave inesperada. Apesar de ter completado o percurso outras vezes, aquele dia foi diferente: o animal deixou tudo melhor. O que quase nenhum dos trilheiros nota, no entanto, é a presença de árvores, arbustos e pequenas plantas, muitas vezes igualmente raras, tão (ou mais?) importantes quanto os animais, e com propriedades diferentes e interessantes. É o que chamamos de cegueira botânica.
Ao vermos um animal em seu ambiente natural, cercado de plantas, nosso cérebro o destaca, porém transforma as plantas em uma massa verde amorfa. É compreensível: nos conectamos facilmente com o comportamento animal, enquanto os vegetais, com seu crescimento lento, movimentos pouco perceptíveis e organização corporal muito diferente, parecem quase alienígenas. O diretor Steven Spielberg, em conversa com o astrofísico Neil deGrasse Tyson, diz ter pensado o personagem E.T. como planta, mas acabou fazendo alterações para gerar empatia, tornando-o mais parecido conosco.
Plantas tem uma intrincada relação com a história da humanidade. No livro Plantas e civilização, o biólogo Luiz Mors Cabral, professor da Universidade Federal Fluminense, relata como elas participaram de alguns eventos históricos. A descoberta do rio Amazonas (pelos europeus, pois os povos nativos o conheciam havia tempos) ocorreu porque exploradores buscavam valiosas “árvores de canela”, embora essas plantas não existissem na América do Sul (havia apenas uma cujo casco cheirava a canela). No século 19, a massiva migração da Irlanda, em especial para os Estados Unidos — não à toa Boston tem uma das maiores festas de St. Patrick’s Day do mundo, e o time de basquete da cidade é o Celtics —, foi motivada por uma doença nas batatas, tubérculo então crucial para a alimentação dos irlandeses.
Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo.
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