No projeto Evidências em Debate, o jornalista Marcelo Soares, diretor do estúdio de inteligência de dados Lagom Data, procurou identificar as diversas maneiras como as evidências científicas são introduzidas no debate político. O protótipo analisou as transcrições de todas as sessões da CPI da Pandemia para localizar menções, ainda que oblíquas, a estudos. Depois, esses foram identificados e categorizados para compreender os padrões de uso de evidências na ciência. O relatório final foi distribuído pela Agência Bori, também grantee do Serrapilheira, e mostrou que estudos enviesados, com falhas metodológicas e a chamada pseudociência tiveram mais destaque e foram usadas para desviar a atenção das pesquisas científicas de qualidade durante a CPI da Pandemia.

Um dos pioneiros do jornalismo de dados no Brasil, Soares tem no currículo prêmios Esso, Petrobras e Synapsis/FBH. Sua empresa, a Lagom Data, colabora com veículos de imprensa e entidades do terceiro setor para coleta, análise e visualização de dados.

Veja o relatório final aqui.