18/02/2020 02:10

Em estudo na Nature, pesquisadores defendem inclusão dos ecossistemas em acordo global

  • Ciências ambientais

Pedro Lira

Representantes de mais de 190 países irão se encontrar na próxima semana para definir um novo acordo global de proteção do meio ambiente para a década de 2020. O grupo, signatário da  Convenção da Diversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas, criada na Rio-92, negocia também objetivos a serem atingidos até 2050.

Tendo em vista a importância do encontro para a preservação da vida na Terra, pesquisadores publicaram nesta terça-feira, 18, um texto na revista científica Nature em defesa da inclusão dos ecossistemas no acordo global. A última reunião, de 2010, cobria metas apenas para espécies e diversidade genética, sem definir objetivos específicos voltados aos ecossistemas.  “É uma janela de oportunidade fundamental para mudar a trajetória da vida no planeta, que está em declínio acentuado devido à ação humana”, afirma Bernardo Strassburg, diretor executivo do Instituto Internacional para a Sustentabilidade e grantee do Serrapilheira na 1ª Chamada Pública, um dos co-autores do estudo. 

Os ecossistemas são responsáveis pela provisão de água limpa, o controle de pragas, a polinização da agricultura, a regulação do clima global, entre outros. Por isso, sua conservação também é parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável. “A Mata Atlântica do litoral do nordeste brasileiro e a Mata Atlântica das montanhas de Itatiaia [no estado do Rio de Janeiro], por exemplo, são ecossistemas completamente diferentes, ainda que dentro de um mesmo bioma. A conservação de um não substitui a conservação do outro”, defende Strassburg.

A publicação oficial pode ser lida neste link.

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