16/11/2020 02:36

A larva que come plástico

  • Blog Ciência Fundamental

Danielle Trentin descobriu por acaso que uma mariposa em estágio larval se alimentava do pote que a abrigava

Ilustração: Valentina Fraiz

Por Ruam Oliveira

A Galleria mellonella é um inseto que, antes de virar mariposa, passa por seis estágios larvais diferentes. Na natureza, sua alimentação é à base de cera e pólen, mas pode mudar quando a confinamos num pote de plástico: ela come o próprio recipiente. A descoberta, que veio por acaso, pode contribuir para a redução do lixo que produzimos.

Experimentos científicos vêm empregando larvas de determinados insetos a fim de diminuir a utilização de animais como ratos e camundongos. Tais larvas são infectadas e então estudadas. É o que faz Danielle Trentin, professora de microbiologia na Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, que pesquisa compostos para controle de bactérias de importância médica  –aquelas que causam, dentre outras coisas, infecções hospitalares. Em seus experimentos com as larvas da Galleria mellonella, Trentin observou o surgimento de pequenos furos nos potes em que ela as abrigava.

Na infância, a exemplo de tantas meninas, a futura pesquisadora desejava ser como Fátima Bernardes, queria aparecer na tevê e no jornal. Mas no colégio suas disciplinas preferidas eram as que envolviam ciência e química. Se no plano pessoal seus interesses efetivos redimensionaram seus sonhos, na vida acadêmica suas descobertas também se impuseram sobre um projeto previamente escolhido. Ao constatar que o plástico integrava a dieta da larva, Trentin ajustou o foco de sua pesquisa para investigar o que acontecia.

Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S. Paulo.

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