21/11/2023 02:03

Onde estão os cientistas negros?

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Pretos, pardos e indígenas somam 7,4% dos docentes de pós-graduação das ciências duras no Brasil

Ilustração: Valentina Fraiz

Por Luiz Augusto Campos

“Mas se adotarmos cotas, corremos o risco de perder o aluno-padrão Unicamp.” Eu ouvi essa frase em 2015, numa das palestras sobre ações afirmativas que proferi na Universidade de Campinas. À época, um grupo de professores divulgava as políticas afirmativas nos programas de pós da instituição com o objetivo de aumentar a adesão a elas. A frase me foi dita por um docente de um renomado programa de pós-graduação das ciências duras, e que me pareceu sinceramente preocupado com a qualidade de seus estudantes.

Iniciei depois disso uma pesquisa imprecisa, assistemática e impressionista sobre as características do chamado “aluno-padrão Unicamp”. A cada visita a um instituto ou programa de pós, eu interrogava os presentes sobre seus atributos. Inteligência, disciplina, criatividade, rigor, sagacidade, dedicação etc. eram predicados mencionados aqui e acolá. Mas eram dois outros atributos que me chamavam a atenção nesse conceito dos cientistas unicampistas de berço.

Leia o texto completo no blog Ciência Fundamental, na Folha de S.Paulo.

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