Daniela Boanares

Ciências da Vida

A jornada da bióloga Daniela Boanares, desde a origem na periferia de Belo Horizonte até o doutorado em biologia vegetal, revela a essência de uma mente curiosa e comprometida com a preservação da biodiversidade. Seu projeto é uma exploração dos mistérios dos campos rupestres: como um espaço tão pequeno pode abrigar uma riqueza de biodiversidade tão grande? Sua pesquisa visa compreender os fatores que moldam esses ecossistemas no intuito de traçar melhores estratégias e técnicas para a proteção dos campos rupestres. 

Graduada em ciências biológicas pelo Centro Universitário UNA, e mestre em ecologia de biomas tropicais pela Universidade Federal de Ouro Preto, Boanares cursou o doutorado em biologia vegetal pela Universidade Federal de Minas Gerais, onde também teve a oportunidade de um período sanduíche na Universitat Autònoma de Barcelona, Espanha. Seu trabalho de doutorado foi vencedor do prêmio CAPES 2021, como a melhor tese sobre biodiversidade. Atualmente atua como pesquisadora na Universidade Estadual do Rio de Janeiro. 

Mulher negra, Boanares também se define pelo equilíbrio. Para compensar a seriedade do mundo acadêmico ela busca a expressividade livre da dança entre sambas, carimbós e karaokês. Conectada com a natureza também em sua vida pessoal, a bióloga escapa do movimento da cidade para o meio do mato sempre que surge um tempo livre. E para equilibrar a serenidade e o bucolismo, ela comemora as conquistas científicas e pessoais com um copo de cerveja gelada no boteco de esquina mais próximo.

Projetos

Quais são os fatores estruturantes da comunidade dos campos rupestres que explicam sua alta diversidade?
Ciência / Ciências da Vida

Os campos rupestres, apesar de serem ecossistemas que ocupam pequenas áreas, possuem alta diversidade e vários graus de endemismo. Portanto, mudanças climáticas e a degradação ambiental se tornam uma grande ameaça para a sua biodiversidade. O entendimento sobre os fatores que interferem na diversidade das comunidades dos diferentes campos rupestres se torna fator-chave para sua conservação. Utilizaremos como base a ecologia funcional, levando em consideração designs funcionais alternativos a partir dos fenótipos múltiplos de espécies de diferentes campos rupestres. Nosso objetivo é saber quais as combinações de características que potencialmente descrevem o sucesso do estabelecimento dessas plantas nesse ecossistema. A partir do entendimento de como essas diferentes estratégias estão distribuídas, poderemos prever como as espécies irão responder às iminentes mudanças ambientais.

Recursos investidos

Grant Serrapilheira 2023: R$ 100.000,00
Grant Faperj 2023: R$ 649.200,00

Instituições

  • Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Chamadas

Chamada conjunta de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia nº 1