Jeferson Vizentin-Bugoni

Biologia

Jeferson Vizentin-Bugoni é um cientista que nos convida a refletir sobre o impacto das mudanças climáticas na biodiversidade tropical. Seu trabalho mergulha no mutualismo envolvido na dispersão de sementes da Mata Atlântica, para encontrar pontos de vulnerabilidade neste bioma. Dessa forma, o projeto pode propor soluções eficazes e sustentáveis para compensar as consequências desastrosas que o aquecimento global gera para a Mata Atlântica. 

A trajetória de Jeferson é uma convergência de paixão pela natureza e dedicação à ciência, uma combinação enraizada em sua infância, vivida entre as araucárias do Rio Grande do Sul. Graduado em biologia na Universidade Federal de Pelotas, ele canalizou seu interesse para as interações entre entre plantas e beija-flores durante seus estudos de mestrado e doutorado na Universidade Estadual de Campinas e na Universidade de Copenhagen, Dinamarca. Seu pós-doutorado no Havaí conduziu ao tema da restauração ecológica, reforçando sua dedicação na preservação de ecossistemas em risco. Quando não está liderando seu laboratório na Universidade Federal de Pelotas, o biólogo encontra equilíbrio na prática de yoga, observando aves e nos momentos de contemplação tomando chimarrão nas belas paisagens do Sul.

 

Projetos

Interações de dispersão de sementes ajudarão plantas tropicais a superarem as mudanças climáticas?
Ciência / Ciências da Vida

Mudanças climáticas causadas por atividades humanas têm impactado a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos. Uma das respostas possíveis dos organismos ao aquecimento global é a colonização de áreas mais frias (niche tracking). Nesse cenário, a dispersão de sementes por animais é crucial para que plantas se desloquem, evitando a extinção. Entretanto, essas alterações podem gerar desacoplamentos espaciais e temporais entre animais e plantas mutualistas, o que é particularmente importante nos trópicos, onde a maioria das plantas depende de animais para dispersão. Usando uma abordagem analítica integrativa e dados coletados na porção sul da Mata Atlântica, identificaremos espécies mutualistas vulneráveis às mudanças climáticas e áreas-chave que atuarão como refúgio climático. A intenção é preencher as lacunas no conhecimento que atualmente dificultam a previsão e mitigação dos impactos das mudanças climáticas em espécies e ecossistemas.

Instituições

  • Universidade Federal de Pelotas

Chamadas

Chamada 6