Kamilla Avelino de Souza

Ciências da Vida

Fundadora da Rede Brasileira de Neurobiodiversidade, a cientista Kamilla Avelino de Souza concentra seu trabalho na análise comparativa de cérebros de cetáceos, explorando a morfologia cerebral para desvendar os mistérios da evolução do sistema nervoso desses animais. Protagonista de matérias e perfis jornalísticos, a rede colaborativa articulada por Kamilla pode contar hoje com a maior coleção de cérebros de golfinhos da América Latina. São mais de cinquenta exemplares, oriundos de 14 instituições diferentes. Influenciada desde a infância, Kamilla se lembra dos frequentes documentários de natureza que o avô lhe presenteava, e do livro de anatomia que ela amava ler e reler, na biblioteca de sua tia enfermeira. 

Aluna da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Souza se graduou em ciências biológicas e fez mestrado e doutorado em ciências morfológicas. Na mesma instituição passou por um período de pós-doutorado no Instituto de Física e integrou o Global Scholars do Welcome Centre for Integrative Neuroimaging, da Universidade de Oxford, Inglaterra. Além de sua dedicação à pesquisa, a cientista é apaixonada por viagens, vascaína de coração e valoriza a corrida como uma forma de relaxamento e equilíbrio para sua agitada rotina. Apaixonada por pizza e filmes, dedica seu tempo livre em família, incluindo o adorado pet.

Projetos

Rede Brasileira de Neurobiodiversidade
Ciência / Ciências da Vida

Como os cérebros se desenvolveram no ambiente aquático? Apesar da vasta biodiversidade brasileira, a falta de estudos comparativos em neuroanatomia tem limitado a compreensão mais sistemática da morfologia e evolução do sistema nervoso, especialmente em mamíferos aquáticos, como os cetáceos. Nesse contexto, foi estabelecida a Rede Brasileira de Neurobiodiversidade – uma iniciativa multidisciplinar dedicada à coleta e análise de cérebros desses animais.

Por meio de métodos de imageamento e histologia, nosso objetivo é investigar aspectos diversos e complementares da morfologia cerebral a fim de entender quais fatores deram origem à diversidade entre grupos. Atualmente, a Rede agrega mais de 50 espécimes vindos de 14 institutos de pesquisa distintos.

Análises estruturais, volumétricas e histológicas desta ampla coleção, comparada aos dados já disponíveis de outros grupos, nos permitirão gerar uma descrição mais completa da diversidade do cérebro não só em cetáceos, mas em mamíferos em geral. A abordagem da Rede busca não apenas ampliar a compreensão da neurobiodiversidade, mas também impulsionar o avanço dessa linha de pesquisa no país.

Recursos investidos

Grant 2023: R$ 273.250,00

Instituições

  • Universidade Federal do Rio de Janeiro