Michel Naslavsky
Ciências da Vida
Michel Naslavsky é um biólogo preocupado com o envelhecimento humano e as consequências do declínio cognitivo para a saúde pública. Sua pesquisa visa entender a complexa interação entre fatores genéticos e ambientais que contribuem para o risco da doença de Alzheimer, além de investigar como a ancestralidade genômica e a miscigenação influenciam os riscos genéticos e as mudanças cerebrais associadas ao Alzheimer em brasileiros.
Biólogo pela Universidade Federal de Pernambuco, Michel também é doutor em genética pela Universidade de São Paulo, instituição onde também fez pós-doutorado. O cientista é membro do American Society of Human Genetics e da Associação Brasileira de Genética, além de conduzir pesquisas no Laboratório de Big Data Analytics do Hospital Israelita Albert Einstein. Nos tempos livres, Michel é um entusiasta de cinema, literatura, trilhas e viagens. Ele compartilha sua vida com os dois gatos, Shine e Sagan, que o acompanham em suas aventuras gastronômicas e momentos de observação de passarinhos na varanda.
Projetos
As sociedades estão envelhecendo e o declínio cognitivo típico da doença de Alzheimer tem grande impacto à saúde pública. Essa condição é multifatorial, ou seja, diversos fatores genéticos e ambientais contribuem para o risco. A interação entre esses fatores é muito complexa e sabemos que a ancestralidade genômica pode modificar os riscos. A miscigenação de ancestralidades pode revelar detalhes sobre o risco genético, incluindo modificar os efeitos de variantes genéticas no gene APOE, considerado mais importante para o Alzheimer. O gene codifica uma proteína com muitas funções, incluindo no transporte de lipídios, colesterol e no processo de mielinização, formação das fibras de substância branca no cérebro, responsáveis por transmitir os impulsos nervosos entre regiões do córtex cerebral. O projeto se propõe a estudar como a ancestralidade e miscigenação dos brasileiros, incluindo em torno do gene APOE, interfere nestas estruturas cerebrais. Vamos analisar neuroimagem e lipidômica de idosos com e sem declínio cognitivo. O estudo poderá esclarecer o quão importantes são os fatores genéticos de miscigenados nas alterações cerebrais, contribuindo com métodos diagnósticos para brasileiros e potencialmente novas terapias.
Instituições
- Universidade de São Paulo
