O que podem os carvões dizer sobre a origem e evolução fitogeográfica das ilhas florestais associadas às turfeiras da Serra do Espinhaço?

Ciência / Ciências da Vida

Desde que os portugueses invadiram o Brasil a vegetação os intrigou. De lá pra cá, diversos naturalistas, quase sempre homens brancos, se propuseram a tentar entender a fitogeografia brasileira. Sempre os chamou atenção quando florestas ocorrem ilhadas em meio a formações campestres, como no caso dos Capões de mata, que ocorrem nas linhas de drenagem dos rios que cortam o Cerrado na mais charmosa cordilheira de montanhas tropicais do Brasil. Eu, uma mulher descendente de indígenas e africanos também me encantei pelo naturalismo e por essas ilhas florestais, quase sempre associadas a solos orgânicos de ecossistemas chamados de turfeiras. Há alguns anos venho pesquisando sobre a reconstituição paleoambiental dessas paisagens para tentar entender melhor como se formaram. A floresta é parte da nossa história e ela nos deixa de herança muitos vestígios do tempo. Dentre eles, fragmentos de carvão de árvores que já viveram ali. A hipótese desse projeto é que analisando micro carvões extraídos do solo acumulado ao longo de milhares de anos podemos desvendar o passado da floresta e, quem sabe, um pouco mais sobre a ocupação humana nas Américas.  

Recursos investidos

Grant Serrapilheira 2023: R$ 100.000,00
Grant Faperj 2023: R$ 690.000,00

Instituições

  • Museu Nacional/UFRJ

Chamadas

Chamada conjunta de apoio a pós-docs negros e indígenas em ecologia nº 1