Marcelo L Campos
Ciências da Vida
Marcelo Campos é um biólogo interessado nas relações entre dois verdadeiros impérios biológicos: as plantas e os insetos. Seu projeto tenta responder uma intrigante questão: por que as plantas, mesmo com mais de um milhão de espécies de insetos à espreita, conseguem resistir à grande maioria deles? Uma exploração que pode ter grandes consequências para a produção de alimentos. Marcelo Campos graduou-se em ciências biológicas pela Universidade Católica de Brasília, e realizou o mestrado em fisiologia bioquímica de plantas na Universidade de São Paulo. No doutorado em genética, Marcelo foi aos Estados Unidos, para a Michigan State University. Também teve dois períodos de pós-doutorado, um na Universidade Católica de Brasília e, posteriormente, na Universidade de Brasília. Hoje integra o corpo docente da Universidade Federal do Mato Grosso.
Além do amor pela ciência, Marcelo é um orgulhoso pai de dois meninos: Eduardo e Leonardo. Em seu tempo livre, ele troca as lentes do microscópio pelas telas dos videogames, uma paixão que ocupa todas as prateleiras de seu escritório com jogos e consoles. E para equilibrar o rigor científico, sempre que possível ele se inspira nas palavras de José Saramago.
Projetos
Vivemos num planeta dominado por plantas e insetos. Enquanto as plantas representam mais de 80% de toda biomassa terrestre, nenhum outro grupo de organismos é tão rico como os insetos, com suas mais de um milhão de espécies. Uma das formas mais prevalentes de interação entre esses dois “impérios biológicos” é a herbivoria, onde um inseto consome tecidos vegetais como alimento. Porém, ao olharmos para as plantas crescendo ao nosso redor vamos notar algo interessante: elas geralmente não estão sendo destruídas pelos insetos! Em outras palavras, a suscetibilidade ao ataque por insetos é a exceção e não a regra no reino vegetal. O objetivo do nosso projeto é entender como as plantas chegaram a essa condição, por que elas são resistentes a grande maioria dos insetos? Além de adentrar em um ramo pouco explorado do sistema imune das plantas, essa pesquisa tem enorme potencial para o desenvolvimento de cultivares mais resilientes ao ataque por pragas, tornando mais seguras nossas lavouras.
